Podemos ser obrigados pela força da imposição de uma arma a escolher uma via que não queremos, ou podemos simplesmente ser iludidos através de prêmios e ajudas a seguir o mesmo sentido sem se dar conta o final que vamos encontrar.
João José Tavares Monteiro
Esta é uma analogia que se pode fazer muito dos países Africanos engolidas pelas pretensões imperialista da China em concreto o caso do projeto Intergrado do Ilheu de Santa Maria, o famoso Casino de jogos Multimilionário.
Cabo Verde neste momento compara-se a um comboio em alta velocidade, cujo condutor alienado perdeu o contrôle. Os tripulantes conduzidos ainda não deram conta que o ponto da chegada não era do conhecimento do condutor, e que afinal Agenda do Desenvolvimento 2030 era somente uma grande ilusão.
É nesta ótica que podemos compreender estas grandes decisões, de sem ouvir e informar o POVO, fazer aquilo que consideramos a venda de um Património Público de valor incalculável que é o Ilhéu de Santa Maria, incluindo sobretudo uma boa parte do mar e da Gamboa em plena Cidade da Praia Capital de Cabo Verde.
Foi considerado a única e a última chance para Cabo Verde, mesmo hipotecando o seu futuro, ao colocar uma bomba de todos os vícios no centro desta pequena cidade com os seus cerca de 200 mil habitantes.
Afinal é mais importante e estratégico para os países Africanos uma parceria multilateral ou bilateral como tem dito os lideres políticos chineses para a África?
Muitos destes países “desenvolvidos” andam cada vez mais preocupados em resolver os seus próprios problemas que já ultrapassam as suas capacidades e suas fronteiras.
Será que a democracia capitalista Europeia e dos EUA ou o comunismo Chinês Imperialista, podem ser um bom modelo para África?
Qual é a nossa posição face as ameaças do chamado “estado islâmico” no ocidente e em alguns países de estados africanos?
Na verdade os líderes africanos são os primeiros cúmplices para o reforço deste sistema destruidor, onde os nossos governantes tem mostrado infantilidade e fraca competência nas relações diplomáticas, aceitando todas as propostas sem pensar as consequências.
Será que a urgência em decidir os colocam cegos e inconscientes sobre os perigos para a nação que dirigem?
O caso da venda do “Djeu” compara-se a um Golpe do Estado, uma quebra de confiança nacional, divisão do povo e um desvio exagerado de Cabo Verde para estes blocos políticos e económicos predadores, o que vai custar a Cabo Verde um preço muito elevado.
Não vamos analisar os principais impactos a nível ambiental, histórico-cultural ou social do caso do Ilhêu de Santa Maria, até porque isso tudo não interessa aos políticos nem a maioria das pessoas que estão a pensar que tudo que é entrada de divisa é bom para o país e que a implementação dos jogos do Casino vai trazer felicidade para os jovens e as crianças deste país.
Para os dirigentes políticos Africanos, tudo o que é previsão das consequências negativas das suas decisões não lhes interessam e são histórias.
Primeiro porque eles vão governar o presente, segundo porque eles acreditam que o povo pode ser enganado e manipulado e terceiro que o poder vai oferecer-lhes toda a felicidade durante a vida inteira.
Sabe-se que a Capital da cidade da Praia tem um grave problema a nível sanitário, a nível sociocomunitário, as periferias estão com tendências perigosas de emergência de gangs, existe falta de espaço verde, e de praias onde a Gamboa representa em conjunto com o ilhéu e a Baia, os únicos espaços restantes o “coração” natural e cultural da cidade.
Face ao contexto geopolítico atual e das graves transformações no coração das grandes cidades do mundo seria oportuno a mudança de um coração natural para artificial como o caso deste projeto megalómano do multimilionário empresário Macawense David Show em plena Cidade da Praia?
As consequências ao nível simbólico que foram menosprezadas e que vamos analisar de forma breve são fortíssimas. Estrategicamente o ilhéu está localizado no coração da Praia. É a única com capacidade de unir de forma natural todos os Cabo-verdianos e na diáspora. É um espaço com elevada carga de conexão a nível ambiental, social e cultural, onde o sentimento de pertença identitária a envolve completamente.
A privatização deste importante espaço antes público por um novo proprietário estrangeiro capitalista, configura na mente coletiva a ansiedade dos nossos governantes em imitarem desesperadamente o estado Capitalista, e pior ainda, estados ameaçados e subdesenvolvidos humanamente, onde Cabo Verde só terá de ser socorrido.
Estaremos com a moral de falar de independência nacional em 1975 quando não temos nem hino nem a bandeira de décadas desta mesma luta armada e politica, e muito menos poder de decisão de desfrutar livremente da nossa cidade, do nosso mar e dos nossos recursos naturais?
O investimento no turismo de massa nos jogos de casino em Cabo Verde com a desculpa que precisamos investir e produzir não passa de estratégias de continuarmos sobre o domínio dos outros, de mãos estendidas e a se prostituir para se sobreviver.
