um dos nomes que cabo verde conhece e que eu acho de grande valor para o rap cabo-verdiano, é o Batchart por exemplo e entre outros, mas este número ultrapassa dez
Porquê Hip hop ou Rap na tua vida?
Eu não escolhi o rap, é como se ele me escolhe-se, eu lembro quando eu tinha pegado numa fita casete as primeiras canções do DMX, eu não dormia, não era o DMX era aquele ritmo, aquele estilo de música eu estava visuado, nos primeiros dias e apartir dali eu estava a procura de mais qualquer coisa que o Rap tinha para oferecer.
Mais o que definiu a minha paixao pelo Rap foi quando alguém me referiu as canções do eminem, eu fiquei espantado com o seu modo de fazer o rap, não era uma boa letra, nem se fosse não compreendia quase nada, eu só vim a saber disso anos depois quando comecei a compreender um pouco do inglês, mas eu sentia a diferença entre os outros rappers que eu tinha ouvido, ele tinha e dava mais, eu sentia isso, apartir de aquele momento eu comecei a compor.
Fala-nos de te, quem é o shade B, de onde veio e para onde pretendes ir?
No mundo do rap uns me vêem como vilão e outros me vêem como alguma referencia, eu me incomodava muito com o facto de muitos dedos apontado para mim, umas com críticas que até hoje serviram para a minha mudança, outras nem tanto, algumas críticas eram como punhaladas que muitas vezes me entristecia, mais tarde comecei a encarar com normalidade, como dizem é o “rap game” esperava tudo.
Criticas estes que por muitas vezes veio a resultar numa canção.
Video: Odja Show de Shade B, um dos melhores rapper Criolo
Já tinhas afastado de hip hop ou é somente uma retirada estratégica?
Nunca afastei do rap, estes dois anos fiz o rap todos os dias da minha vida, eu precisava ver as coisas de fora para dentro, corrigir ou ajustar algumas coisas comigo mesmo, mas estava sempre a trazer canções novas para o meu projeto que propositadamente iria dar a cara no ano 2016.
Em quê que inspiras para compor as suas músicas?
Eu não tenho hoje assim alguém que eu poça dizer que me inspira, eu me inspiro na ambição de fazer coisa grande com o rap, eu oiço outros rappers uns até eu admiro as ideias e ousadia, mas o que mais me inspira é que eu nunca fico satisfeito com o que eu fiz ou o que eu faço, eu só quero crescer a cada dia horas e minutos no que mais gosto de fazer: rap.
Qual é o equivoco que as pessoas cometem quando falam de te?
Muitas pessoas me julgam por o que eu fiz no passado, eles não querem nem perceber que eu era jovem e que eu também estava a ser influenciado por outros, era uma fase de aprendizado, eu fui o reflexo de outros assim como acontece com os jovens, eu estava a procura de saber o que eu era, o que eu queria e qual era o sentido de tudo isto.
Eu não trouxe o que não existia, assim como muitos jovens hoje precisam de ajuda, eu precisava naquela época, ninguém queria saber, as pessoas só se aproximavam para tirar proveito, as pessoas não sentiram como eu me senti quando eu descobri sozinho que o mundo não prestava, eu estava sozinho, mesmo que as minhas letras não eram positivas, as pessoas a minha volta tinham o meu respeito, o meu amor e a minha amizade, em troca eu recebi a decepção, mesmo assim eu tentei compreender o eguismo destas pessoas, sem ter que brigar ou cobrar nos dias de hoje, todos nós oferecemos o que temos para oferecer.
Achas que a força de hip hop e suficiente para ser uma arma?
Se eu carrego a culpa de cada arma que os jovens carregam com eles hoje, quem é o culpado pela arma que eu carreguei ontem? Eu acho que a imaturidade e a escolha pessoal, são as respostas. Acho que toda música é uma arma, o rap em si é uma cultura muito rica, assim como eu na altura não sabia, muitos jovens hoje não sabem, a arma não é o Rap, a arma são as pessoas que o fazem, porque ele ganha vida com as ideias que um indivíduo carrega na sua mente ou trás dentro do coração, se o rap vai ser bom ou mau depende do estado de espírito da pessoa, nós que somos conscientes, devemos escolher o que falar, porque muitos dos rap hoje são como drogas criadas para o consumo de uma mente imprudente a procura de novas descobertas.
Sobre o rap cabo-verdiano
Hoje eu tento muito referir acerca do rap cabo-verdiano, hoje muitos dizem que o rap foi aceito, não só, os mais espertos descobriram que podem tirar algum proveito dessa cultura, a geração dos nossos pais ainda muitos não aceitaram o rap, adaptaram com o movimento, hoje em dia em muitas casas não criticam um jovem se colocar um cd do hip hop a tocar, mas eu passei por isto, esta consequência é porque os músicos dos tempos dos nossos pais satisfazeram-nos com poesias, e mostravam respeito, dedicação para com a musica cabo-verdiana, no dia em que os rappers tiverem essa visão o rap não vai ser aceite, o rap vai reinar.
