“Djarmai sta parad na temp, sem um moviment!!”
“Djarmai para na temp”. É desta forma que expresso a tristeza em ver uma relíquia a ser abandonada e esquecida pelos ditos mais importantes da nação. Mais triste que a “Notícia” cantada por Betu, é ver para esta Ilha “tráz di Santiago” como se fosse a terra do nunca. Mais penoso que o próprio nome da nossa montanha mais alta, é a forma como fomos tratados em dolorosa desigualdade face aos nossos restantes irmãos.
Como diz o ditado, “o pior cego é aquele que não quer ver”. Eu, porém, vou ainda mais longe, acrescentar que para além de cegos, são mudos, surdos e fingem não ter pés para pisar as Salinas do Porto Inglês e andar nas longas e lindas areias das dunas do Morrinho. Ainda não vi produtos que sejam mais saborosos para o paladar do que os queijo de Bandjom. Isto sem falar das belas, limpas e paradisíacas praias da águas cristalinas. Isto faz me lembrar os antigos turistas que passavam por ali nos meus tempos de infância... agora não os vejo. Ontem me disseram que já nos trocaram para as Ilhas do Sal e Boavista. Dói-me aceitar esta dura realidade.
Olho para estas duas Ilhas e não encontro nada de melhor do que o meu Djarmai a não ser os hotéis e infraestruturas do gênero... Nada que não seja impossível de construir na minha terra. Agora pergunto: De quem é a culpa? Será que nós também não somos dignos de usufruir destes direitos e ter pelo menos um Hotel com pedra, cimento e cal? O que fizemos nós para merecer essa injustiça? Será que engloba questões políticas?
Djarmai, paraíso esquecido. Não temo em pronunciar deste modo. Chega de discursos lindos que só servem para machucar as nossas gentes. Uma frase não tem nenhum poder se do papel ela não for tirada e posta em prática. Falar, todo o mundo sabe. Agora, trabalhar e pôr em prática “pa nôs téra bá pa frent k'é bom, NADA! Paxénxa!!! Estamos fartos de ouvir que somos boa gente, povo acolhedor e mais blá, blá, blá...
Como poderemos receber pessoas se nem aeroportos e porto em condições nós temos? Como poderemos continuar a ser um povo acolhedor e mansa se já cansamos de sofrer calado? Já até esqueci-me o dia em prometeram um novo Porto de raiz para Ilha do Maio. Era muito interessante para ser verdade.
De tanto adiarem a data de construção, até já perderam o poder e a tamarina parece não estar mais forte. As estrelas, de tão negras, a luz já não tem mais brilho. Só espero que a ventoinha vire em nossa direção porque “Djarmai sta parad na temp, sem um moviment!!”
João Paulo Gonçalves
Como diz o ditado, “o pior cego é aquele que não quer ver”. Eu, porém, vou ainda mais longe, acrescentar que para além de cegos, são mudos, surdos e fingem não ter pés para pisar as Salinas do Porto Inglês e andar nas longas e lindas areias das dunas do Morrinho. Ainda não vi produtos que sejam mais saborosos para o paladar do que os queijo de Bandjom. Isto sem falar das belas, limpas e paradisíacas praias da águas cristalinas. Isto faz me lembrar os antigos turistas que passavam por ali nos meus tempos de infância... agora não os vejo. Ontem me disseram que já nos trocaram para as Ilhas do Sal e Boavista. Dói-me aceitar esta dura realidade.
Olho para estas duas Ilhas e não encontro nada de melhor do que o meu Djarmai a não ser os hotéis e infraestruturas do gênero... Nada que não seja impossível de construir na minha terra. Agora pergunto: De quem é a culpa? Será que nós também não somos dignos de usufruir destes direitos e ter pelo menos um Hotel com pedra, cimento e cal? O que fizemos nós para merecer essa injustiça? Será que engloba questões políticas?
Djarmai, paraíso esquecido. Não temo em pronunciar deste modo. Chega de discursos lindos que só servem para machucar as nossas gentes. Uma frase não tem nenhum poder se do papel ela não for tirada e posta em prática. Falar, todo o mundo sabe. Agora, trabalhar e pôr em prática “pa nôs téra bá pa frent k'é bom, NADA! Paxénxa!!! Estamos fartos de ouvir que somos boa gente, povo acolhedor e mais blá, blá, blá...
Como poderemos receber pessoas se nem aeroportos e porto em condições nós temos? Como poderemos continuar a ser um povo acolhedor e mansa se já cansamos de sofrer calado? Já até esqueci-me o dia em prometeram um novo Porto de raiz para Ilha do Maio. Era muito interessante para ser verdade.
De tanto adiarem a data de construção, até já perderam o poder e a tamarina parece não estar mais forte. As estrelas, de tão negras, a luz já não tem mais brilho. Só espero que a ventoinha vire em nossa direção porque “Djarmai sta parad na temp, sem um moviment!!”
João Paulo Gonçalves
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