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Do Campo de Concentração da Morte Lenta, Txom Bom do Tarrafal ao Primeiro Txon Libertado de Cabo Verde

Do Campo de Concentração da Morte Lenta, Txom Bom do Tarrafal ao Primeiro Txon Libertado de Cabo Verde

(Com base no testemunho do autor aquando da Conferência Internacional sobre o 40.º Aniversário da Independência de Cabo-Verde, na Fundação Calouste Gulbenkian, 11/07/2015). “O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.” - Fernando Pessoa
Tarrafal

Do Campo de Concentração da Morte Lenta, Txom Bom do Tarrafal ao Primeiro Txon Libertado de Cabo Verde
Por: Jaime Ben Hare Soifer Schofield

Que mal nos fez o Campo de Concentração da Morte Lenta de Txom Bom do Tarrafal?

Será o anátema dos que tombaram às picadas dos mosquitos carrascos?

Que maldição carrega essa imensa mastaba imperfeita?

Que sombras malignas pairam sobre essa enorme câmara funerária?

Que peso transporta esse campo de extermínio?

Porquê inspira repulsa essa prisão de aviltamento?

Porquê essa insistência em o reduzir como património exclusivo de Cabo Verde?

Porquê há de ser o Campo de Concentração da Morte Lenta objecto de múltiplos mal-entendidos, controvérsias, erros e equívocos?

Verdadeiramente o que é esse monumento-museu?

Certamente não é património pela sua arquitectura.

Então o que é?

Que lugar ocupa na saga libertadora dos oprimidos pelas grilhetas da ditadura fascista?

Que espaço lhe reserva a História na rede dos campos de concentração nazi-fascistas?

Cabo Verde tem a incontornável missão de erguer o Campo de Concentração da Morte Lenta de Txom Bom do Tarrafal, à sua verdadeira dimensão histórica, assente no respeito dos que tombaram pelo mosquito carrasco e dos resistentes aos processos de assassinar dia a dia, já amplamente divulgados por sobreviventes e investigadores.

No Campo de Concentração da Morte Lenta de Txom Bom do Tarrafal, Portugueses, Angolanos Bissau-Guinenses e Cabo-Verdianos, não se deixaram tombar lentamente. Antes, estoicamente resistiram aos processos assassinos e só não possuíam então o antídoto às doenças do local escolhido pela insânia humana.

Os homens do Campo de Concentração da Morte Lenta de Txom Bom do Tarrafal nunca estiveram sós ou abandonados ao processo da destruição. As respectivas famílias nucleares sempre estiveram com os condenados à morte lenta. E os partidos políticos, de que eram militantes, sempre honraram os que tanto deram para desbravar os caminhos da Liberdade

O Campo de Concentração da Morte Lenta de Txom Bom do Tarrafal não se circunscreve à área física dos muros, do fosso, do arame farpado, das celas, da frigideira, da holandinha, do economato, da cozinha, da enfermaria, da oficina, da biblioteca, da enfermaria, da lavandaria, da ‘pista de atletismo’, dos ‘campos de futebol e de voleibol’, então inventados pelo génio da sobrevivência.

É ainda constituído pelos equipamentos sociais circundantes ao campo propriamente dito, nomeadamente, a residência da direcção, a central eléctrica, a secretaria e moradias afectas aos trabalhadores da instituição prisional.

Para se entender bem o Campo, impõe-se atentar, sobretudo, para o factor humano.

É gente dentro e gente fora ligada aos encarcerados. Estiveram irmanados por uma luta comum. Unidos pela chama da Liberdade. A fronteira dos muros do rectângulo era apenas física. Vítimas de um mesmo drama, o sofrimento não há-de ser mensurável por uma medida qualquer. A intensidade perpassava por igual a todos e a cada um. Jamais a angústia da separação toldou a solidariedade e esmaeceu o fulgor do facho da certeza de um novo sol na horizonte.

