Acabada de chegar de uma temporada no Japão, onde esteve para divulgar o seu novo álbum, Elida Almeida foi recebida com efusão pela plateia no Coliseu.
Mais de 2.500 pessoas embarcaram numa viagem pelas culturas dos países de língua portuguesa na quarta edição do Festival Conexão Lusófona.
Antes do concerto, a animação do público que ia enchendo o Coliseu ficou a cargo da Jazzy Dance Studios. O bailarino Fábio Jorge fez uma passagem por alguns dos mais conhecidos ritmos de dança lusófonos desafiando os espectadores a entrarem na dança. No final, subiu ao palco o casal Gabriel & Luana, que surpreendeu o público com uma incrível demonstração de samba de gafieira. Estava assim feito o aquecimento para a grande festa da lusofonia.
O concerto teve início com a banda revelação ZukaTuga, que levou ao palco a mistura que é sua característica principal. Foi logo no tema de abertura que tivemos a primeira conexão da noite: junto da banda subiu ao palco o rapper angolano Bob da Rage Sense, que fez uma intervenção com a letra da sua música Amor.
– Foi uma experiência muito enriquecedora, primeiramente por partilhar o palco com tantos artistas e também por tocar no palco do Coliseu, o que foi o realizar de um sonho – declarou Ivo, dos ZukaTuga.
Bob da Rage Sense destacou a energia entre os artistas no backstage e no palco:
– Estava uma energia muito boa! A letra casou com a melodia dos ZukaTuga, a nova lusofonia não pode ser com base em revoluções, mas com base na união e no amor. Tinha que ser um tema forte e Amor foi o tema que eu escolhi para a participação.
Um dos maiores impulsionadores da cultura moçambicana na Europa, Costa Neto fez no palco uma homenagem ao seu país, com o tema Mandjólò.
– Esta é uma causa que é super nobre e é por isso que eu abraço a Conexão Lusófona – declarou.
Em Psilu, Costa Neto recebeu Marcia Castro, que levou a pimenta do nordeste brasileiro ao palco do Coliseu.
A baiana relembrou um clássico da música brasileira, Preta Pretinha, para depois apresentar ao público Na menina dos meus olhos. Pela primeira vez em palcos portugueses, Marcia se encantou com a possibilidade de partilhar as proximidades da língua com os outros artistas.
– É muito rico poder partilhar das proximidades da nossa língua, porque das distâncias nós já vivemos todos os dias. É divino! Porque a gente poder fazer e manifestar essas nossas proximidades e distâncias a partir da arte. Às vezes a gente não tem nem consciência da nossa irmandade! – explicou.
Ao subir no palco da Conexão Lusófona, Binhan Quimor mostrou porque é um dos cantores mais renomados da música guineense. No público, mesmo quem estivesse mais acanhado acabou por dançar animadamente com Bolserus.
– Um evento como estes é bom para mostrar que somos unidos em português, mas também nas diferentes culturas de cada país. Encontrei com artistas que só ouvia na rádio a música deles, e hoje vamos partilhar o mesmo palco, isso pra mim é muita alegria!
Acabada de chegar de uma temporada no Japão, onde esteve para divulgar o seu novo álbum, Elida Almeida foi recebida com efusão pela plateia no Coliseu. Com a viola ao peito, presenteou o público com uma atuação impecável de Nta Konsigui, o tema que está no ar em uma telenovela de um grande canal da televisão portuguesa.
– Sobretudo para mim, que estou a começar agora, ser escolhida no meio de tantos artistas tão importantes de Cabo Verde para representar o país no Festival é um grande reconhecimento – explicou a nova voz cabo-verdiana, que deixou o palco ao som de pedidos de bis e gritos de “vim aqui só p’ra te ver” da plateia.
Em seguida, em jeito de participação especial, subiram ao palco os são-tomenses Calema para apresentarem ao público o seu novo single em conjunto com a diva da pop lusófona Kataleya.
O tema Tudo por amor trouxe a dança e o romantismo ao Coliseu com casais “kizombando” pela pista como num baile. A brasileira Kataleya continuou a animar o ritmo da noite com Hoje é hoje, em uma fusão de afro-house e kuduro.
– A gente vai descobrindo novas pessoas, novas ondas. A verdade é que o português tem esse calor e essa riqueza, uma sonoridade que deixa alegre – explicou a brasileira que cresceu na Europa e tem África na sua música.
