Nós estamos cientes de que este não é o Tarrafal que se almeja.
É o Tarrafal que forasteiro cobiça, mas, que os seus imputam estigmas.
Atualmente a facilidade de falar sobre Tarrafal é enormíssimo. Queremos, aqui, alertar que este falar é essencialmente de coisas más e com um sentimento de repúdio. Este facto vislumbra-se cada vez mais nítido, após a mudança no tabuleiro político nacional. Portanto, a alteração dos atores à volta do tabuleiro gerou uma retórica negativista, enganadora sem precedentes, que insta os locais a desenvolver um discurso inflamado e um sentimento amargo para com a sua terra.
Definitivamente, o nível de desenvolvimento de Tarrafal não é aquilo que muitos querem fazer transparecer, aliás não se compara com outros municípios, pois encontra-se a alguns furos acima da maioria. Isto, sem pretensão de fragilizar os demais.
Nós estamos cientes de que este não é o Tarrafal que se almeja. Conhecemos a gana, a vontade, vemos nos comentários fervorosos e nas expressões contundentes a evidência do gosto de ver Tarrafal “riba la”.
Mas, o que para nós é inconveniente e até certo ponto injuriosa para com esta terra é a forma como atualmente se desenvolveu uma falácia que deslustra tudo aquilo que foi construído até o momento. Para nós, esta retórica foi arquitetada por pessoas com ambições politicas frustradas e, o mais preocupante, é que este discurso está a ser proferido pelo mais humilde munícipe, que ao nosso ver pode beliscar a autoestima social e a forma como é conhecida os tarrafalenses.
De facto, da mesma forma que é nos tempos difíceis que descobrimos quem são os nossos verdadeiros amigos, também é nos momentos singulares que conseguimos avaliar quem são os que acreditam no futuro deste município.
Tarrafal é, sem dúvida, o município com mais expressão do norte de Santiago. Conhecido por possuir pessoas acolhedoras, e carismáticas, dono de grande autoestima desde os tempos da “canequinha”, que atrai o estrangeiro. Abençoado pela natureza com uma das praias mais belas do país e uma das 7 maravilhas da Ilha de Santiago. Com potencialidades de referência, como o Campo de Concentração – candidato a património mundial da humanidade -, uma herança cultural vivida até hoje com muita intensidade, grandes quadros a nível nacional, membros de sucessivos governos, pessoas influentes, figuras públicas, sem falar das “mosas di Mangui”, etc. Tudo um conjunto de características que contribuem para a cobiça de outrem. Já dizia o outro, “si Tarrafal ta caregada e ka staba li”.
O município, embora fortemente galanteado pelos forasteiros, muitos dos filhos deixaram de acreditar nele, de acarinha-lo, de estimá-lo, e o mais triste do que isso muitos passaram a afronta-lo com escárnios e mal dizer. Nós aprendemos muito cedo que o filho deve honrar os pais. Portanto, aquilo que muitos tarrafalenses andam a escrever e dizer não honra em nada a terra que os viu nascer.
Se fizermos uma visita a todos os municípios de Santiago, de certeza encontraremos feitos e sítios que só serão encontrados em Tarrafal. O município possui uma das salas de espetáculos mais bem apetrechada do país, um estádio de futebol com melhores condições de toda a Região Norte de Santiago, é um potência desportiva nas modalidades de Salão e Futebol de 11, dispõe de maior rede de placa desportiva de Cabo Verde.
É neste Município que se situa a maior avenida do país, aproximadamente 3km. O Mata Galo na baía de Mangui é uma expressão cultural da Páscoa, ímpar em todo o País. Somos o município onde mais se desenvolveu o batuque, Delta Cultura e Pó de Terra são exemplos.
Para os mais distraídos, aconselhámos que consultem os dados da INE para verem que estamos muito abaixo da média nacional no Índice da pobreza. O município que tem 98% de cobertura elétrica e a ligação à rede de abastecimento de água aproximadamente 80%.