Eis um caso paradigmático:

Naquele dia, veio o Pedro Rolando: ‘Ska - e jubilava - M ten un kuza pa mostra-bu’. E vi e admirei e interpretei, de tal sorte expressiva era a pintura (djato) que ouvi os gritos, senti a raiva, entrei na revolta incontida e, por entre a opressão, o sol que irrompia pelos muros e arame farpado e a tirania rasa e revelava claramente a reinvenção da vida, a recusa de se deixar tombar brandamente. A obra releva a complexidade da vida dos condenados em Txom Bom e a projecta para o encontro com entes queridos ao sol das manhãs livres. E há tantos exemplos de grandeza humana, alguns dos quais insuspeitos. Homens do saber de mestres que nem as nossas mães e nossos pais e as nossas(os) professoras(es) da escola primeira. Como o do mestre camponês Di Santo que, num momento de grande desânimo, decidiu trazer-me à vida.

Melhor receita não poderia haver como a de falar da mulher e dos filhos. Transmitiu-me a lição da força e delicadeza da relação entre o homem e a mulher. ‘Ska - olhava-me firme e terno e convincente e com um gesto eloquente, esfregando o polegar e o indicador - ‘kuzas entre mudjer i omi é un kuza finu ...’ É, acreditem, uma lição por toda a vida.

E o Campo tem um percurso com marcos significantes, que lhe dão o sentido do triunfo da grandeza humana sobre a miséria humana, de entre os quais:

(I) A comemoração, a 1 de Maio de 1984, dos dez anos da libertação dos prisioneiros do Campo, assinalada com uma placa à entrada do complexo prisional;

(ii) O descerramento, em Dezembro de 2000, da placa que assinala a 1,ª fase do Museu de Resistência pelo então Primeiro-Ministro, Gualberto do Rosário e a concessão da titularidade de Cidadãos Honorários do Tarrafal aos presos cabo-verdianos;

(iii) A Universidade do Mindelo que entendeu distinguir com o título de Doutor Honoris Causa ao Professor Doutor Adriano Moreira, signatário, enquanto Ministro do Ultramar do Estado Novo, da Portaria n.º 18.539 de 17/06/1961, que manda reabrir o Campo, perante a indignação generalizada, mormente da Associação Cabo-Verdiana de ex-Presos Políticos (ACEP) e da realizadora e produtora do filme “Tarrafal: Memórias do Campo da Morte Lenta”, Diana Andringa.

(iii) De 28 de Abril a 1 de Maio de 2009, com o alto patrocínio do Presidente da República e do Ministério da Cultura de Cabo Verde, de Angola e Governo de Timor-Leste, organizado pela Fundação Amílcar Cabral e Fundação Mário Soares, e co-patrocínio da Fundação Agostinho Neto, Fundação Eduardo dos Santos, Fundação Sagrada Esperança, Liga dos Antigos Combatentes de Angola e Council for Development of Social Science Research in Africa (CODESRIA), realizou-se o Simpósio Internacional sobre o Campo da Morte Lenta, sem dúvida, o mais relevante evento sobre essa prisão, durante o qual, se prestou uma sentida homenagem aos ex-presos sobreviventes. Igualmente foi oportunidade para apresentação de painéis por reconhecidos especialistas dos caminhos da Liberdade e, bem assim, de testemunhos de sobreviventes do Campo da Morte.

Do evento saíram recomendações e que, não obstante consideradas pertinentes, têm permanecido, incompreensivelmente, nas profundezas das gavetas do esquecimento.

De assinalar ainda que o simpósio determinou então uma reparação total do espaço físico do complexo prisional e, numa das celas, reorganizou-se o Museu da Resistência com uma exposição permanente de documentos e fotografias dos lutadores pela Liberdade, tornando mais úteis, pedagógicas e aprazíveis as visitas ao Campo.

(iv) Entretanto, veio a Resolução n.º 64/2014 que cria o Sítio Campo de Concentração do Tarrafal, Património Histórico e Cultural Nacional e a consequente posse (09.03.2015) da equipa técnica da Curadoria, pelo Ministro da Cultura, Mário Lúcio. Factos que não vêm senão comprovar que ainda não apreendemos a verdadeira dimensão histórico-espacial, multi-nacional e económico-social do Campo de Concentração de Txom Bom do Tarrafal. Concluir-se-á, uma vez mais, que se segue a senda de ignorar que o complexo é, pelo seu histórico, i. é., desde sempre, um Monumento e um Museu e, bem assim, os trabalhos já realizados. Parte-se, pois, de premissas de gestão conservadoras e ideias vagas e genéricas e repetitivas e, sobretudo, considera-se esse património de propriedade exclusiva de Cabo Verde. É de todo incompreensível que as bases pré-existentes, algumas das quais de grande solidez e inquestionável pertinência, maxime as do Simpósio de Abril/Maio de 2009, permaneçam esquecidas e abandonadas, como se o que os outros pensaram, realizaram e projectaram é coisa alguma perante a grandeza dos feitos do porvir;

