A revelação foi feita pelo juiz, no Tribunal da Comarca da Boa Vista
Por Boa Vista No Ar...
Boa Vista: Autopsia conclui que Marilena Corró morreu por edema cerebral e afogamento
A autopsia realizada pela equipa de saúde, concluiu que a morte da cidadã italiana de 52 anos, mais conhecida por Marilena Corró foi causada por edema cerebral e afogamento. Marilena Corró foi espancada e jogada no reservatório de água de cerca de dois metros, ainda com vida.
A revelação foi feita pelo juiz, no Tribunal da Comarca da Boa Vista, durante a sessão de audiência de julgamento, dos dois supostos assassinos (Gionfranco Coppolla e Pierre Angelo, ambos de nacionalidade italiana), que teve inicio esta segunda-feira, sob forte aparato policial quer no interior do recinto, como no exterior.
Eram por voltas das 22:00, quando terminou a primeira sessão de julgamento do caso da cidadã italiana, que terá sido assassinada à pancada em Novembro de 2019, cujo corpo foi encontrado dentro de um reservatório de água, na sua pensão na cidade de Sal Rei.
Na inquirição, os pedreiros que trabalhavam numa obra, na parte trás da pensão, afirmaram que por volta das 11:00, viram Gionfranco e Marilena a entrar no sótão, e logo de seguida ouviram gritos, que se foi diminuindo aos poucos, até tudo ficar em silêncio.
“Depois ele saiu furioso e sem camisa. De seguida, um outro jovem de nome Kevim saiu a correr e ele pegou-o na camisa e levou-o até a porta do sótão. Os dois começaram a falar e Kevim saiu a correr”, desabafaram os pedreiros, acrescentando que Pierre desceu em seguida com balde na mão e sentiram ecos da água e de uma vassoura a ser passada no chão.
Sem ver e nem ouvir mais a voz da mulher pediram auxílio no serviço da proteção civil logo ao lado.
As testemunhas, nomeadamente os efetivos da polícia nacional, comandante da esquadra e subchefe da corporação avançaram que foram chamados para uma diligência, na pensão A Paz, onde supostamente um casal estaria em briga e acabou na detenção de Gionfranco que tinha aranhões e marcas de sangue.
Ao perceber que a situação parecia grave, foi solicitado um mandado de busca que terminou na identificação de um corpo dentro do reservatório de água.
“Deparamos com gotas de sangue no chão que nos conduziu até ao reservatório, onde encontramos o corpo. Havia marcas de sangue nas paredes e uma cadeira, que supostamente foi usada para jogar o corpo no reservatório e um martelo com vestígios de sangue em cima de um telhado que presumivelmente foi a arma do crime”, contaram.
Os inspetores da Polícia Judiciária que assumiram o caso, a partir deste momento, ouvidos pelo tribunal reforçaram o cenário do crime descritos pela corporação policial e acrescentaram que encontraram um lençol que foi usado para limpar as marcas de sangue. Lençol este que um dos pedreiro afirmou ter visto nas mãos de Pierre.
Na sequência das buscas domiciliárias, foram apreendidas no quarto de Coppolla, uma porção de cannabis, telemóveis, um CPU portatil, um tablet e uma quantia em dinheiro.
A testemunha Kevem Barros afirmou que o seu quarto ficava ao lado do local do crime. “Ouviu grito e fui espreitar. Vi sangue e Marilena caída no chão e ele a pegar nos lençóis. Tentei fugir-me, mas ele agarrou-me pelo pescoço e fiquei com medo, porque ele sempre foi agressivo e é bem grande. Jurei que vou ao ginásio e que não iria contar nada a ninguém e ele me deixou ir embora. Sai a correr e presenciei a chegada da polícia”.
O arguido Pierre disse que estava a dormir e que devido aos efeitos de remédios não sentiu nada e negou todas as declarações das testemunhas.
Já o principal suspeito Gionfranco Coppolla, acusado de homicídio qualificado com penas até 30 anos e crime de consumo de drogas que no primeiro interrogatório, assumiu o crime, alegando que foi um acidente e que com a ajuda de Kevem jogou o corpo na água, deitou por terra toda a versão, sustentando que foi influenciado pelo anterior advogado, na tentativa de salvar a pele do seu parceiro.
O presumível homicida avançou que Marilene saiu com Marilena para um café, onde fizeram novos projectos para impulsionaram o funcionamento da pensão e chegaram a um acordo comercial.
Já em casa, perceberam a presença de mais pessoas, devido ao cheiro de maconha, realçando que podem ser essas pessoas, os assassinos de Marilena.
“Estava na casa de banho e ouvi os gritos, quando saí, ela estava deitada no chão a sangrar e vi Kevem a dormir e dois moços a correr com tubo nas mãos. Fiquei com medo e entrei em pânico. Sabia que a polícia, com quem tenho péssimas relações, não iria acreditar em mim e também não queria perder a gerência da pensão, porque tudo estava bem e resolvi esconder o corpo”, contou.
Gionfranco Coppolla refutou a autoria do homicídio e assumiu a tentativa de livrar do corpo.