Dizer que Tarrafal “e ka nada” e que em Tarrafal “nada ka ta fazedu” é deveras injurioso. Esta atitude descredibiliza o município, melindra a autoestima dos tarrafalenses e apresenta-se como uma covardia por parte daqueles que procedem desta forma. É tempo de por cobro a discursos pejorativos, forjados por pessoas desinteressados por Tarrafal. É momento de valorizar o que é nosso, de estimar aquilo que transcende os grupos políticos e a opção particular de cada um.
É esse ponto que faz jus ao nosso artigo, valorizar, estimar e promover aquilo que não pertence a cada um, mas que nos une a todos. Não é de bom tom vangloriar feitos externos, ou dizer que outros fazem isto e aquilo, desconsiderando factos iguais e melhores dentro da nossa própria casa. A relva do vizinho sempre parece mais bem cortada, mas a maioria das vezes isto não é verdade.
No entanto, mais uma vez queremos deixar aqui bem claro, que queremos Tarrafal no patamar de desenvolvimento que ele merece, pois nós acreditamos que o próprio município, tendo em consideração as suas características naturais, sociológicas, geográficas e históricas, impõe claramente qual é que deve ser o seu nível de desenvolvimento. Aceitamos que ainda não alcançamos esse patamar, porém não podemos compactuar com discursos que denigrem a imagem do Tarrafal e que somente apontam seus pontos negativos, rebaixam aquilo que já está feito e não relatam as inúmeras facetas positivas do município.
Tarrafal está sedento de pessoas positivas, que acreditam, que promovem o município, o seu bom nome e a sua autoestima. Urge uma relação afetiva de pertença, patriota e “bairrista” para com este concelho. Merecem referências as pessoas que acreditam no futuro do Tarrafal, destacam-se, a título de exemplo, François e Adelsa, Ny - Sol & Luna, Ady - Vistamare, Investidores Grupo Oásis, Txan de Baxu Resort, Andreas Shafer - Casa Estrela, King Fisher, Mario Zepas – Móveis Decor a Dona Tátá e muitos outros que investem porque acreditam no desenvolvimento Tarrafal.
É por intermédio do espirito crente dessas pessoas que devemos modelar a nossa atitude para com este município. Se um suíço ou um alemão, pessoas e grupos de investidores estrangeiros acreditam, investem e escolhem Tarrafal para residir, nós os munícipes filhos desta terra temos que fazer muito mais do que declarar ser tarrafalense. É necessário que cada um faça a sua parte com comprometimento, zelo e amor, seja pedreiro, peixeira, gerente, empregada de limpeza ou condutor.
Para concluir, como já tínhamos dito no inicio, neste momento á fácil criticar Tarrafal, mas, difícil é elencar sugestões construtivas em sede própria, bem elaboradas e “comme il faut”. Que devem ser enaltecidas são pessoas proactivas e criativas que acreditam no Tarrafal. É imprescindível que os munícipes apoiem e vão a quaisquer iniciativas concebidas principalmente pelos privados ou pelas entidades locais. É sobejamente importante que as pessoas vão às atividades realizados pela Ny – Sol & Luna de forma a criar valor e não deixá-la sozinha criando desmotivação e vontade de organizar novamente. O queremos dizer é que temos que mexer. Temos de ir mais vezes assistir aos espetáculos no Mercado de Artesanato e Cultura. Ir ao Restaurante Buziu ver música ao vivo e consumir nem que seja uma água, ou então à Vistamare, Bar spedju, Cegonha, Kioski Ely, caso não seja um “kaipé” ao pôr-do-sol na Casa Estrela, etc.
Assim, a dinâmica do município também depende muito dos munícipes, sem prescindir as autoridades locais das suas responsabilidades. “Na casa nka ta fika” (Gama). Portanto, a sua decisão de ficar ou não em casa aumenta ou diminui a dinâmica do município em termos culturais e económicos.