(v) A História regista que o Campo de Concentração da Morte Lenta de Txom Bom do Tarrafal integra, de facto, essa ignóbil rede de campos de extermínio humano. O horror da crueldade inimaginável ou a exposição a métodos brandos de assassinar são, de igual modo, atentados inqualificáveis ao valor supremo da vida humana.

Em Cabo Verde, a anteceder Txom Bom, encontra-se o Campo de Concentração de Tarrafal da Ilha de S. Nicolau, considerado justamente a ante-câmara do Campo da Baia de Txom Bom e, ipso facto, o primeiro a integrar-se na rede dos campos de concentração construídos pelo Estado Novo, ou seja, conjuntamente com os de Angola (São Nicolau, Missombo e Bié), Guiné-Bissau (ilha das Galinhas), Moçambique (Machava, São Machilde e Mabalana) e Timor-Leste (Viqueque e Ataúro) e em Portugal, Aljube, Peniche, Caxias e Açores. A futura instituição Txom Bom deve ter, pois, a ambição de o incorporar também nas redes de todos os campos de concentração hitlerianos e mussolinianos, numa ampla cadeia para que jamais se esqueça o valor e o preço da Vida e da Liberdade. E da grandeza dos milhões que tombaram ante a barbárie e a insensatez do ódio e da intolerância e de outros tantos que lograram sobreviver.

Conveniente, por conseguinte, uma integração total nessa imensa rede para se conhecer em profundidade o valor da dignidade humana, não importa em que latitude do Planeta Terra, a Casa do Homem. As Filhas das Ilhas e os Filhos do Mar Azul juntar-se-ão Àquelas e Àqueles que têm sabido elevar a Memória ao mais alto nível do valor supremo da Vida.

O campo da Morte Lenta localiza-se na planura de Txom Bom. No contexto geográfico local, tem-se remetido ao esquecimento a laboriosa comunidade de Txom Bom. Assistiu, serena e passiva, à evolução do Campo. Das tendas, à frigideira, dos pavilhões à holandinha. De homens que entravam na imensa mastaba imperfeita e já não eram vistos. Uns saíram directamente para o cemitério do Tarrafal. A estrada divide-a e os habitantes vêem as viaturas que chegam e vão-se embora. A aldeia, parada, passiva, esquecida, abandonada, à espera de acordar e ser parte integrante do seu Campo de Concentração e do mundo por vir.

O Universo do Campo de Concentração integra também o singelo cemitério do Tarrafal, lugar de recolhimento, morada penúltima de portugueses (trasladados para o seio das respectivas famílias na Mãe-Pátria, mas dignamente assinalados) e última de angolanos e guineenses. O Campo de Concentração está à espera do empreendedorismo. Reúne todas as condições objectivas para ser uma empresa produtora de riquezas, capacidade para criação de postos de trabalho, recursos susceptíveis de mil e uma iniciativas e, sem a mínima dúvida, para se transformar num espaço exemplar de auto-sustentabilidade e paradigma de potenciar todas as valências de um txon privilegiado pela natureza, contrariando a perspectiva da ditadura.

Desde a bela baía, com uma riqueza ainda praticamente por explorar, nas várias vertentes da pesca, seja industrial, seja tradicional, seja transformadora, seja desportiva e de todos os desportos do vento e do mar, passando pela a agricultura e o agro-negócio, com base no seu colonato, outrora verdejante e fértil, ora abandonada pela insustentável leveza da mediocridade dos titulares dos poderes decisórios, local e nacional.

Em suma: Txom Bom abrange uma relativamente vasta área interna e externa, equipamentos sociais abandonados, um microclima admirável e uma paisagem de enorme beleza. Um txon que é mesmo bom.

