José Barbosa defende um salário “digno e condizente” com a natureza e função da Polícia Nacional e lamenta que esta não tenha uma “grelha salarial própria”.
O Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL) quer que a partir de 2017 o salário mínimo dos agentes seja de 60.000$00 e uma proposta nesse sentido foi entregue esta semana ao Governo, garantiu José Barbosa, presidente do sindicato do ramo.
Em exclusivo à Inforpress, José Barbosa disse que a proposta entregue ao Governo, através do ministro da Administração Interna, visa estabelecer alguma “justiça” a nível da Polícia Nacional, em matéria salarial, já que, segundo ele, esta situação tem causado “alguma desmotivação no seio da classe”.
José Barbosa defende um salário “digno e condizente” com a natureza e função da Polícia Nacional e lamenta que esta não tenha uma “grelha salarial própria”.
Segundo ele, uma reforma só fará sentido se, de facto, trouxer melhorias não só na vertente da qualidade dos recursos humanos e materiais, mas também no que diz respeito ao salário digno.
“Existe uma discrepância na base salarial, pelo que há a necessidade urgente de se efectuar uma nivelação”, advoga o presidente do SINAPOL, acrescentando que este nivelamento tem que se situar nos 49.643$00, correspondente ao que auferem, neste momento, os elementos da Polícia Marítima.
Recordou que actualmente os agentes da ordem pública recebem “basicamente” 44 mil escudos e os da Guarda Fiscal 40.000$00.
Para José Babosa, a nivelação da base salarial não significa a actualização e muito menos melhoria salarial no seio da Polícia Nacional.
“Além da nivelação, o sindicato vai exigir também uma actualização salarial”, afirmou o sindicalista que gostaria de ver este pressuposto a constar do Orçamento do Estado para 2017.
De acordo com as suas palavras, a referida proposta já foi submetida ao Ministério da Administração Interna e, cuja discussão, de acordo com José Barbosa, vai ter lugar em “sede própria”.
Relativamente à actualização salarial, o sindicato dos policiais quer que seja de 60 mil escudos, porque, conforme argumenta o líder do SINAPOL, “de 2011 a 2015 não se viu uma única melhoria salarial, com a agravante da perda do poder de compra”.
“Os 2% que, timidamente, o Governo anterior deu, e nem sequer estava orçamentado, não nos conformou”, alegou o representante dos policiais, acrescentando que, deste modo, a nivelação salarial “não será bastante” para o ano de 2017.
Entretanto, vai avisando que a nivelação salarial não vai impedir que prossigam com a sua luta.
No dizer do presidente do SINAPOL, está-se perante uma “oportunidade política” muito séria.
“Ou haverá a devida correcção e actualização salarial, ainda que faseada, ou a situação tornar-se-á mais degradante”, anunciou, para depois acrescentar que os agentes da PN “ganham muito mal” e, logo, “estão desmotivados”.
Em seu entender, o pessoal da Polícia Nacional precisa de uma “lufada de ar fresco”.
José Barbosa recordou que a PN faz parte do quadro privativo da Administração Pública, onde o “salário mínimo ronda os 70 mil escudos”.
“A Polícia Nacional é uma das instituições com maior grau de risco e ameaças a nível profissional, sem contar com as injúrias diárias a todos os níveis”, lamentou o responsável sindical, lembrando que se está em presença de uma “força que tem contribuído para a paz social e a estabilidade política”, não obstante a “presente fase crítica” por que passa.
Relativamente à carga horária, considera que esta tem sido “excessiva” para o pessoal da PN, que vem trabalhando “o dobro do tempo normal e legal”.
“Têm estado a trabalhar 90 horas por semana sem quaisquer recompensas” enfatizou o presidente do Sindicato Nacional da Polícia, para quem os profissionais da PN “merecem dignidade salarial”, já que esta seria um “estímulo à profissão”.
Na perspectiva de José Barbosa, a PN não pode continuar a ser vista como “parente pobre e nem carta fora do barulho”, uma vez que se trata de uma instituição responsável pela segurança e paz social que têm acompanhado a dinâmica do desenvolvimento do país.
Cita o último relatório sobre o estudo da violência e criminalidade na Cidade da Praia, segundo o qual, é “satisfatória” a percepção que se tem da reacção dos policiais.
“Uma reacção, diga-se de passagem, positiva, mas a dignidade salarial continua péssima”, lamentou José Barbosa, fazendo saber que os agentes prisionais e guardas municipais auferem, neste momento, 55 mil escudos e têm “novas propostas a caminho”.
Por isso, prossegue, é inadmissível que os agentes da Polícia Nacional ganhem menos.
Num horizonte até 2021, o presidente do SINAPOL propõe, a par da nivelação salarial, que seja concebida e implementada uma remuneração base “digna cujo índice é de 85 mil escudos.
A proposta do SINAPOL seria concretizada em três fases: a primeira fase, em 2017, seria de 60.000$00, 69.000$00 em 2019 e 85.000$00 em 2021.
Instado sobre que formas de luta poderão encetar, caso as suas reivindicações não sejam atendidas, José Barbosa afirmou que a PN não as vai inventar porque já “foram criadas há muito tempo”.
