Um genio nascido para musica. Sentado la em casa parecia timido. Subia a um palco transformava se num outro ser, uma pantera, a musica rebentava dentro dele.
Publicado por Filinto Silva:
1. Em março (primeiro dia) de 2001, falecia Orlando Pantera, um dos mais arrojados estetas cabo-verdianos de sempre. Telúrico e moderno, versátil e experimentalista, marcou seu tempo que ressoa hoje - Geração Pantera - como um 'movimento insidioso' para além da música...e da própria Cultura. Trouxera ele, por honra coletiva, novos azimutes de atitudes e de comportamentos; outras formas (com mais alma) de ser e de estar. Já nada, porque tempos de transformação, já nada (e ainda bem) ficou igual.
2. Busco nos versos de Corsino Fortes (outro imprescindível esteta) estas palavras metafóricas para homenagear Orlando Pantera: (...) "O coração deste homem/é corda no violão do mundo/E os joelhos/rodas que vão! hélices que sobem/com ilhas no interior" (...).
3. Já o Poeta Mário Fonseca (visionário, vaticinara o puzzle da vida a nascer nesta Nação), da sua pluma polifónica instituía "Mon Pays Est Une Musique", subvertendo a lógica da quadratura do círculo e do Circo. Assim, 15 anos depois, continua-se Lapidu na Bo. Ah, Pantera...
alguns comentarios:
Elisio Semedo: A nível profissional tivemos cerca de dois anos de convivência, no ex- ICM, actual ICCA. No Ministério da Justiça sob a minha proposta temos um centro Sócio-Educativo «Orlando Pantera» Desse centro que na altura foi apenas uma referência para pequenos atendimentos, hoje, finalmente o Ministério da Justiça tem um centro novo, construído de raiz. A justiça entre o social e o cultural justificou o nome desse centro. Outros nomes serviriam mas houve razões a pender para o meu grande colega Orlando Pantera. O artista que gosta do Orlando Pantera pode dar um espectáculo cultural nesse Centro. Fica situado junto do Quartel de Achada Mato. É um desafio. Com o Orlando Pantera cumpri a minha parte e continuarei a cumprir ainda que seja pelo menos com a palavra, com o VERBO. Um pormenor, apesar de eu ser muito discreto: Aquando da sua participação no espectáculo de Raiz di Polon, sob a direcção da Clara Andermatt, anos trás, com a minha sugestão ele co-produziu uma peça musical de categoria. Dias depois ele rematou para mim: «prestaste atenção na peça ... (não me recordo o nome) ? Foi fruto da nossa conversa crítica» Quando fizemos a inauguração do Centro Sócio-Educativo Orlando Pantera, em Lem Ferreira, tivemos a preocupação de, pelo menos, fazer estar presente na cerimónia, na altura, a sua mulher e a filhinha. Se ele não fez mais para as nossas crianças «marginalizadas» é porque não teve mais meios e porque também o SEnhor Todo Poderoso precisava e precisa dele lá do outro lado. Precisamos apenas de mais PANTERAS. Um abraço grande, meu grande colega e amigo. Nunca me esqueço das nossas conversas críticas.
1. Em março (primeiro dia) de 2001, falecia Orlando Pantera, um dos mais arrojados estetas cabo-verdianos de sempre. Telúrico e moderno, versátil e experimentalista, marcou seu tempo que ressoa hoje - Geração Pantera - como um 'movimento insidioso' para além da música...e da própria Cultura. Trouxera ele, por honra coletiva, novos azimutes de atitudes e de comportamentos; outras formas (com mais alma) de ser e de estar. Já nada, porque tempos de transformação, já nada (e ainda bem) ficou igual.
2. Busco nos versos de Corsino Fortes (outro imprescindível esteta) estas palavras metafóricas para homenagear Orlando Pantera: (...) "O coração deste homem/é corda no violão do mundo/E os joelhos/rodas que vão! hélices que sobem/com ilhas no interior" (...).
3. Já o Poeta Mário Fonseca (visionário, vaticinara o puzzle da vida a nascer nesta Nação), da sua pluma polifónica instituía "Mon Pays Est Une Musique", subvertendo a lógica da quadratura do círculo e do Circo. Assim, 15 anos depois, continua-se Lapidu na Bo. Ah, Pantera...
alguns comentarios:
Elisio Semedo: A nível profissional tivemos cerca de dois anos de convivência, no ex- ICM, actual ICCA. No Ministério da Justiça sob a minha proposta temos um centro Sócio-Educativo «Orlando Pantera» Desse centro que na altura foi apenas uma referência para pequenos atendimentos, hoje, finalmente o Ministério da Justiça tem um centro novo, construído de raiz. A justiça entre o social e o cultural justificou o nome desse centro. Outros nomes serviriam mas houve razões a pender para o meu grande colega Orlando Pantera. O artista que gosta do Orlando Pantera pode dar um espectáculo cultural nesse Centro. Fica situado junto do Quartel de Achada Mato. É um desafio. Com o Orlando Pantera cumpri a minha parte e continuarei a cumprir ainda que seja pelo menos com a palavra, com o VERBO. Um pormenor, apesar de eu ser muito discreto: Aquando da sua participação no espectáculo de Raiz di Polon, sob a direcção da Clara Andermatt, anos trás, com a minha sugestão ele co-produziu uma peça musical de categoria. Dias depois ele rematou para mim: «prestaste atenção na peça ... (não me recordo o nome) ? Foi fruto da nossa conversa crítica» Quando fizemos a inauguração do Centro Sócio-Educativo Orlando Pantera, em Lem Ferreira, tivemos a preocupação de, pelo menos, fazer estar presente na cerimónia, na altura, a sua mulher e a filhinha. Se ele não fez mais para as nossas crianças «marginalizadas» é porque não teve mais meios e porque também o SEnhor Todo Poderoso precisava e precisa dele lá do outro lado. Precisamos apenas de mais PANTERAS. Um abraço grande, meu grande colega e amigo. Nunca me esqueço das nossas conversas críticas.
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