O desemprego e desocupação dos jovens na ilha do Sal, que vem dando lugar à “onda” de festas e outras diversões nocturnas, particularmente, inquieta pais e encarregados de educação na ilha turística.
Pais e encarregados de educação de diferentes extractos sociais, tanto da cidade turística de Santa Maria, dos Espargos ou das barracas de Alto São João, Alto Saco, Alto Santa Cruz e Terra Boa, ao fazer a análise sobre esta geração, com apetência a festas consideram que a situação é motivada pela “frustração” dada a falta de emprego e ocupação dos mesmos – muitos deles com formação superior -, em coisas “úteis e aliciantes”.
Vão mais longe observando que jovens de classe média que ainda estudam, terminaram os estudos ou nem trabalham, sem contar os que ficam em casa dos pais até os 30 ou mais “não estão a respeitar” os limites do próprio corpo.
Num dos desabafos, visivelmente entristecido, um pai disse não saber o que fazer com o filho, formado em multimédia há mais de dois anos e sem emprego para lhe ocupar o dia e direccionar o futuro.
“É só festa para passar o tempo. E onde há festa há bebidas alcoólicas. Pior é que não se apercebem das reacções maléficas que as mesmas causam ao organismo. Digo ao meu filho para se manter afastado do álcool, também considerado uma droga que leva ao vício.
“Divertir-se, mas dentro dos limites. Mas a tendência é fazer sempre o contrário, seguir os amigos ou amizades. E nós os pais somos tidos como retrógrados. E outras influências impedem-nos de orientá-los baseado nos bons exemplos da vida”, lamentou.
Considerando o panorama, que conforme dizem não deverá ser analisado isoladamente mas pela sociedade de forma geral, a maioria dos pais e encarregados de educação com quem Inforpress conversou consideram que esta “triste” realidade não deixa de ser uma preocupação já que jovens formados estão há anos à procura de emprego, apegando-se, por isso, a coisas “fúteis da vida para esquecer”.
Por outro lado, apontam casos de jovens com licenciatura que entretanto trabalham para não ficar sem um rendimento, tomando como exemplo um jovem de Santo Antão, residente actualmente na ilha do Sal, com licenciatura em jornalismo a trabalhar como guarda-nocturno.
Ainda uma outra situação, também de uma jovem igualmente licenciada em jornalismo com uma proposta para um emprego para ganhar doze mil escudos mensais, o que nem chega ao salário mínimo, recentemente aprovado para treze mil escudos mensais.
Arlindo Pinto, um pai que se manifesta preocupado com o andar da carruagem, querendo compreender e acompanhar a evolução dos tempos, conforme disse, admite que os jovens são muito influenciáveis, agindo em conformidade com padrões de seu grupo em vez de mostrarem opinião própria e não se deixarem levar por atitudes dos amigos, que podem prejudicar sua vida.
Porém, ciente que a fase adolescente e jovem é um momento de grandes transformações e mudanças, que têm necessidade de identificação, que vão ganhando independência em relação à família, uns e outros defendem, entretanto, que há que estabelecer equilíbrio entre fazer aquilo que se gosta e dá gozo, e aquilo que é preciso e necessário para alinhar e realizar sonhos.
“As famílias, os políticos… têm que ter atenção a essa situação. A ilha do Sal já não é o que era, é uma ilha com muitas potencialidades, que deve ser tida em devida conta. Uma ilha turística que traz coisas boas mas também menos boas. Há que ter atenção às influências. Não esquecer que os jovens de hoje deverão assumir os destinos, as responsabilidades do país amanhã. Mas com tanta falta de orientação (…)”, acautelam.
SC, por:Inforpress
Vão mais longe observando que jovens de classe média que ainda estudam, terminaram os estudos ou nem trabalham, sem contar os que ficam em casa dos pais até os 30 ou mais “não estão a respeitar” os limites do próprio corpo.
Num dos desabafos, visivelmente entristecido, um pai disse não saber o que fazer com o filho, formado em multimédia há mais de dois anos e sem emprego para lhe ocupar o dia e direccionar o futuro.
“É só festa para passar o tempo. E onde há festa há bebidas alcoólicas. Pior é que não se apercebem das reacções maléficas que as mesmas causam ao organismo. Digo ao meu filho para se manter afastado do álcool, também considerado uma droga que leva ao vício.
“Divertir-se, mas dentro dos limites. Mas a tendência é fazer sempre o contrário, seguir os amigos ou amizades. E nós os pais somos tidos como retrógrados. E outras influências impedem-nos de orientá-los baseado nos bons exemplos da vida”, lamentou.
Considerando o panorama, que conforme dizem não deverá ser analisado isoladamente mas pela sociedade de forma geral, a maioria dos pais e encarregados de educação com quem Inforpress conversou consideram que esta “triste” realidade não deixa de ser uma preocupação já que jovens formados estão há anos à procura de emprego, apegando-se, por isso, a coisas “fúteis da vida para esquecer”.
Por outro lado, apontam casos de jovens com licenciatura que entretanto trabalham para não ficar sem um rendimento, tomando como exemplo um jovem de Santo Antão, residente actualmente na ilha do Sal, com licenciatura em jornalismo a trabalhar como guarda-nocturno.
Ainda uma outra situação, também de uma jovem igualmente licenciada em jornalismo com uma proposta para um emprego para ganhar doze mil escudos mensais, o que nem chega ao salário mínimo, recentemente aprovado para treze mil escudos mensais.
Arlindo Pinto, um pai que se manifesta preocupado com o andar da carruagem, querendo compreender e acompanhar a evolução dos tempos, conforme disse, admite que os jovens são muito influenciáveis, agindo em conformidade com padrões de seu grupo em vez de mostrarem opinião própria e não se deixarem levar por atitudes dos amigos, que podem prejudicar sua vida.
Porém, ciente que a fase adolescente e jovem é um momento de grandes transformações e mudanças, que têm necessidade de identificação, que vão ganhando independência em relação à família, uns e outros defendem, entretanto, que há que estabelecer equilíbrio entre fazer aquilo que se gosta e dá gozo, e aquilo que é preciso e necessário para alinhar e realizar sonhos.
“As famílias, os políticos… têm que ter atenção a essa situação. A ilha do Sal já não é o que era, é uma ilha com muitas potencialidades, que deve ser tida em devida conta. Uma ilha turística que traz coisas boas mas também menos boas. Há que ter atenção às influências. Não esquecer que os jovens de hoje deverão assumir os destinos, as responsabilidades do país amanhã. Mas com tanta falta de orientação (…)”, acautelam.
SC, por:Inforpress
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