Merly Fortes da Silva, uma menina que nasceu sem os braços, é uma estudante do 8º ano no Liceu Domingos Ramos que vem impressionando os colegas, professores...
Merly Fortes da Silva, uma menina que nasceu sem os braços, é uma estudante do 8º ano no Liceu Domingos Ramos que vem impressionando os colegas, professores, funcionários e curiosos com a sua extraordinária capacidade de resistência e adaptação. Apesar da deficiência, conseguiu aprender a fazer tudo com os pés: não só pentear o cabelo, comer e escovar os dentes – habilidades que revelam a sua determinação em ultrapassar barreiras desde a infância – mas também “com uma caneta encaixada entre os dedos do pé direito, sou capaz de escrever, pintar, desenhar, tanto no caderno como no quadro negro”, revela a menina de 14 anos de idade.
Segundo a adolescente, nos primeiros anos de escolaridade, os professores e alunos ajudavam-na muito, tanto que aprendeu a escrever rapidamente. “Aprender não foi tão difícil como muitos imaginam”, explica.
Mesmo com a deficiência física, Merly diz que teve uma infância normal e se sentia como as outras crianças. “Quando criancinha brincava com as minhas colegas e aprendi a pegar o lápis com os dedos do pé direito. Na escola não foi diferente”, conta. No entanto, a sua integração na escola não foi fácil. Nos primeiros dias de aula, revela a miúda, os outros meninos tentavam imitá-la e lançavam-lhe olhares curiosos, o que a deixava incomodada. “As pessoas olhavam para mim como se eu fosse uma coisa muito estranha ou monstruosa. Sou um ser humano com muita saúde e alegria”, desabafa.
Esta adolescente diz sentir-se esclarecida com a sua deficiência. Acredita que pelo facto de ter nascido sem os dois braços e fazer todas as actividades com os pés, tudo é muito natural para ela. “Não é porque sou deficiente que deixo de ser um ser humano como qualquer outro, também tenho sentimentos. Vemos pessoas ditas normais por aí que usam drogas e bebidas e dão muito mais trabalho do que eu”, aponta.
A verdade é que Merly nunca viu a sua deficiência como um obstáculo, pelo contrário, desenvolveu outras capacidades que a fazem sentir-se igual aos demais. Para poucas acções ela depende da ajuda de terceiros, como fazer compras no minimercado, usar o banheiro, vestir ou trocar de vestuário. Tirando isso, consegue fazer as outras coisas sozinha e cada vez mais está mais independente, conforme relata.
Para a professora Carla Morais, que lecciona Inglês no liceu Domingos Ramos, a destreza, flexibilidade e equilíbrio que Merly exibe com os pés na realização de tarefas são impressionantes. “Ela participa em tudo nas aulas, mesmo nas aulas de educação física; faz todas as suas actividades sem os braços, é estudiosa e muito activa, enfim, demonstra que para sermos ‘normais’ não necessitamos ter todos os membros. O mais importante é sabermos acolher as pessoas especiais, cuidar delas com muito amor, aprender com elas e, acima de tudo, respeitá-las e proporcionar-lhes as oportunidades, sem preconceito”, conclui.
Celso Lobo, fonte:asemana
Merly, que vive com a avó Aguinalda Rodrigues (Naná) na Achadinha, garante que a falta dos membros superiores não a impede de lutar pelos seus sonhos: terminar o ensino secundário, continuar os estudos superiores, estar empregada e ser independente. Porém, ainda não decidiu qual será a sua área de formação profissional.
Segundo a adolescente, nos primeiros anos de escolaridade, os professores e alunos ajudavam-na muito, tanto que aprendeu a escrever rapidamente. “Aprender não foi tão difícil como muitos imaginam”, explica.
Mesmo com a deficiência física, Merly diz que teve uma infância normal e se sentia como as outras crianças. “Quando criancinha brincava com as minhas colegas e aprendi a pegar o lápis com os dedos do pé direito. Na escola não foi diferente”, conta. No entanto, a sua integração na escola não foi fácil. Nos primeiros dias de aula, revela a miúda, os outros meninos tentavam imitá-la e lançavam-lhe olhares curiosos, o que a deixava incomodada. “As pessoas olhavam para mim como se eu fosse uma coisa muito estranha ou monstruosa. Sou um ser humano com muita saúde e alegria”, desabafa.
Esta adolescente diz sentir-se esclarecida com a sua deficiência. Acredita que pelo facto de ter nascido sem os dois braços e fazer todas as actividades com os pés, tudo é muito natural para ela. “Não é porque sou deficiente que deixo de ser um ser humano como qualquer outro, também tenho sentimentos. Vemos pessoas ditas normais por aí que usam drogas e bebidas e dão muito mais trabalho do que eu”, aponta.
A verdade é que Merly nunca viu a sua deficiência como um obstáculo, pelo contrário, desenvolveu outras capacidades que a fazem sentir-se igual aos demais. Para poucas acções ela depende da ajuda de terceiros, como fazer compras no minimercado, usar o banheiro, vestir ou trocar de vestuário. Tirando isso, consegue fazer as outras coisas sozinha e cada vez mais está mais independente, conforme relata.
Para a professora Carla Morais, que lecciona Inglês no liceu Domingos Ramos, a destreza, flexibilidade e equilíbrio que Merly exibe com os pés na realização de tarefas são impressionantes. “Ela participa em tudo nas aulas, mesmo nas aulas de educação física; faz todas as suas actividades sem os braços, é estudiosa e muito activa, enfim, demonstra que para sermos ‘normais’ não necessitamos ter todos os membros. O mais importante é sabermos acolher as pessoas especiais, cuidar delas com muito amor, aprender com elas e, acima de tudo, respeitá-las e proporcionar-lhes as oportunidades, sem preconceito”, conclui.
Celso Lobo, fonte:asemana
COMMENTS