Vencido o desafio anti-paludismo, o Campo e tudo o que deve ser acrescido ao património nuclear (o espaço prisional restrito), enquadra-se com o Tarrafal paradisíaco das praias, dos vales, das achadas, das montanhas e montes e do céu e mar azuis. Esse complexo impõe, pois, uma gestão da última geração. O Campo e cercanias são demasiado vastos para visitas guiadas por especialistas. São e serão de todo irrealistas e cansativas e, quando em grupos, previsivelmente, caóticas. A superação radica tão-só em rentabilizar as mil e uma viagens de políticos, gestores, técnicos, quadros e autarcas feitas a todos os cantos do Planeta, a Casa do Homem. Ou seja, já sabemos, até à saciedade, que as estadias além-fronteiras, têm sido francamente positivas, ainda que, quase sempre, os custos, por nós pagos, se têm mostrado, de quase nula aplicabilidade prática. As visitas ao Campo de Concentração de Txom Bom do Tarrafal, exigem, além dos meios convencionais, a modernização pelo recurso às tecnologias audiovisuais (v. g. a Torre Eiffel, em Paris e a Estátua da Liberdade, em Nova Iorque), com a vantagem acrescida da redução de tempo, energias e custos.

Por outro lado, a organização gestora, sem esquecer a salvaguarda e a reabilitação do legado físico, dedicar-se-á ao seu enriquecimento e ampliação do acervo já existente, socorrendo-se das fontes óbvias, quais sejam, a Biblioteca Nacional, a Torre de Tombo, a Biblioteca Nacional de Portugal, os demais arquivos das ex-colónias e outras facilmente identificáveis, de entre elas, livros, jornais, revistas, televisões, cinema, boletins de informação, fotografias, filmes, áudios e aos testemunhos, conhecidos e por conhecer.

Então interrogar-nos-emos: Que estrutura deverá assumir a missão incontornável de congregar os Estados de Portugal, Angola, Guiné-Bissau e Cabo Verde, numa instituição que preserve e valorize esse monumento-museu? Uma Instituição com auctoritas para erguer um empreendimento de quatro Estados, irmanados num amplexo aos que se libertaram da Lei da Morte. Uma organização com capacidade de fundamentação junto dos Chefes de Estado e de Governo e das instituições, maxime dos respectivos Parlamentos, para que esses homens, os que já tombaram e os poucos que ainda não recolheram aos braços de Abraão, sejam proclamados cidadãos honorários titulares de quatro nacionalidades.

O que é o mesmo que dizer, uma instituição fruto da cultura do suor, qual seja, v. g., Fundação do Campo de Concentração da Morte Lenta de Txom Bom do Tarrafal e, em caso algum, assente numa insustentável leveza da criação de mais uma célula administrativa à sombra do poder executivo.

Melhor é possível.

Como o poeta-profeta dos nossos dias, José Luís Hopffer Almada, canta e anuncia:

‘... no cântico /ridente/estridente /de repente /em manhãs verdes /às portas escancaradas de Chão Bom /às portas libertas despertas das ilhas/às portas abertas do amanhã conquistado/

/para o renascimento do homem na sua terra /aglutinante crescente diluvial / na alvorada de Cabo Verde...’

Um outro profeta de antanho, ilustre desconhecido, adivinhara também o futuro:

‘Ali bem tempo, que no lugar maldito de gente humilhada e assassinada, o povo escancará as portas da triste prisão e gritará liberdade, antes do cântico de levantá braço de povo independente’.

Não é que a História realmente regista que as Filhas das Ilhas e os Filhos do Mar Azul, mobilizadas/ mobilizados pelas vozes dos discípulos de Cabral, no dia 1 de Maio de 1974, ousaram libertar os Combatentes da Liberdade da Pátria, Angolanos e Cabo-Verdianos ainda prisioneiros no Campo de Concentração da Morte Lenta em Txom Bom do Tarrafal e, triunfal e simbolicamente, proclamaram-no como o primeiro Txon libertado das Ilhas Afortunadas! O Campo de Concentração da Morte Lenta em Txom Bom do Tarrafal exige um tratamento outro, assente na sua historicidade, enquanto espaço da Resistência e da Liberdade da Humanidade.

benhare@cvtelecom.cv

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