E referências, quem são eles?
Eu oiço muito o eminem até hoje, ele foi a minha referencia e hoje muito mais porque as suas letras tornaram muito mais fortes, sem precisar de ser negativas, posso afirmar que ele fez parte da evolução do rap no mundo e dentro da minha mente. Eu podia citar muitos nomes que o mercado da música cabo-verdiana ainda não conheceu, mas um dos nomes que cabo verde conhece e que eu acho de grande valor para o rap cabo-verdiano, é o Batchart por exemplo e entre outros, mas este número ultrapassa dez, cada dia eu fico a saber de fulano ou da fulana que faz parte deste movimento, acho que já é hora de afastar esta tema “ melhor do rap cv ” hoje posso afirmar que muitos estão a me surpreender e fico contente quando oiço algo como se diz “ brutal “, e tenho a certeza que este número não vai parar de crescer.
Qual das músicas que produziste que mais te marcou?
Não consigo dizer um track que mais me marcou porque eu ainda sinto que não dei o melhor de mim, se a minha alma estiver na música o som sairá grande, acho que ainda não fiz a minha melhor música, mas posso dizer alguns nomes que paro para ouvir como que não fossem meus: Abrim porta, Assolu, Metadi Kumpanheru, Bu storia nha storia, lágrimas na som etc.
Muitas vezes são referenciados os rappers com as drogas. O que pensas a cerca do consumo de padjinha ou ganzá?
Ligar rap a drogas é um erro grave, eu não uso drogas, e o rap não me excita a usar, muitos músicos cabo-verdianos que não fazem rap usam drogas, e não só padjinha, as pessoas não sabem o que estão a fazer.
Se te pedirem para indicar 10 grandes rappers de CV qual seria a tua lista?
Não tenho esta lista dos 10 melhores de cv porque eu sei que alguns dos grandes rappers estão no underground, como se diz: submundo ou escondidos. Não tenho muito esta coisa de como ser lembrado, hoje eu não vivo para alguma glória, ou títulos, quando eu não estiver aqui um dia, eu quero que a minha história sirva para ajudar alguém em alguma situação difícil, hoje apenas quero dar o melhor com rap, e chegar ao limite, esta é a única ambição que eu tenho e vou conseguir.
Sobre o novo trabalho
Do meu novo trabalho o que eu posso adiantar é que vai conter 12 faixas, vai ter participações de músicos conhecidos, e amigos que estiveram comigo desde do início, e quanto ao lançamento ainda não tenho uma data marcada, mas posso afirmar que neste ano de 2016 os fãs vão ter muitas surpresas.
Eu não escolhi o rap, é como se ele me escolhe-se, eu lembro quando eu tinha pegado numa fita casete as primeiras canções do DMX, eu não dormia, não era o DMX era aquele ritmo, aquele estilo de música eu estava visuado, nos primeiros dias e apartir dali eu estava a procura de mais qualquer coisa que o Rap tinha para oferecer.
Mais o que definiu a minha paixao pelo Rap foi quando alguém me referiu as canções do eminem, eu fiquei espantado com o seu modo de fazer o rap, não era uma boa letra, nem se fosse não compreendia quase nada, eu só vim a saber disso anos depois quando comecei a compreender um pouco do inglês, mas eu sentia a diferença entre os outros rappers que eu tinha ouvido, ele tinha e dava mais, eu sentia isso, apartir de aquele momento eu comecei a compor.
Fala-nos de te, quem é o shade B, de onde veio e para onde pretendes ir?
No mundo do rap uns me vêem como vilão e outros me vêem como alguma referencia, eu me incomodava muito com o facto de muitos dedos apontado para mim, umas com críticas que até hoje serviram para a minha mudança, outras nem tanto, algumas críticas eram como punhaladas que muitas vezes me entristecia, mais tarde comecei a encarar com normalidade, como dizem é o “rap game” esperava tudo.
Criticas estes que por muitas vezes veio a resultar numa canção.
Video: Odja Show de Shade B, um dos melhores rapper Criolo
Já tinhas afastado de hip hop ou é somente uma retirada estratégica?
Nunca afastei do rap, estes dois anos fiz o rap todos os dias da minha vida, eu precisava ver as coisas de fora para dentro, corrigir ou ajustar algumas coisas comigo mesmo, mas estava sempre a trazer canções novas para o meu projeto que propositadamente iria dar a cara no ano 2016.
Em quê que inspiras para compor as suas músicas?
Eu não tenho hoje assim alguém que eu poça dizer que me inspira, eu me inspiro na ambição de fazer coisa grande com o rap, eu oiço outros rappers uns até eu admiro as ideias e ousadia, mas o que mais me inspira é que eu nunca fico satisfeito com o que eu fiz ou o que eu faço, eu só quero crescer a cada dia horas e minutos no que mais gosto de fazer: rap.
Qual é o equivoco que as pessoas cometem quando falam de te?