Mário Soares (Akanpas)
29/04/2019
Atualmente a facilidade de falar sobre Tarrafal é enormíssimo. Queremos, aqui, alertar que este falar é essencialmente de coisas más e com um sentimento de repúdio. Este facto vislumbra-se cada vez mais nítido, após a mudança no tabuleiro político nacional. Portanto, a alteração dos atores à volta do tabuleiro gerou uma retórica negativista, enganadora sem precedentes, que insta os locais a desenvolver um discurso inflamado e um sentimento amargo para com a sua terra.
Definitivamente, o nível de desenvolvimento de Tarrafal não é aquilo que muitos querem fazer transparecer, aliás não se compara com outros municípios, pois encontra-se a alguns furos acima da maioria. Isto, sem pretensão de fragilizar os demais.
Nós estamos cientes de que este não é o Tarrafal que se almeja. Conhecemos a gana, a vontade, vemos nos comentários fervorosos e nas expressões contundentes a evidência do gosto de ver Tarrafal “riba la”.
Mas, o que para nós é inconveniente e até certo ponto injuriosa para com esta terra é a forma como atualmente se desenvolveu uma falácia que deslustra tudo aquilo que foi construído até o momento. Para nós, esta retórica foi arquitetada por pessoas com ambições politicas frustradas e, o mais preocupante, é que este discurso está a ser proferido pelo mais humilde munícipe, que ao nosso ver pode beliscar a autoestima social e a forma como é conhecida os tarrafalenses.
De facto, da mesma forma que é nos tempos difíceis que descobrimos quem são os nossos verdadeiros amigos, também é nos momentos singulares que conseguimos avaliar quem são os que acreditam no futuro deste município.
Tarrafal é, sem dúvida, o município com mais expressão do norte de Santiago. Conhecido por possuir pessoas acolhedoras, e carismáticas, dono de grande autoestima desde os tempos da “canequinha”, que atrai o estrangeiro. Abençoado pela natureza com uma das praias mais belas do país e uma das 7 maravilhas da Ilha de Santiago. Com potencialidades de referência, como o Campo de Concentração – candidato a património mundial da humanidade -, uma herança cultural vivida até hoje com muita intensidade, grandes quadros a nível nacional, membros de sucessivos governos, pessoas influentes, figuras públicas, sem falar das “mosas di Mangui”, etc. Tudo um conjunto de características que contribuem para a cobiça de outrem. Já dizia o outro, “si Tarrafal ta caregada e ka staba li”.
O município, embora fortemente galanteado pelos forasteiros, muitos dos filhos deixaram de acreditar nele, de acarinha-lo, de estimá-lo, e o mais triste do que isso muitos passaram a afronta-lo com escárnios e mal dizer. Nós aprendemos muito cedo que o filho deve honrar os pais. Portanto, aquilo que muitos tarrafalenses andam a escrever e dizer não honra em nada a terra que os viu nascer.
Se fizermos uma visita a todos os municípios de Santiago, de certeza encontraremos feitos e sítios que só serão encontrados em Tarrafal. O município possui uma das salas de espetáculos mais bem apetrechada do país, um estádio de futebol com melhores condições de toda a Região Norte de Santiago, é um potência desportiva nas modalidades de Salão e Futebol de 11, dispõe de maior rede de placa desportiva de Cabo Verde.
É neste Município que se situa a maior avenida do país, aproximadamente 3km. O Mata Galo na baía de Mangui é uma expressão cultural da Páscoa, ímpar em todo o País. Somos o município onde mais se desenvolveu o batuque, Delta Cultura e Pó de Terra são exemplos.
Para os mais distraídos, aconselhámos que consultem os dados da INE para verem que estamos muito abaixo da média nacional no Índice da pobreza. O município que tem 98% de cobertura elétrica e a ligação à rede de abastecimento de água aproximadamente 80%.
