O amor que sentia fez-me esquecer do mundo e ao lado dela construir um novo mundo.
Hei, podes servir-me mas um copo desse teu veneno?
- Não senhor. Não achas que isso já é o bastante?
- Não, hoje quero-me embriagar no meu desespero e afogar as minhas mágoas com a única vontade que ainda me resta. Sem querer ainda ouço a voz do juiz: ‘’Por serem casados e terem filhos, a mulher vai ficar com tudo, inclusive a casa e o carro. A partir de amanhã o senhor deve recolher os seus pertences e procurar outro lugar para morar.’’
- Como é possível o homem julgar com olhos da lei os nossos destinos?
- Eu não sei.
Meus passos foram desviados pelo destino e ainda sinto o ar do passado enchendo os meus pulmões e oxigenando a minha mente com essa dor que não me pertence. Nesse copo vejo reflexo daquele dia, os raios do sol faziam vibrar as cores à nossa volta, aquecendo o meu corpo com o calor que fazia meu coração pulsar de amor.
- Amor?!
- Sim, amor. Apaixonei pela beleza que pairava a frente dos meus olhos. Ela era assim suave como a brisa e imprevisível como vento. Sem querer me deixei levar pelo perfume que o seu corpo transpirava, sem dúvida ela era aquela que escolheria para o resto dos meus dias
- Pensei que fossem casados!
- Sim casei. O amor que sentia fez-me esquecer do mundo e ao lado dela construir um novo mundo. Com a bênção de deus nossos futuros foram ligados com a frase “marido e mulher” que derivou os meus dois filhos.
- Então eram felizes.
- A felicidade é uma dádiva e um bem-estar do espírito que dura pouco, pouco. Tão pouco como o amor que sua voz pronunciava quando o nosso coração entrelaçava e ao mesmo tempo tão intenso que aquecia o meu corpo com milhões de desejos gerando gritos e sussurrados no escombro daqueles dias. Tão pouco que nem percebe que não era amor mas sim apenas uma fogueira acesa pelo tempo e que o mesmo tempo transformou tudo em cinzas.
- Qual foi o motivo do divórcio?
- Nem todo o mundo que vive em um mar de rosas sabe navegar. O naufrágio é a sina do marinheiro e a jangada da vida leva-te a mares e portos desconhecidos. Sem querer vi minha única mulher entregando-se para outro homem. Senti vontade de gritar mas minha voz converteu-se ao silêncio do amor que se transformou em ódio. E se hoje for o meu fim não esqueças de avisar a todos que a minha morte foi causada por uma doença prolongada, denominada cegueira do amor...
enviado por: Reys Moreira
- Não senhor. Não achas que isso já é o bastante?
- Não, hoje quero-me embriagar no meu desespero e afogar as minhas mágoas com a única vontade que ainda me resta. Sem querer ainda ouço a voz do juiz: ‘’Por serem casados e terem filhos, a mulher vai ficar com tudo, inclusive a casa e o carro. A partir de amanhã o senhor deve recolher os seus pertences e procurar outro lugar para morar.’’
- Como é possível o homem julgar com olhos da lei os nossos destinos?
- Eu não sei.
Meus passos foram desviados pelo destino e ainda sinto o ar do passado enchendo os meus pulmões e oxigenando a minha mente com essa dor que não me pertence. Nesse copo vejo reflexo daquele dia, os raios do sol faziam vibrar as cores à nossa volta, aquecendo o meu corpo com o calor que fazia meu coração pulsar de amor.
- Amor?!
- Sim, amor. Apaixonei pela beleza que pairava a frente dos meus olhos. Ela era assim suave como a brisa e imprevisível como vento. Sem querer me deixei levar pelo perfume que o seu corpo transpirava, sem dúvida ela era aquela que escolheria para o resto dos meus dias
- Pensei que fossem casados!
- Sim casei. O amor que sentia fez-me esquecer do mundo e ao lado dela construir um novo mundo. Com a bênção de deus nossos futuros foram ligados com a frase “marido e mulher” que derivou os meus dois filhos.
- Então eram felizes.
- A felicidade é uma dádiva e um bem-estar do espírito que dura pouco, pouco. Tão pouco como o amor que sua voz pronunciava quando o nosso coração entrelaçava e ao mesmo tempo tão intenso que aquecia o meu corpo com milhões de desejos gerando gritos e sussurrados no escombro daqueles dias. Tão pouco que nem percebe que não era amor mas sim apenas uma fogueira acesa pelo tempo e que o mesmo tempo transformou tudo em cinzas.
- Qual foi o motivo do divórcio?
- Nem todo o mundo que vive em um mar de rosas sabe navegar. O naufrágio é a sina do marinheiro e a jangada da vida leva-te a mares e portos desconhecidos. Sem querer vi minha única mulher entregando-se para outro homem. Senti vontade de gritar mas minha voz converteu-se ao silêncio do amor que se transformou em ódio. E se hoje for o meu fim não esqueças de avisar a todos que a minha morte foi causada por uma doença prolongada, denominada cegueira do amor...
enviado por: Reys Moreira
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