Para os Calema, que subiram pela segundo ano seguido ao palco do Festival Conexão Lusófona, o sentimento não podia ser diferente:
– Vamos celebrar a liberdade e a língua portuguesa em uma só voz, esse é o nosso objetivo: levar essa nossa cultura além-fronteiras e, melhor ainda, com a música. Ser lusófono é estar com os braços abertos não só para os nossos irmãos, mas para o mundo.
Filipe Santo trouxe todo o ritmo de São Tomé e Príncipe ao Coliseu com o seu Wolo Wolo.
– A lusofonia consegue ser uma palavra mágica, porque consegue congregar várias etnias, várias modalidades culturais num só lugar, com o fiozinho condutor que nos liga, a língua portuguesa. Lusofonia é estar longe e perto, distante e tão aprochegado de culturas diferentes, é uma boa onda no fundo! – declarou minutos antes de subir ao palco.
No ano em que completa 20 anos de carreira, Don Kikas levou o balanço angolano ao público da quarta edição da Conexão Lusófona e todo o seu carisma levantou a plateia.
– É a primeira vez que trabalho com muitos dos músicos que estão neste concerto. O bom de estar num projeto como este é que, como reúne vários artistas de culturas e experiências diferentes, cada um traz o seu “bocado” e saímos daqui mais enriquecidos musical e até espiritualmente – explicou.
Nome revelação entre os artistas desta edição do concerto, Benvinda de Jesus apresentou no palco uma música que leva o nome da sua terra natal: Timor-Leste.
– Poder mostrar a cultura timorense ao mundo é uma oportunidade incrível. Estar com artistas de renome no palco e ter a oportunidade de interagir com eles no backstage… senti-me muito muito bem acolhida, senti-me em família.
Os Deolinda encerraram o espetáculo com as conhecidíssimas Mal por mal e Fiscal do fado.
– Estamos todos a falar e a nos entendermos sem esforços, não só porque falamos a mesma língua, mas porque esta língua deu origem a uma forma de expressão musical que sendo diversa cabe toda na mesma casa, digamos assim. É uma felicidade poder participar deste projeto – declarou a vocalista Ana Bacalhau.
Em seguida, os Deolinda convidaram todos os artistas para o palco, onde juntos cantaram Seja agora, finalizando a noite com um grande momento de união e simbolismo que levantou a plateia.
Em 2016 a Conexão Lusófona regressará com a quinta edição do seu Festival e promete muitas novidades e uma festa ainda maior.
Estamos juntos. Até para o ano! 'conexaolusofona.org'
foto: (Crédito: Marlene Nobre)
Antes do concerto, a animação do público que ia enchendo o Coliseu ficou a cargo da Jazzy Dance Studios. O bailarino Fábio Jorge fez uma passagem por alguns dos mais conhecidos ritmos de dança lusófonos desafiando os espectadores a entrarem na dança. No final, subiu ao palco o casal Gabriel & Luana, que surpreendeu o público com uma incrível demonstração de samba de gafieira. Estava assim feito o aquecimento para a grande festa da lusofonia.
O concerto teve início com a banda revelação ZukaTuga, que levou ao palco a mistura que é sua característica principal. Foi logo no tema de abertura que tivemos a primeira conexão da noite: junto da banda subiu ao palco o rapper angolano Bob da Rage Sense, que fez uma intervenção com a letra da sua música Amor.
– Foi uma experiência muito enriquecedora, primeiramente por partilhar o palco com tantos artistas e também por tocar no palco do Coliseu, o que foi o realizar de um sonho – declarou Ivo, dos ZukaTuga.
Bob da Rage Sense destacou a energia entre os artistas no backstage e no palco:
– Estava uma energia muito boa! A letra casou com a melodia dos ZukaTuga, a nova lusofonia não pode ser com base em revoluções, mas com base na união e no amor. Tinha que ser um tema forte e Amor foi o tema que eu escolhi para a participação.
Um dos maiores impulsionadores da cultura moçambicana na Europa, Costa Neto fez no palco uma homenagem ao seu país, com o tema Mandjólò.
– Esta é uma causa que é super nobre e é por isso que eu abraço a Conexão Lusófona – declarou.
Em Psilu, Costa Neto recebeu Marcia Castro, que levou a pimenta do nordeste brasileiro ao palco do Coliseu.
A baiana relembrou um clássico da música brasileira, Preta Pretinha, para depois apresentar ao público Na menina dos meus olhos. Pela primeira vez em palcos portugueses, Marcia se encantou com a possibilidade de partilhar as proximidades da língua com os outros artistas.