“Estamos conscientes que vai haver negociações e estamos convictos que o Governo saberá, responsavelmente, cuidar desta matéria junto do sindicato. Não devemos estar por aí a especular novas formas de luta”, concluiu o presidente do SINAPOL.
LC/ZS, fonte:Inforpress
Em exclusivo à Inforpress, José Barbosa disse que a proposta entregue ao Governo, através do ministro da Administração Interna, visa estabelecer alguma “justiça” a nível da Polícia Nacional, em matéria salarial, já que, segundo ele, esta situação tem causado “alguma desmotivação no seio da classe”.
José Barbosa defende um salário “digno e condizente” com a natureza e função da Polícia Nacional e lamenta que esta não tenha uma “grelha salarial própria”.
Segundo ele, uma reforma só fará sentido se, de facto, trouxer melhorias não só na vertente da qualidade dos recursos humanos e materiais, mas também no que diz respeito ao salário digno.
“Existe uma discrepância na base salarial, pelo que há a necessidade urgente de se efectuar uma nivelação”, advoga o presidente do SINAPOL, acrescentando que este nivelamento tem que se situar nos 49.643$00, correspondente ao que auferem, neste momento, os elementos da Polícia Marítima.
Recordou que actualmente os agentes da ordem pública recebem “basicamente” 44 mil escudos e os da Guarda Fiscal 40.000$00.
Para José Babosa, a nivelação da base salarial não significa a actualização e muito menos melhoria salarial no seio da Polícia Nacional.
“Além da nivelação, o sindicato vai exigir também uma actualização salarial”, afirmou o sindicalista que gostaria de ver este pressuposto a constar do Orçamento do Estado para 2017.
De acordo com as suas palavras, a referida proposta já foi submetida ao Ministério da Administração Interna e, cuja discussão, de acordo com José Barbosa, vai ter lugar em “sede própria”.
Relativamente à actualização salarial, o sindicato dos policiais quer que seja de 60 mil escudos, porque, conforme argumenta o líder do SINAPOL, “de 2011 a 2015 não se viu uma única melhoria salarial, com a agravante da perda do poder de compra”.
“Os 2% que, timidamente, o Governo anterior deu, e nem sequer estava orçamentado, não nos conformou”, alegou o representante dos policiais, acrescentando que, deste modo, a nivelação salarial “não será bastante” para o ano de 2017.
Entretanto, vai avisando que a nivelação salarial não vai impedir que prossigam com a sua luta.
No dizer do presidente do SINAPOL, está-se perante uma “oportunidade política” muito séria.
“Ou haverá a devida correcção e actualização salarial, ainda que faseada, ou a situação tornar-se-á mais degradante”, anunciou, para depois acrescentar que os agentes da PN “ganham muito mal” e, logo, “estão desmotivados”.
Em seu entender, o pessoal da Polícia Nacional precisa de uma “lufada de ar fresco”.
José Barbosa recordou que a PN faz parte do quadro privativo da Administração Pública, onde o “salário mínimo ronda os 70 mil escudos”.
“A Polícia Nacional é uma das instituições com maior grau de risco e ameaças a nível profissional, sem contar com as injúrias diárias a todos os níveis”, lamentou o responsável sindical, lembrando que se está em presença de uma “força que tem contribuído para a paz social e a estabilidade política”, não obstante a “presente fase crítica” por que passa.
Relativamente à carga horária, considera que esta tem sido “excessiva” para o pessoal da PN, que vem trabalhando “o dobro do tempo normal e legal”.
“Têm estado a trabalhar 90 horas por semana sem quaisquer recompensas” enfatizou o presidente do Sindicato Nacional da Polícia, para quem os profissionais da PN “merecem dignidade salarial”, já que esta seria um “estímulo à profissão”.
Na perspectiva de José Barbosa, a PN não pode continuar a ser vista como “parente pobre e nem carta fora do barulho”, uma vez que se trata de uma instituição responsável pela segurança e paz social que têm acompanhado a dinâmica do desenvolvimento do país.
Cita o último relatório sobre o estudo da violência e criminalidade na Cidade da Praia, segundo o qual, é “satisfatória” a percepção que se tem da reacção dos policiais.
“Uma reacção, diga-se de passagem, positiva, mas a dignidade salarial continua péssima”, lamentou José Barbosa, fazendo saber que os agentes prisionais e guardas municipais auferem, neste momento, 55 mil escudos e têm “novas propostas a caminho”.
Por isso, prossegue, é inadmissível que os agentes da Polícia Nacional ganhem menos.
Num horizonte até 2021, o presidente do SINAPOL propõe, a par da nivelação salarial, que seja concebida e implementada uma remuneração base “digna cujo índice é de 85 mil escudos.
A proposta do SINAPOL seria concretizada em três fases: a primeira fase, em 2017, seria de 60.000$00, 69.000$00 em 2019 e 85.000$00 em 2021.
Instado sobre que formas de luta poderão encetar, caso as suas reivindicações não sejam atendidas, José Barbosa afirmou que a PN não as vai inventar porque já “foram criadas há muito tempo”.
“Estamos conscientes que vai haver negociações e estamos convictos que o Governo saberá, responsavelmente, cuidar desta matéria junto do sindicato. Não devemos estar por aí a especular novas formas de luta”, concluiu o presidente do SINAPOL.
LC/ZS, fonte:Inforpress
COMMENTS