Já as alegações do Ministério Público e das defesas vão ser conhecidas, hoje, pelas 14:00.
Boa Vista: Autopsia conclui que Marilena Corró morreu por edema cerebral e afogamento
A autopsia realizada pela equipa de saúde, concluiu que a morte da cidadã italiana de 52 anos, mais conhecida por Marilena Corró foi causada por edema cerebral e afogamento. Marilena Corró foi espancada e jogada no reservatório de água de cerca de dois metros, ainda com vida.
A revelação foi feita pelo juiz, no Tribunal da Comarca da Boa Vista, durante a sessão de audiência de julgamento, dos dois supostos assassinos (Gionfranco Coppolla e Pierre Angelo, ambos de nacionalidade italiana), que teve inicio esta segunda-feira, sob forte aparato policial quer no interior do recinto, como no exterior.
Eram por voltas das 22:00, quando terminou a primeira sessão de julgamento do caso da cidadã italiana, que terá sido assassinada à pancada em Novembro de 2019, cujo corpo foi encontrado dentro de um reservatório de água, na sua pensão na cidade de Sal Rei.
Na inquirição, os pedreiros que trabalhavam numa obra, na parte trás da pensão, afirmaram que por volta das 11:00, viram Gionfranco e Marilena a entrar no sótão, e logo de seguida ouviram gritos, que se foi diminuindo aos poucos, até tudo ficar em silêncio.
“Depois ele saiu furioso e sem camisa. De seguida, um outro jovem de nome Kevim saiu a correr e ele pegou-o na camisa e levou-o até a porta do sótão. Os dois começaram a falar e Kevim saiu a correr”, desabafaram os pedreiros, acrescentando que Pierre desceu em seguida com balde na mão e sentiram ecos da água e de uma vassoura a ser passada no chão.
Sem ver e nem ouvir mais a voz da mulher pediram auxílio no serviço da proteção civil logo ao lado.
As testemunhas, nomeadamente os efetivos da polícia nacional, comandante da esquadra e subchefe da corporação avançaram que foram chamados para uma diligência, na pensão A Paz, onde supostamente um casal estaria em briga e acabou na detenção de Gionfranco que tinha aranhões e marcas de sangue.
Ao perceber que a situação parecia grave, foi solicitado um mandado de busca que terminou na identificação de um corpo dentro do reservatório de água.
“Deparamos com gotas de sangue no chão que nos conduziu até ao reservatório, onde encontramos o corpo. Havia marcas de sangue nas paredes e uma cadeira, que supostamente foi usada para jogar o corpo no reservatório e um martelo com vestígios de sangue em cima de um telhado que presumivelmente foi a arma do crime”, contaram.
Os inspetores da Polícia Judiciária que assumiram o caso, a partir deste momento, ouvidos pelo tribunal reforçaram o cenário do crime descritos pela corporação policial e acrescentaram que encontraram um lençol que foi usado para limpar as marcas de sangue. Lençol este que um dos pedreiro afirmou ter visto nas mãos de Pierre.
Na sequência das buscas domiciliárias, foram apreendidas no quarto de Coppolla, uma porção de cannabis, telemóveis, um CPU portatil, um tablet e uma quantia em dinheiro.
A testemunha Kevem Barros afirmou que o seu quarto ficava ao lado do local do crime. “Ouviu grito e fui espreitar. Vi sangue e Marilena caída no chão e ele a pegar nos lençóis. Tentei fugir-me, mas ele agarrou-me pelo pescoço e fiquei com medo, porque ele sempre foi agressivo e é bem grande. Jurei que vou ao ginásio e que não iria contar nada a ninguém e ele me deixou ir embora. Sai a correr e presenciei a chegada da polícia”.
O arguido Pierre disse que estava a dormir e que devido aos efeitos de remédios não sentiu nada e negou todas as declarações das testemunhas.
Já o principal suspeito Gionfranco Coppolla, acusado de homicídio qualificado com penas até 30 anos e crime de consumo de drogas que no primeiro interrogatório, assumiu o crime, alegando que foi um acidente e que com a ajuda de Kevem jogou o corpo na água, deitou por terra toda a versão, sustentando que foi influenciado pelo anterior advogado, na tentativa de salvar a pele do seu parceiro.
O presumível homicida avançou que Marilene saiu com Marilena para um café, onde fizeram novos projectos para impulsionaram o funcionamento da pensão e chegaram a um acordo comercial.
Já em casa, perceberam a presença de mais pessoas, devido ao cheiro de maconha, realçando que podem ser essas pessoas, os assassinos de Marilena.
“Estava na casa de banho e ouvi os gritos, quando saí, ela estava deitada no chão a sangrar e vi Kevem a dormir e dois moços a correr com tubo nas mãos. Fiquei com medo e entrei em pânico. Sabia que a polícia, com quem tenho péssimas relações, não iria acreditar em mim e também não queria perder a gerência da pensão, porque tudo estava bem e resolvi esconder o corpo”, contou.
Gionfranco Coppolla refutou a autoria do homicídio e assumiu a tentativa de livrar do corpo.
Já as alegações do Ministério Público e das defesas vão ser conhecidas, hoje, pelas 14:00.
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