Tenho varias copias de mim mesma, uma parte é acusada de ser fresca e só faz "fresquinha"
Doces
Tenho varias copias de mim mesma, uma parte é acusada de ser fresca e só faz "fresquinha"
e as outras metades de mim, tenho respondido pelo meu próprio nome. Tenho milhas de sorrisos perdidos na invenção de coisas doces, se tenho alongado as mãos à procura deles. Meus rebentos, me chamam - Lula.
Tenho varias copias de mim mesma, uma parte é acusada de ser fresca e só faz "fresquinha"
e as outras metades de mim, tenho respondido pelo meu próprio nome. Tenho milhas de sorrisos perdidos na invenção de coisas doces, se tenho alongado as mãos à procura deles. Meus rebentos, me chamam - Lula.
Facetas de Lula
Sou uma multiplicidade de mim mesma,
Uma faceta de mil homens, fazendo "viços" sem fim,
E outras partes de mim, respondendo pelo meu próprio ser,
Perdida em sorrisos distantes, doces que criei,
Estendo as mãos em busca deles, mas em vão,
É que estão todos no meu peito.
Meus filhos me chamam
—Lula,
um nome veia e sangue que bombeia,
Entre as esquinas da cidade e os caminhos da memória,
Sou muitas, enredada em um enovelado rua de espelho de pedra,
Meditações cambiantes de uma semelhança fluída,
Assim, sou eu, em copiosas tonalidades e subtilezas.
I
—Ó lavarei o meu nome nas madrugadas,
Ou promovereirei os gritos a paisana dos galos em tom delicados,
Esses brancos cabelos
têm fintado todos os enganos, todas as erradas curvas.
Perante as brumas,
nenhum crepúsculo formou pelas mãos castigadas,
Eles vêm a galope,
o romper dos dias desde nas noites das minhas vazias peles,
Todos os trilhos de palmas da mão,
tenho andado com os meus cavalos de lata.
Nas madrugadas que o sono acaba para sustentarem os olhos da mulher,
Permanece intacto o sonho que vagueia nos quartos ocultos e demudas ruas,
Nem é magia, nem a invenção da borra de trigo feita a pão e alimento.
A única voz de lida madura que passa na avenida é dos pescadores,
Que há muito andam à procura desses novos pães de frio e fermento.
Na mesma hora há a repetição de imagens da pescaria de sonhos.
Andava, marcada em formato de sereia num tempo a branco e preto.
Por vezes,
tinha as palavras maiores que a mulher,
Elas, tinham um conforto quando enchiam alguma colher de valentia,
Num tempo antes do passado
remendado no pano terra para serem delinquentes.
Tenho todo o meu céu forrado com a vida.
Palmas frias e chuvas de metal.
Ninguém me ensinou a retirar o sustento das pedras.
A não ser a pesca de gerações que tenho fintado na porta do liceu,
Esses colegiais que me têm quebrado os cabelos e os próprios conselhos,
Eu mesmo me tenho quebrado o sorriso, e pedras,
Ainda que me têm batido no teto do coração e o meu próprio silêncio.
II
Nem confundam,
Os meus ofícios e arte em trigo,
O meu próprio cabelo já habituou na semelhança.
poema de Mario Loff
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