Estas superpotências estão cada vez mais preocupados em reforçar o seu poderio militar com planos muito bem definidos décadas à sua frente.
Nunca vão valorizar verdadeiramente a história dos africanos ou pensar numa política de reparação dos danos do colonialismo, de resolução de guerras religiosas, étnicas ou raciais.
África é mantido como uma lixeira onde exportam tudo de baixa qualidade o que tem degradado cada vez mais o ambiente com consequências irreparáveis.
A maioria dos Cabo-verdianos não foram informados e desconhecem aquilo que se considera o maior investimento estrangeiro na Capital do seu País. Não sabem o número concreto dos postos de trabalhos, as suas condições, as taxas de exploração e o seu investimento a nível das políticas públicas em direção as comunidades pobres e vulneráveis.
Estes dirigentes políticos tomam decisões como se a terra fosse deles. Por causa de uma democracia, que na verdade é uma oligarquia, com o ego sempre exaltado, pensam que são donos legítimos dos patrimónios públicos e do mundo.
Quando pensam assim, abrem toda a possibilidade de revoltas e transformações sociais violentas que muitas vezes não deixam razões explícitas.
As futuras gerações são condenadas a viver no meio de terrorismo, de refugiados de guerra, entre outras violências por causas de certas decisões tomadas muito antes da sua existência.
Este tipo de política que não toma o referendo do povo, que não compartilha com o povo as grandes decisões devem ser parados, bloqueados e boicotados pelos jovens porque as suas consequências tem interesses muito mais violentos e dramáticos para as futuras gerações.
Tal como a cidade vai ficar mais embelezadas com luzes, jogos, estradas, casinos, hotéis este dinheiro tem as suas raízes.
São do sangue e vão continuar a financiar o derramamento do sangue. É esta realidade indireta que não queremos ver.
No lugar da reconstrução de fatos históricos e de grande aglutinação socio-cultural preferiram ariscar em aquilo que não sabem verdadeiramente se não vai ser um reforço de estratégia de dominação mundial.
Será que não temos arquitetos, urbanistas, engenheiros, historiadores capazes de apresentar um projeto nacional, cultural e ambiental digno de ser valorizado como um património tal como reza um e estado de livre e democrático? Não porque é um golpe de Estado moderno onde criam problemas e nos vendem a solução imediata.
Este artigo é uma forma de relembrar aqueles que ocuparam e protestaram publicamente com esta decisão do dia 02 até 08 de Agosto 2015, o Movimento Korenti de Ativistas.
Dakar, 11 de Agosto de 2016. fonte:anacao
Esta é uma analogia que se pode fazer muito dos países Africanos engolidas pelas pretensões imperialista da China em concreto o caso do projeto Intergrado do Ilheu de Santa Maria, o famoso Casino de jogos Multimilionário.
Cabo Verde neste momento compara-se a um comboio em alta velocidade, cujo condutor alienado perdeu o contrôle. Os tripulantes conduzidos ainda não deram conta que o ponto da chegada não era do conhecimento do condutor, e que afinal Agenda do Desenvolvimento 2030 era somente uma grande ilusão.
É nesta ótica que podemos compreender estas grandes decisões, de sem ouvir e informar o POVO, fazer aquilo que consideramos a venda de um Património Público de valor incalculável que é o Ilhéu de Santa Maria, incluindo sobretudo uma boa parte do mar e da Gamboa em plena Cidade da Praia Capital de Cabo Verde.
Foi considerado a única e a última chance para Cabo Verde, mesmo hipotecando o seu futuro, ao colocar uma bomba de todos os vícios no centro desta pequena cidade com os seus cerca de 200 mil habitantes.
Afinal é mais importante e estratégico para os países Africanos uma parceria multilateral ou bilateral como tem dito os lideres políticos chineses para a África?
Muitos destes países “desenvolvidos” andam cada vez mais preocupados em resolver os seus próprios problemas que já ultrapassam as suas capacidades e suas fronteiras.
Será que a democracia capitalista Europeia e dos EUA ou o comunismo Chinês Imperialista, podem ser um bom modelo para África?
Qual é a nossa posição face as ameaças do chamado “estado islâmico” no ocidente e em alguns países de estados africanos?
Na verdade os líderes africanos são os primeiros cúmplices para o reforço deste sistema destruidor, onde os nossos governantes tem mostrado infantilidade e fraca competência nas relações diplomáticas, aceitando todas as propostas sem pensar as consequências.
Será que a urgência em decidir os colocam cegos e inconscientes sobre os perigos para a nação que dirigem?
O caso da venda do “Djeu” compara-se a um Golpe do Estado, uma quebra de confiança nacional, divisão do povo e um desvio exagerado de Cabo Verde para estes blocos políticos e económicos predadores, o que vai custar a Cabo Verde um preço muito elevado.