– É muito rico poder partilhar das proximidades da nossa língua, porque das distâncias nós já vivemos todos os dias. É divino! Porque a gente poder fazer e manifestar essas nossas proximidades e distâncias a partir da arte. Às vezes a gente não tem nem consciência da nossa irmandade! – explicou.
Ao subir no palco da Conexão Lusófona, Binhan Quimor mostrou porque é um dos cantores mais renomados da música guineense. No público, mesmo quem estivesse mais acanhado acabou por dançar animadamente com Bolserus.
– Um evento como estes é bom para mostrar que somos unidos em português, mas também nas diferentes culturas de cada país. Encontrei com artistas que só ouvia na rádio a música deles, e hoje vamos partilhar o mesmo palco, isso pra mim é muita alegria!
Acabada de chegar de uma temporada no Japão, onde esteve para divulgar o seu novo álbum, Elida Almeida foi recebida com efusão pela plateia no Coliseu. Com a viola ao peito, presenteou o público com uma atuação impecável de Nta Konsigui, o tema que está no ar em uma telenovela de um grande canal da televisão portuguesa.
– Sobretudo para mim, que estou a começar agora, ser escolhida no meio de tantos artistas tão importantes de Cabo Verde para representar o país no Festival é um grande reconhecimento – explicou a nova voz cabo-verdiana, que deixou o palco ao som de pedidos de bis e gritos de “vim aqui só p’ra te ver” da plateia.
Em seguida, em jeito de participação especial, subiram ao palco os são-tomenses Calema para apresentarem ao público o seu novo single em conjunto com a diva da pop lusófona Kataleya.
O tema Tudo por amor trouxe a dança e o romantismo ao Coliseu com casais “kizombando” pela pista como num baile. A brasileira Kataleya continuou a animar o ritmo da noite com Hoje é hoje, em uma fusão de afro-house e kuduro.
– A gente vai descobrindo novas pessoas, novas ondas. A verdade é que o português tem esse calor e essa riqueza, uma sonoridade que deixa alegre – explicou a brasileira que cresceu na Europa e tem África na sua música.
Para os Calema, que subiram pela segundo ano seguido ao palco do Festival Conexão Lusófona, o sentimento não podia ser diferente:
– Vamos celebrar a liberdade e a língua portuguesa em uma só voz, esse é o nosso objetivo: levar essa nossa cultura além-fronteiras e, melhor ainda, com a música. Ser lusófono é estar com os braços abertos não só para os nossos irmãos, mas para o mundo.
Filipe Santo trouxe todo o ritmo de São Tomé e Príncipe ao Coliseu com o seu Wolo Wolo.
– A lusofonia consegue ser uma palavra mágica, porque consegue congregar várias etnias, várias modalidades culturais num só lugar, com o fiozinho condutor que nos liga, a língua portuguesa. Lusofonia é estar longe e perto, distante e tão aprochegado de culturas diferentes, é uma boa onda no fundo! – declarou minutos antes de subir ao palco.
No ano em que completa 20 anos de carreira, Don Kikas levou o balanço angolano ao público da quarta edição da Conexão Lusófona e todo o seu carisma levantou a plateia.
– É a primeira vez que trabalho com muitos dos músicos que estão neste concerto. O bom de estar num projeto como este é que, como reúne vários artistas de culturas e experiências diferentes, cada um traz o seu “bocado” e saímos daqui mais enriquecidos musical e até espiritualmente – explicou.
Nome revelação entre os artistas desta edição do concerto, Benvinda de Jesus apresentou no palco uma música que leva o nome da sua terra natal: Timor-Leste.
– Poder mostrar a cultura timorense ao mundo é uma oportunidade incrível. Estar com artistas de renome no palco e ter a oportunidade de interagir com eles no backstage… senti-me muito muito bem acolhida, senti-me em família.
Os Deolinda encerraram o espetáculo com as conhecidíssimas Mal por mal e Fiscal do fado.
– Estamos todos a falar e a nos entendermos sem esforços, não só porque falamos a mesma língua, mas porque esta língua deu origem a uma forma de expressão musical que sendo diversa cabe toda na mesma casa, digamos assim. É uma felicidade poder participar deste projeto – declarou a vocalista Ana Bacalhau.
Em seguida, os Deolinda convidaram todos os artistas para o palco, onde juntos cantaram Seja agora, finalizando a noite com um grande momento de união e simbolismo que levantou a plateia.
Em 2016 a Conexão Lusófona regressará com a quinta edição do seu Festival e promete muitas novidades e uma festa ainda maior.
Estamos juntos. Até para o ano! 'conexaolusofona.org'
foto: (Crédito: Marlene Nobre)
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