Salvo erro só na ilha de Santiago jovens vitimas de violência urbana é aproximadamente uma centena,
Que fenómeno é este?
Desde sempre Cabo Verde teve casos de assassinatos, mas, teve um momento na nossa história em que houve proliferação de mortes atrelado a um estilo de vida. De 2006 mais ou menos até 2014, registou-se muitas mortes na camada dos jovens, é só ver registos de óbitos em Cabo Verde para podermos entender, ou ainda podemos visitar qualquer comunidade da Praia e perguntar para jovens mortos na violência urbana, temos as seguintes comunidades: Achada de Santo Antonio e Meio de Achada, Tira Chapeu, Fundo Cobom, Casa Lata, Palmarejo, Monte, Bela Vista, Terra Branca, Varzea, Achadinha, Eugenio Lima, Pensamento, Calabaceira, Vila Nova, Safende, Ponta DÁgua, Moinho, Lem Cachoro, Paiol, Achadinha Pires, Cocqueiro, Castelão, Achada Mato, Lem Ferreira, Jamaica, Achada Grande Frente e Achada Grande Trás.
Estas são as localidades de jovens onde as suas vidas foram ceifadas pelo flagelo de “Gang”. Temos em media mais o menos 100 assassinatos a nível nacional, neste contexto. Falo das localidades aqui da Praia, porque sou daqui e aqui foi vivida da forma mais intensa, Este flagelo foi vivida aqui da forma mais intensa, por ser Praia a cidade capital, constituída por pessoas de diferentes concelhos, ilhas e países (Países com culturas diferentes, com multiplicidade de culturas dá se o “shock cultural”), temos também outros concelhos da ilha de Santiago, outras ilhas como São Vicente, a ilha do Fogo e mais outras Ilhas, que foi e está sendo marcada por este flagelo. Também temos aqueles que foram vitimas de violência urbana, as, que não morreram, muitos paralisaram, foram amputados membros, cegaram, perderam um olho, a maioria que pertenceram ou pertencem ao grupo de “gang”, tem cicatrizes de balas, facas, maxins, pedras, garrafas, entre outros.
Salvo erro só na ilha de Santiago jovens vitimas de violência urbana é aproximadamente uma centena, mas também é de referir aqui de acordo com a minha perceção, a Praia acumula mais de 70% do mencionado, mas, é por ser uma cidade capital hoje “metropolitana”.
Passo a citar alguns desses jovens mortos nas nossas “comunidades” vitima de violência urbana:
Vou começar pela minha comunidade: “Vandir”,( membro da gang “Lost” na Achada Grande Trás, foi morto por um jovem do grupo de “bagdad” na localidade de “coqueiro”, um tiro de “bokabedju” no peito), Nuno do grupo “real Boston” (morreu em confronto armado entre dois grupos rivais), Djuca (Karraka lenferreira, levou um tiro perto da sua casa, paralisou por quase 1 ano antes de morrer), Carlos (do grupo “vice city” Achada grande frente, morreu confronto armado com outro grupo), Rudy (disparo no pescoço, não se sabe quem fez o disparo), Adi nine (karraka lenfereira, foi morto por um tiro e uma facada )
Koquero- djidjo (confronto armado entre Coqueiro e Achada Mato),
Achadinha- Nene, Aiaia, Catita, Dje, Txina, Sarapiom, …
Vila nova- Rafa ,Txatxu, Cina
Ponta D´agua- Gibou, Makai, Fate, Papa, Zebeleo, Manu, Etson, Alex, Alsana, Gilo, Duco, Sana.
Moinho: Cleidir, Ze pedro, Zé Luis.
Varzea: Sandro, Ju, Gelsom, …
Eugenio Lima: Gibrow, Kio, Leno, Konam.
Pensamento: Djoni, Djarul
Lem katxor: Julinho
Txadinha Pires: Kevox.
Paiol: Dimas, Txopos
Txada Santo Antonio i Mei de txada: Tucano, Alex, Gerson, Txibotu, Tidio, You Preto, Yoani, moniku, Sandro, …
Temos ainda algumas outras comunidades da Praia não mencionadas: Achada Mato, Castelão, Jamaica, Safende, São Filipe, Fundo Kobom, Tira Chapeu, Casa Lata, Palmarejo, Monte, Bela Vista.
Não temos nomes de outros concelhos e Ilhas aqui!
Ruben Lobo
Formado em Sociologia
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