Por mais que eu tente, Elas não me deixam, As lembranças me maltratam, Trazendo-me de volta: A minha mulher morta sobre o pelourinho
Testemunho de um escravo
Rios de lágrimas despendidas
De sonhos esmagados
De destinos forçados
E de tristezas afogadas.
Sem falar de valores perdidos
Orgulhos feridos.
Quem conhece melhor besta
Do que eu
Um desumano filho das matas
Que o sorriso negou à face.
Quem mais há de lhe contar:
Os golpes desferidos que ainda doem,
Alem das cicatrizes dos meus pulsos,
Alimentando à lembrança
Do que a escravatura fez.
Por mais que eu tente
Elas não me deixam,
As lembranças me maltratam,
Trazendo-me de volta:
A minha mulher morta sobre o pelourinho,
Os mues filhos que se converteu em moedas de ouro,
Os meus progenitores,
Dos quais já nem lembro a cara.
Os sangues que beijaram a terra,
Já não mais voltarão ao corpo
Mesmo que acorde em min a fera
Ela há-de fazer tao pouco.
Onde esteve a igualdade?
Enquanto se fazia perversidade.
Afinal de quem é esta divida?
Ainda me lembro dos correntes se arrastando
Dos gritos causadas pelos chicotes,
Outrora pelo frio
Pois as vestes nada podiam fazer.
Lembro-me dos que diziam ser os senhores
Do ódio que a escravatura gerou.
Foi tanto sofrimento,
Tantas lagrimas,
Tantos sonhos e uma só realidade
“A escravidão”.
Manuel J. S.
Rios de lágrimas despendidas
De sonhos esmagados
De destinos forçados
E de tristezas afogadas.
Sem falar de valores perdidos
Orgulhos feridos.
Quem conhece melhor besta
Do que eu
Um desumano filho das matas
Que o sorriso negou à face.
Quem mais há de lhe contar:
Os golpes desferidos que ainda doem,
Alem das cicatrizes dos meus pulsos,
Alimentando à lembrança
Do que a escravatura fez.
Por mais que eu tente
Elas não me deixam,
As lembranças me maltratam,
Trazendo-me de volta:
A minha mulher morta sobre o pelourinho,
Os mues filhos que se converteu em moedas de ouro,
Os meus progenitores,
Dos quais já nem lembro a cara.
Os sangues que beijaram a terra,
Já não mais voltarão ao corpo
Mesmo que acorde em min a fera
Ela há-de fazer tao pouco.
Onde esteve a igualdade?
Enquanto se fazia perversidade.
Afinal de quem é esta divida?
Ainda me lembro dos correntes se arrastando
Dos gritos causadas pelos chicotes,
Outrora pelo frio
Pois as vestes nada podiam fazer.
Lembro-me dos que diziam ser os senhores
Do ódio que a escravatura gerou.
Foi tanto sofrimento,
Tantas lagrimas,
Tantos sonhos e uma só realidade
“A escravidão”.
Manuel J. S.
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