Não vamos analisar os principais impactos a nível ambiental, histórico-cultural ou social do caso do Ilhêu de Santa Maria, até porque isso tudo não interessa aos políticos nem a maioria das pessoas que estão a pensar que tudo que é entrada de divisa é bom para o país e que a implementação dos jogos do Casino vai trazer felicidade para os jovens e as crianças deste país.
Para os dirigentes políticos Africanos, tudo o que é previsão das consequências negativas das suas decisões não lhes interessam e são histórias.
Primeiro porque eles vão governar o presente, segundo porque eles acreditam que o povo pode ser enganado e manipulado e terceiro que o poder vai oferecer-lhes toda a felicidade durante a vida inteira.
Sabe-se que a Capital da cidade da Praia tem um grave problema a nível sanitário, a nível sociocomunitário, as periferias estão com tendências perigosas de emergência de gangs, existe falta de espaço verde, e de praias onde a Gamboa representa em conjunto com o ilhéu e a Baia, os únicos espaços restantes o “coração” natural e cultural da cidade.
Face ao contexto geopolítico atual e das graves transformações no coração das grandes cidades do mundo seria oportuno a mudança de um coração natural para artificial como o caso deste projeto megalómano do multimilionário empresário Macawense David Show em plena Cidade da Praia?
As consequências ao nível simbólico que foram menosprezadas e que vamos analisar de forma breve são fortíssimas. Estrategicamente o ilhéu está localizado no coração da Praia. É a única com capacidade de unir de forma natural todos os Cabo-verdianos e na diáspora. É um espaço com elevada carga de conexão a nível ambiental, social e cultural, onde o sentimento de pertença identitária a envolve completamente.
A privatização deste importante espaço antes público por um novo proprietário estrangeiro capitalista, configura na mente coletiva a ansiedade dos nossos governantes em imitarem desesperadamente o estado Capitalista, e pior ainda, estados ameaçados e subdesenvolvidos humanamente, onde Cabo Verde só terá de ser socorrido.
Estaremos com a moral de falar de independência nacional em 1975 quando não temos nem hino nem a bandeira de décadas desta mesma luta armada e politica, e muito menos poder de decisão de desfrutar livremente da nossa cidade, do nosso mar e dos nossos recursos naturais?
O investimento no turismo de massa nos jogos de casino em Cabo Verde com a desculpa que precisamos investir e produzir não passa de estratégias de continuarmos sobre o domínio dos outros, de mãos estendidas e a se prostituir para se sobreviver.
Estas superpotências estão cada vez mais preocupados em reforçar o seu poderio militar com planos muito bem definidos décadas à sua frente.
Nunca vão valorizar verdadeiramente a história dos africanos ou pensar numa política de reparação dos danos do colonialismo, de resolução de guerras religiosas, étnicas ou raciais.
África é mantido como uma lixeira onde exportam tudo de baixa qualidade o que tem degradado cada vez mais o ambiente com consequências irreparáveis.
A maioria dos Cabo-verdianos não foram informados e desconhecem aquilo que se considera o maior investimento estrangeiro na Capital do seu País. Não sabem o número concreto dos postos de trabalhos, as suas condições, as taxas de exploração e o seu investimento a nível das políticas públicas em direção as comunidades pobres e vulneráveis.
Estes dirigentes políticos tomam decisões como se a terra fosse deles. Por causa de uma democracia, que na verdade é uma oligarquia, com o ego sempre exaltado, pensam que são donos legítimos dos patrimónios públicos e do mundo.
Quando pensam assim, abrem toda a possibilidade de revoltas e transformações sociais violentas que muitas vezes não deixam razões explícitas.
As futuras gerações são condenadas a viver no meio de terrorismo, de refugiados de guerra, entre outras violências por causas de certas decisões tomadas muito antes da sua existência.
Este tipo de política que não toma o referendo do povo, que não compartilha com o povo as grandes decisões devem ser parados, bloqueados e boicotados pelos jovens porque as suas consequências tem interesses muito mais violentos e dramáticos para as futuras gerações.
Tal como a cidade vai ficar mais embelezadas com luzes, jogos, estradas, casinos, hotéis este dinheiro tem as suas raízes.
São do sangue e vão continuar a financiar o derramamento do sangue. É esta realidade indireta que não queremos ver.
No lugar da reconstrução de fatos históricos e de grande aglutinação socio-cultural preferiram ariscar em aquilo que não sabem verdadeiramente se não vai ser um reforço de estratégia de dominação mundial.
Será que não temos arquitetos, urbanistas, engenheiros, historiadores capazes de apresentar um projeto nacional, cultural e ambiental digno de ser valorizado como um património tal como reza um e estado de livre e democrático? Não porque é um golpe de Estado moderno onde criam problemas e nos vendem a solução imediata.
Este artigo é uma forma de relembrar aqueles que ocuparam e protestaram publicamente com esta decisão do dia 02 até 08 de Agosto 2015, o Movimento Korenti de Ativistas.
Dakar, 11 de Agosto de 2016. fonte:anacao
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