Joaquim Gomes Correia, natural da ilha de Santiago, e a sua esposa, de Guadalupe, nas Caraíbas, participaram ontem, sábado, 24, na audiência que o Papa Francisco concedeu aos familiares das vítimas do atentado de Nice.
Joaquim e a esposa perderam os seus dois filhos – Ludivine Gomes de 25 anos e Ludovic Dylan – de 15 anos – nesse terrível atentado do dia 14 de Julho.
Foi terrível, a vida tem sido dura, explica Joaquim, satisfeito, porém, por ter podido vir a esse encontro com o Papa e sentir a sua ajuda e encorajamento para continuar a vida.
Católico, este pai de olhar triste e vago, diz que perdoar, como sublinhou o Santo Padre no seu discurso, é difícil, porque na vida tudo tem um limite. Mas não exclui essa possibilidade. Agradecendo também as autoridades cabo-verdianas pela atenção que lhes deram naquele difícil momento.
A esposa de Joaquim Correia ficou em silêncio, e a irmã dela que veio com eles a esta audiência também não quis dar entrevista, mas disse que “para uma mãe não há palavras” numa situação como esta. O que ajuda é a fé”.
Recorde-se que, durante o espectáculo de fogo de artifício na “Promenade des Anglais”, no dia da festa nacional francesa do 14 de Julho, um enorme camião conduzido pelo franco-tunisino Mohamed Lahouaiej Bouhlel, invadiu, em zig-zag, a Promenade, causando 84 mortos e centenas de feridos.
Na altura o Papa manifestara a sua dor e proximidade aos feridos e familiares das vítimas. E hoje recebeu, na Aula Paulo VI, um milhar de pessoas ligadas às vítimas desse trágico evento, dirigindo-lhes a palavra e detendo-se com cada uma delas, saudando-as.
Presente também na audiência estava uma outra cabo-verdiana, Sandra Tavares e a filha de nove anos. Sandra diz que escaparam por milagre. Contou que conseguiu correr e salvar a filha, que foi pisada por pessoas que corriam, acabando por desmaiar.
Hoje a pequena está ainda sob controles físicos e psicológicos. Sandra sente que naquele dia foi valente, mas é algo que não se esquece. Diz que tanto ela como a filha continuam a ter pesadelos ligados a esse momento, mas tem de fazer o possível para que a menina ultrapasse e não tenha sequelas.
Sandra veio à audiência com a esperança de encontrar algum alívio e, à saída, a sua cara, a sua voz já eram outras. Sentiu-se aliviada com as palavras do Papa. Quanto ao perdão responde: “Quem sou eu para não perdoar”, se Jesus o fez. “Eu perdoo, perdoo".
Fonte: Rádio Vaticano, p/asemana
Foi terrível, a vida tem sido dura, explica Joaquim, satisfeito, porém, por ter podido vir a esse encontro com o Papa e sentir a sua ajuda e encorajamento para continuar a vida.
Católico, este pai de olhar triste e vago, diz que perdoar, como sublinhou o Santo Padre no seu discurso, é difícil, porque na vida tudo tem um limite. Mas não exclui essa possibilidade. Agradecendo também as autoridades cabo-verdianas pela atenção que lhes deram naquele difícil momento.
A esposa de Joaquim Correia ficou em silêncio, e a irmã dela que veio com eles a esta audiência também não quis dar entrevista, mas disse que “para uma mãe não há palavras” numa situação como esta. O que ajuda é a fé”.
Recorde-se que, durante o espectáculo de fogo de artifício na “Promenade des Anglais”, no dia da festa nacional francesa do 14 de Julho, um enorme camião conduzido pelo franco-tunisino Mohamed Lahouaiej Bouhlel, invadiu, em zig-zag, a Promenade, causando 84 mortos e centenas de feridos.
Na altura o Papa manifestara a sua dor e proximidade aos feridos e familiares das vítimas. E hoje recebeu, na Aula Paulo VI, um milhar de pessoas ligadas às vítimas desse trágico evento, dirigindo-lhes a palavra e detendo-se com cada uma delas, saudando-as.
Presente também na audiência estava uma outra cabo-verdiana, Sandra Tavares e a filha de nove anos. Sandra diz que escaparam por milagre. Contou que conseguiu correr e salvar a filha, que foi pisada por pessoas que corriam, acabando por desmaiar.
Hoje a pequena está ainda sob controles físicos e psicológicos. Sandra sente que naquele dia foi valente, mas é algo que não se esquece. Diz que tanto ela como a filha continuam a ter pesadelos ligados a esse momento, mas tem de fazer o possível para que a menina ultrapasse e não tenha sequelas.
Sandra veio à audiência com a esperança de encontrar algum alívio e, à saída, a sua cara, a sua voz já eram outras. Sentiu-se aliviada com as palavras do Papa. Quanto ao perdão responde: “Quem sou eu para não perdoar”, se Jesus o fez. “Eu perdoo, perdoo".
Fonte: Rádio Vaticano, p/asemana
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