Dizer que Tarrafal “e ka nada” e que em Tarrafal “nada ka ta fazedu” é deveras injurioso. Esta atitude descredibiliza o município, melindra a autoestima dos tarrafalenses e apresenta-se como uma covardia por parte daqueles que procedem desta forma. É tempo de por cobro a discursos pejorativos, forjados por pessoas desinteressados por Tarrafal. É momento de valorizar o que é nosso, de estimar aquilo que transcende os grupos políticos e a opção particular de cada um.
É esse ponto que faz jus ao nosso artigo, valorizar, estimar e promover aquilo que não pertence a cada um, mas que nos une a todos. Não é de bom tom vangloriar feitos externos, ou dizer que outros fazem isto e aquilo, desconsiderando factos iguais e melhores dentro da nossa própria casa. A relva do vizinho sempre parece mais bem cortada, mas a maioria das vezes isto não é verdade.
No entanto, mais uma vez queremos deixar aqui bem claro, que queremos Tarrafal no patamar de desenvolvimento que ele merece, pois nós acreditamos que o próprio município, tendo em consideração as suas características naturais, sociológicas, geográficas e históricas, impõe claramente qual é que deve ser o seu nível de desenvolvimento. Aceitamos que ainda não alcançamos esse patamar, porém não podemos compactuar com discursos que denigrem a imagem do Tarrafal e que somente apontam seus pontos negativos, rebaixam aquilo que já está feito e não relatam as inúmeras facetas positivas do município.
Tarrafal está sedento de pessoas positivas, que acreditam, que promovem o município, o seu bom nome e a sua autoestima. Urge uma relação afetiva de pertença, patriota e “bairrista” para com este concelho. Merecem referências as pessoas que acreditam no futuro do Tarrafal, destacam-se, a título de exemplo, François e Adelsa, Ny - Sol & Luna, Ady - Vistamare, Investidores Grupo Oásis, Txan de Baxu Resort, Andreas Shafer - Casa Estrela, King Fisher, Mario Zepas – Móveis Decor a Dona Tátá e muitos outros que investem porque acreditam no desenvolvimento Tarrafal.
É por intermédio do espirito crente dessas pessoas que devemos modelar a nossa atitude para com este município. Se um suíço ou um alemão, pessoas e grupos de investidores estrangeiros acreditam, investem e escolhem Tarrafal para residir, nós os munícipes filhos desta terra temos que fazer muito mais do que declarar ser tarrafalense. É necessário que cada um faça a sua parte com comprometimento, zelo e amor, seja pedreiro, peixeira, gerente, empregada de limpeza ou condutor.
Para concluir, como já tínhamos dito no inicio, neste momento á fácil criticar Tarrafal, mas, difícil é elencar sugestões construtivas em sede própria, bem elaboradas e “comme il faut”. Que devem ser enaltecidas são pessoas proactivas e criativas que acreditam no Tarrafal. É imprescindível que os munícipes apoiem e vão a quaisquer iniciativas concebidas principalmente pelos privados ou pelas entidades locais. É sobejamente importante que as pessoas vão às atividades realizados pela Ny – Sol & Luna de forma a criar valor e não deixá-la sozinha criando desmotivação e vontade de organizar novamente. O queremos dizer é que temos que mexer. Temos de ir mais vezes assistir aos espetáculos no Mercado de Artesanato e Cultura. Ir ao Restaurante Buziu ver música ao vivo e consumir nem que seja uma água, ou então à Vistamare, Bar spedju, Cegonha, Kioski Ely, caso não seja um “kaipé” ao pôr-do-sol na Casa Estrela, etc.
Assim, a dinâmica do município também depende muito dos munícipes, sem prescindir as autoridades locais das suas responsabilidades. “Na casa nka ta fika” (Gama). Portanto, a sua decisão de ficar ou não em casa aumenta ou diminui a dinâmica do município em termos culturais e económicos.
Mário Soares (Akanpas)
29/04/2019
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