Carta de um grupo de candidatos a professores que foram “chumbados” por falta de experiencia
“É muito triste a realidade para quem vive em Cabo Verde, principalmente para quem é de origem humilde e que não tem nenhum padrinho nos altos cargos de decisão.
Os pais e encarregados de educação sacrificam suas vidas na tentativa de mudar o destino dos filhos para no fim verem todo o esforço cair no saco roto do desemprego... Oportunidade de trabalho quando há é quase sempre para os “afilhados” e “fidjus dei papá”.
Mas o mais triste, o mais angustiante, é constatar que mesmo havendo vagas para todos, aqueles que não têm “padrinho” ficam sempre de fora por alegada falta de experiência. .. E como sem trabalhar não se ganha experiencia, e sem experiencia não se dá emprego, é um ciclo vicioso que não há forma de vencer.
No caso de concurso publico até as virgulas são respeitadas, num Cabo Verde onde paradoxalmente não há justiça nem regras nem lei que se cumpra....É como se o próprio sistema estivesse programado para deixar “fidjus koitadu” de fora, criando barreiras e obstáculos para impedir o acesso a um emprego digno a aqueles que não tem “padrinho” ou alguém “riba la na puleru”.
Algo está errado e é preciso assumir os erros. Mas quem? Como? Até quando?
Pois não é admissível que num país onde pais e encarregados de educação reclamam por falta de professor, candidatos que só querem uma oportunidade para mostrarem o que sabem sejam sistematicamente deixados de fora porque o sistema so absorve quem tem experiencia...Os que não tem experiência é continuar a ver o navios a passar e o sol a “cambar” sem esperança de futuro.
No concurso para professores muitos candidatos, como nós, que passaram no teste de conhecimento foram no entanto reprovados no teste de avaliação curricular justamente por falta de essa tal experiência.
Para nós, os excluídos do sistema, para nós só resta expressar: Expressar nossa tristeza e nossa angústia perante um sistema que julgamos injusto e olhar o futuro sem esperança num amanha que canta... A alternativa ...
A alternativa talvez seja emigrar, como está acontecendo com muitos jovens com vontade de trabalhar que rasgam o diploma para irem engrossar a fila no Centro de Vistos, dando costas à terra que os viu nascer na esperança de ir trabalhar em balcões ou limpar casa de portugueses porque aqui em Cabo Verde simplesmente não há oportunidade.
Triste, né ?
Praia, 04 de Dezembro de 2018. Fonte:ondakriolo
Os pais e encarregados de educação sacrificam suas vidas na tentativa de mudar o destino dos filhos para no fim verem todo o esforço cair no saco roto do desemprego... Oportunidade de trabalho quando há é quase sempre para os “afilhados” e “fidjus dei papá”.
Mas o mais triste, o mais angustiante, é constatar que mesmo havendo vagas para todos, aqueles que não têm “padrinho” ficam sempre de fora por alegada falta de experiência. .. E como sem trabalhar não se ganha experiencia, e sem experiencia não se dá emprego, é um ciclo vicioso que não há forma de vencer.
No caso de concurso publico até as virgulas são respeitadas, num Cabo Verde onde paradoxalmente não há justiça nem regras nem lei que se cumpra....É como se o próprio sistema estivesse programado para deixar “fidjus koitadu” de fora, criando barreiras e obstáculos para impedir o acesso a um emprego digno a aqueles que não tem “padrinho” ou alguém “riba la na puleru”.
Algo está errado e é preciso assumir os erros. Mas quem? Como? Até quando?
Pois não é admissível que num país onde pais e encarregados de educação reclamam por falta de professor, candidatos que só querem uma oportunidade para mostrarem o que sabem sejam sistematicamente deixados de fora porque o sistema so absorve quem tem experiencia...Os que não tem experiência é continuar a ver o navios a passar e o sol a “cambar” sem esperança de futuro.
No concurso para professores muitos candidatos, como nós, que passaram no teste de conhecimento foram no entanto reprovados no teste de avaliação curricular justamente por falta de essa tal experiência.
Para nós, os excluídos do sistema, para nós só resta expressar: Expressar nossa tristeza e nossa angústia perante um sistema que julgamos injusto e olhar o futuro sem esperança num amanha que canta... A alternativa ...
A alternativa talvez seja emigrar, como está acontecendo com muitos jovens com vontade de trabalhar que rasgam o diploma para irem engrossar a fila no Centro de Vistos, dando costas à terra que os viu nascer na esperança de ir trabalhar em balcões ou limpar casa de portugueses porque aqui em Cabo Verde simplesmente não há oportunidade.
Triste, né ?
Praia, 04 de Dezembro de 2018. Fonte:ondakriolo
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