Muitas pessoas me julgam por o que eu fiz no passado, eles não querem nem perceber que eu era jovem e que eu também estava a ser influenciado por outros, era uma fase de aprendizado, eu fui o reflexo de outros assim como acontece com os jovens, eu estava a procura de saber o que eu era, o que eu queria e qual era o sentido de tudo isto.
Eu não trouxe o que não existia, assim como muitos jovens hoje precisam de ajuda, eu precisava naquela época, ninguém queria saber, as pessoas só se aproximavam para tirar proveito, as pessoas não sentiram como eu me senti quando eu descobri sozinho que o mundo não prestava, eu estava sozinho, mesmo que as minhas letras não eram positivas, as pessoas a minha volta tinham o meu respeito, o meu amor e a minha amizade, em troca eu recebi a decepção, mesmo assim eu tentei compreender o eguismo destas pessoas, sem ter que brigar ou cobrar nos dias de hoje, todos nós oferecemos o que temos para oferecer.
Achas que a força de hip hop e suficiente para ser uma arma?
Se eu carrego a culpa de cada arma que os jovens carregam com eles hoje, quem é o culpado pela arma que eu carreguei ontem? Eu acho que a imaturidade e a escolha pessoal, são as respostas. Acho que toda música é uma arma, o rap em si é uma cultura muito rica, assim como eu na altura não sabia, muitos jovens hoje não sabem, a arma não é o Rap, a arma são as pessoas que o fazem, porque ele ganha vida com as ideias que um indivíduo carrega na sua mente ou trás dentro do coração, se o rap vai ser bom ou mau depende do estado de espírito da pessoa, nós que somos conscientes, devemos escolher o que falar, porque muitos dos rap hoje são como drogas criadas para o consumo de uma mente imprudente a procura de novas descobertas.
Sobre o rap cabo-verdiano
Hoje eu tento muito referir acerca do rap cabo-verdiano, hoje muitos dizem que o rap foi aceito, não só, os mais espertos descobriram que podem tirar algum proveito dessa cultura, a geração dos nossos pais ainda muitos não aceitaram o rap, adaptaram com o movimento, hoje em dia em muitas casas não criticam um jovem se colocar um cd do hip hop a tocar, mas eu passei por isto, esta consequência é porque os músicos dos tempos dos nossos pais satisfazeram-nos com poesias, e mostravam respeito, dedicação para com a musica cabo-verdiana, no dia em que os rappers tiverem essa visão o rap não vai ser aceite, o rap vai reinar.
E referências, quem são eles?
Eu oiço muito o eminem até hoje, ele foi a minha referencia e hoje muito mais porque as suas letras tornaram muito mais fortes, sem precisar de ser negativas, posso afirmar que ele fez parte da evolução do rap no mundo e dentro da minha mente. Eu podia citar muitos nomes que o mercado da música cabo-verdiana ainda não conheceu, mas um dos nomes que cabo verde conhece e que eu acho de grande valor para o rap cabo-verdiano, é o Batchart por exemplo e entre outros, mas este número ultrapassa dez, cada dia eu fico a saber de fulano ou da fulana que faz parte deste movimento, acho que já é hora de afastar esta tema “ melhor do rap cv ” hoje posso afirmar que muitos estão a me surpreender e fico contente quando oiço algo como se diz “ brutal “, e tenho a certeza que este número não vai parar de crescer.
Qual das músicas que produziste que mais te marcou?
Não consigo dizer um track que mais me marcou porque eu ainda sinto que não dei o melhor de mim, se a minha alma estiver na música o som sairá grande, acho que ainda não fiz a minha melhor música, mas posso dizer alguns nomes que paro para ouvir como que não fossem meus: Abrim porta, Assolu, Metadi Kumpanheru, Bu storia nha storia, lágrimas na som etc.
Muitas vezes são referenciados os rappers com as drogas. O que pensas a cerca do consumo de padjinha ou ganzá?
Ligar rap a drogas é um erro grave, eu não uso drogas, e o rap não me excita a usar, muitos músicos cabo-verdianos que não fazem rap usam drogas, e não só padjinha, as pessoas não sabem o que estão a fazer.
Se te pedirem para indicar 10 grandes rappers de CV qual seria a tua lista?
Não tenho esta lista dos 10 melhores de cv porque eu sei que alguns dos grandes rappers estão no underground, como se diz: submundo ou escondidos. Não tenho muito esta coisa de como ser lembrado, hoje eu não vivo para alguma glória, ou títulos, quando eu não estiver aqui um dia, eu quero que a minha história sirva para ajudar alguém em alguma situação difícil, hoje apenas quero dar o melhor com rap, e chegar ao limite, esta é a única ambição que eu tenho e vou conseguir.
Sobre o novo trabalho
Do meu novo trabalho o que eu posso adiantar é que vai conter 12 faixas, vai ter participações de músicos conhecidos, e amigos que estiveram comigo desde do início, e quanto ao lançamento ainda não tenho uma data marcada, mas posso afirmar que neste ano de 2016 os fãs vão ter muitas surpresas.
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