Estou farto desta poesia Que o amor tem que rimar com a dor Que Sempre servem de amparo Aos apaixonados que foram rejeitados E nas palavras acham consolo
Mais um poema no espaço Dexam Sabi, podes sempre enviar o teu também.
Estou farto desta poesia...
Arte e Cultura
Autor: Mário Loff
Estou farto desta poesia
Que o amor tem que rimar com a dor
Que Sempre servem de amparo
Aos apaixonados que foram rejeitados
E nas palavras acham consolo das oras vagas
Estou farto desta poesia
Em que a fantasia já da azia
Que a métrica e a rima do romanismo
Já é um adivinho
E nos ouvidos uma poesia
E nas mãos as palmas
Estou farto desta poesia
Que quando se fala do amor
Tem de rimar como pescador
Será ele também o pescador do amor?
II
Estou farto desta poesia em que
A trova chama ao trovador
De louco
E na alma soa tão pouco
Em que o navegador e amor
Ja sabem amar
Estou farto desta poesia
Que como essas
Irritam na rima
Em que o poeta usa poesia como
Uma festa e a morte como alegria
Onde as palavras morrem de desuso
E as lágrimas têm tanto uso
Estou farto desta poesia
Que o tempo acaba quando esta tudo bem
E a mente do poeta viaja a velocidade de um trem
As intenções são leves como um pó de giz
De gentis infelizes
De letrados e insanos
De coração semelhante à aridez
Estou farto desta poesia
Que quando não agrada, não é sagrada
Que só é sacramentada
Quando as armas e os barões assinalarem
Para além das ostes camonianas
III
Estou farto desta poesia
De adivinhação, e que usam como canção
Digo, abaixo
Amor e dor
Coração que não ama
Amar e mar
E mulher como colher
Abaixo
Essas rimas no feminino desmedido
O baixo lirismo velho sem inovação
Em que as silabas morrem ao ressuscitar
Abaixo o amor e mar que combinam, cheiram
E provocam o mau hálito
Farto, estou
Desta poesia em que flor
Murcha o amor
E o poema provoca dor
Que farei se estou farto
Desta dor sem cor
Autor: Mário Loff
Estou farto desta poesia...
Arte e Cultura
Autor: Mário Loff
Estou farto desta poesia
Que o amor tem que rimar com a dor
Que Sempre servem de amparo
Aos apaixonados que foram rejeitados
E nas palavras acham consolo das oras vagas
Estou farto desta poesia
Em que a fantasia já da azia
Que a métrica e a rima do romanismo
Já é um adivinho
E nos ouvidos uma poesia
E nas mãos as palmas
Estou farto desta poesia
Que quando se fala do amor
Tem de rimar como pescador
Será ele também o pescador do amor?
II
Estou farto desta poesia em que
A trova chama ao trovador
De louco
E na alma soa tão pouco
Em que o navegador e amor
Ja sabem amar
Estou farto desta poesia
Que como essas
Irritam na rima
Em que o poeta usa poesia como
Uma festa e a morte como alegria
Onde as palavras morrem de desuso
E as lágrimas têm tanto uso
Estou farto desta poesia
Que o tempo acaba quando esta tudo bem
E a mente do poeta viaja a velocidade de um trem
As intenções são leves como um pó de giz
De gentis infelizes
De letrados e insanos
De coração semelhante à aridez
Estou farto desta poesia
Que quando não agrada, não é sagrada
Que só é sacramentada
Quando as armas e os barões assinalarem
Para além das ostes camonianas
III
Estou farto desta poesia
De adivinhação, e que usam como canção
Digo, abaixo
Amor e dor
Coração que não ama
Amar e mar
E mulher como colher
Abaixo
Essas rimas no feminino desmedido
O baixo lirismo velho sem inovação
Em que as silabas morrem ao ressuscitar
Abaixo o amor e mar que combinam, cheiram
E provocam o mau hálito
Farto, estou
Desta poesia em que flor
Murcha o amor
E o poema provoca dor
Que farei se estou farto
Desta dor sem cor
Autor: Mário Loff
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