Governo de Cabo Verde anuncia plano de Reestruturação e Privatização da TACV
Diante da já conhecida crise financeira da nossa companhia de bandeira e mesmo com os esforços empenhados no sentido de minimizar essa situação, ficou inevitável avançar noutro sentido, senão o de acelerar o plano de reestruturação e privatização da TACV.
Há pelo menos 10 anos, as dívidas da empresa com os credores vinham crescendo de forma exponencial, superior a 11 milhões de contos cabo-verdianos – ou seja, mais de 100 milhões de Euros em 2015.
Várias são as razões que contribuíram para que a empresa chegasse a tal situação, designadamente (i) interferências sistemáticas do Governo na gestão da empresa; (ii) decisões equivocadas das suas administrações relativamente à sua reestruturação e política comercial.
PREJUÍZO COM A VENDA DOS ATRs
Nesse contexto de incapacidade do governo anterior em gerir uma empresa que outrora fora orgulho nacional, destaca-se o fracasso na operação de venda dos seus ATRs em 2014 e 2015 para poder pagar as suas dívidas (hoje esses aviões seriam 100% propriedade da TACV), para de seguida os retomar em forma de leasing a rendas mensais proibitivas e muito acima do preço do mercado. Inclusive, relativamente a esse caso, a TACV vem pagando renda de um avião que não está a operar desde 2013.
MEDIDAS URGENTES
Tal situação obrigou o actual Governo a tomar medidas urgentes a fim de evitar o encerramento total das operações. Um vistoso programa de redução de gastos foi implementado em 2016, o que possibilitou impedir o avanço da degradação financeira da empresa, com redução do défice em mais de 1,3 milhões de contos (mais de 12,2 milhões de euros). Conseguimos assegurar a continuidade da operação e afastar o fantasma da declaração de falência da empresa – possibilitando a recuperação da confiança do mercado e dos seus credores, a melhoria da sua credibilidade e a ampliação da sua capacidade de atrair investidores, que possam investir na empresa e potencializar a localização geoestratégica de Cabo Verde para servir como um hub de aviação, assegurando a conectividade do País com o mundo.
CRIATIVIDADE E RESPONSABILIDADE
O cenário, contudo, ainda exigia criatividade e muita responsabilidade. Desta feita, resultaram as medidas com execução de curto prazo, aprovadas pelo Conselho de Ministros:
1. A TACV, enquanto empresa, permanece em operação. A partir de 01 de agosto, a prestação de serviço público no mercado de aviação doméstico será descontinuada. A ligação aérea entre as ilhas será assegurada pela Binter Cabo Verde.
2. O segmento internacional da TACV também permanece e será reestruturado com a participação e gestão de um parceiro estratégico, que poderá ser convidado a assumir o risco de investir na empresa, no âmbito do quadro da privatização que vier a ser definido e aprovado pelo Governo;
3. O negócio de Manutenção e Engenharia (MRO) será reestruturado com a participação e gestão de um parceiro estratégico, que poderá vir a investir no âmbito do quadro da privatização que vier a ser definido e aprovado pelo Governo, envolvendo a participação dos trabalhadores;
CAMINHO SEGURO
Estamos certos de que as medidas apresentadas trarão consequência benéficas para o quadro financeiro da atual governação e, consequentemente, para toda a população.
Tudo será feito com total transparência e responsabilidade e com o pensamento voltado exclusivamente para o desenvolvimento económico e social de Cabo Verde, mas sem esquecer aqueles que dedicaram uma vida de trabalho à Companhia. Com a reestruturação e privatização da TACV, o Governo pretende que Cabo Verde venha a tornar-se um ponto estratégico de operações aéreas no Atlântico, ampliando o seu protagonismo em África e atraindo mais investimentos que trarão mais bem-estar a todo o nosso povo. fonte:governocv, 23 de Maio, 2017
Há pelo menos 10 anos, as dívidas da empresa com os credores vinham crescendo de forma exponencial, superior a 11 milhões de contos cabo-verdianos – ou seja, mais de 100 milhões de Euros em 2015.
Várias são as razões que contribuíram para que a empresa chegasse a tal situação, designadamente (i) interferências sistemáticas do Governo na gestão da empresa; (ii) decisões equivocadas das suas administrações relativamente à sua reestruturação e política comercial.
PREJUÍZO COM A VENDA DOS ATRs
Nesse contexto de incapacidade do governo anterior em gerir uma empresa que outrora fora orgulho nacional, destaca-se o fracasso na operação de venda dos seus ATRs em 2014 e 2015 para poder pagar as suas dívidas (hoje esses aviões seriam 100% propriedade da TACV), para de seguida os retomar em forma de leasing a rendas mensais proibitivas e muito acima do preço do mercado. Inclusive, relativamente a esse caso, a TACV vem pagando renda de um avião que não está a operar desde 2013.
MEDIDAS URGENTES
Tal situação obrigou o actual Governo a tomar medidas urgentes a fim de evitar o encerramento total das operações. Um vistoso programa de redução de gastos foi implementado em 2016, o que possibilitou impedir o avanço da degradação financeira da empresa, com redução do défice em mais de 1,3 milhões de contos (mais de 12,2 milhões de euros). Conseguimos assegurar a continuidade da operação e afastar o fantasma da declaração de falência da empresa – possibilitando a recuperação da confiança do mercado e dos seus credores, a melhoria da sua credibilidade e a ampliação da sua capacidade de atrair investidores, que possam investir na empresa e potencializar a localização geoestratégica de Cabo Verde para servir como um hub de aviação, assegurando a conectividade do País com o mundo.
CRIATIVIDADE E RESPONSABILIDADE
O cenário, contudo, ainda exigia criatividade e muita responsabilidade. Desta feita, resultaram as medidas com execução de curto prazo, aprovadas pelo Conselho de Ministros:
1. A TACV, enquanto empresa, permanece em operação. A partir de 01 de agosto, a prestação de serviço público no mercado de aviação doméstico será descontinuada. A ligação aérea entre as ilhas será assegurada pela Binter Cabo Verde.
2. O segmento internacional da TACV também permanece e será reestruturado com a participação e gestão de um parceiro estratégico, que poderá ser convidado a assumir o risco de investir na empresa, no âmbito do quadro da privatização que vier a ser definido e aprovado pelo Governo;
3. O negócio de Manutenção e Engenharia (MRO) será reestruturado com a participação e gestão de um parceiro estratégico, que poderá vir a investir no âmbito do quadro da privatização que vier a ser definido e aprovado pelo Governo, envolvendo a participação dos trabalhadores;
CAMINHO SEGURO
Estamos certos de que as medidas apresentadas trarão consequência benéficas para o quadro financeiro da atual governação e, consequentemente, para toda a população.
Tudo será feito com total transparência e responsabilidade e com o pensamento voltado exclusivamente para o desenvolvimento económico e social de Cabo Verde, mas sem esquecer aqueles que dedicaram uma vida de trabalho à Companhia. Com a reestruturação e privatização da TACV, o Governo pretende que Cabo Verde venha a tornar-se um ponto estratégico de operações aéreas no Atlântico, ampliando o seu protagonismo em África e atraindo mais investimentos que trarão mais bem-estar a todo o nosso povo. fonte:governocv, 23 de Maio, 2017
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