O Tarrafal, Quem te calmou e não ficou, Quem te comeu a força e negou o estupro
Tarrafal!
Qual flecha te pendura?
A tua cara já não é estranha
Nas viagens do velho passarinho a tua cara é dura
No bico velho do pássaro que carrega a folha daquela planta
Ninguém te apanha.
O tio pendura foi para tropa
O vento ainda te dá a dura sova
E o coveiro já cansou de cavar tantas vezes a tua cova,
Nunca conseguiram enterrar a tua alma
A onde esconderam?
Há mais tempo de lamentos por te do que quanto te abanam os lenços
Na volta dos passarinhos, ainda a seta está la, duro feito tarrafa,
Passarinhos nunca te envejam
Mas lamentam dizer
“O Tarrafal
Quem te calmou e não ficou
Quem te comeu a força e negou o estupro
A culpa ainda é uma puta vagabunda
Fica tudo ao norte da grande bunda
A sepultura que te fizeram, já dura o suficiente
Para dar uma factura em nome da cultura
O Tarrafal
A dor que trespassa a tua alma
Já tem farrapos que duram o suficiente
Para ser amargura da angústia.
O Tarrafal
Ouvi aqueles que mesmo sendo da terra
Reclamam do teu bico perdido ao mais longo pico.
O Tarrafal
O lugar a onde repousava a corrente, e a santa é adúltera e virgem.
Acorrenta o corpo a amente provoca revolta
Era ódio, hoje herança: legitimado
Quando mais calado é ódio
O Tarrafal
Vivem descendentes
Latinizados onde os verdadeiros
Heróis foram cânones canonizados,
O Tarrafal alguém que te deu nome
Errou no substantivo, ainda tu és tao abstracto
qual chama que não acendo a chamada
Qual o teu nome a arvore extinta
Escrita em óleo e tinta
Falta estatua, falta lamento
A ousadia e vento do alento
O Tarrafal
Entrega a cabeça, e fica com o ouro bandido
O povo, o povo da viva quando eternamente dorme o passarinho.
O pássaro será sempre a graciosa”. Dorme que a vida passa.
Mario Loff
Qual flecha te pendura?
A tua cara já não é estranha
Nas viagens do velho passarinho a tua cara é dura
No bico velho do pássaro que carrega a folha daquela planta
Ninguém te apanha.
O tio pendura foi para tropa
O vento ainda te dá a dura sova
E o coveiro já cansou de cavar tantas vezes a tua cova,
Nunca conseguiram enterrar a tua alma
A onde esconderam?
Há mais tempo de lamentos por te do que quanto te abanam os lenços
Na volta dos passarinhos, ainda a seta está la, duro feito tarrafa,
Passarinhos nunca te envejam
Mas lamentam dizer
“O Tarrafal
Quem te calmou e não ficou
Quem te comeu a força e negou o estupro
A culpa ainda é uma puta vagabunda
Fica tudo ao norte da grande bunda
A sepultura que te fizeram, já dura o suficiente
Para dar uma factura em nome da cultura
O Tarrafal
A dor que trespassa a tua alma
Já tem farrapos que duram o suficiente
Para ser amargura da angústia.
O Tarrafal
Ouvi aqueles que mesmo sendo da terra
Reclamam do teu bico perdido ao mais longo pico.
O Tarrafal
O lugar a onde repousava a corrente, e a santa é adúltera e virgem.
Acorrenta o corpo a amente provoca revolta
Era ódio, hoje herança: legitimado
Quando mais calado é ódio
O Tarrafal
Vivem descendentes
Latinizados onde os verdadeiros
Heróis foram cânones canonizados,
O Tarrafal alguém que te deu nome
Errou no substantivo, ainda tu és tao abstracto
qual chama que não acendo a chamada
Qual o teu nome a arvore extinta
Escrita em óleo e tinta
Falta estatua, falta lamento
A ousadia e vento do alento
O Tarrafal
Entrega a cabeça, e fica com o ouro bandido
O povo, o povo da viva quando eternamente dorme o passarinho.
O pássaro será sempre a graciosa”. Dorme que a vida passa.
Mario Loff
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