Duro foi ver os teus 20 anos de idade serem sepultados debaixo da terra.
Silvino Lopes Évora desabafa na sua pagina de facebook...
"Foi duro acompanhar-te até à tua última morada. Ouvir aqueles balões rebentarem todos ao mesmo tempo como aplausos no final de uma peça em palco quando as cortinas se fecham foi duro. Foi duro.
Duro demais. Duro foi ver os teus 20 anos de idade serem sepultados debaixo da terra. Duro ver o desespero dos teus colegas da Universidade... de pé, caídos, caindo. Três anos, passaste-os, connosco na Universidade... Três anos de intenso amor, respeito, carinho e troca de saberes. Tinhas muito a dar.
Todos sabem. Hoje, na hora final, quando o teu drone... aquele que usavas nas tuas filmagens... começou a sobrevoar o cemitério com a mensagem 'R.I.P. WILDE', todos os pilares do meu ser cederam e as lágrimas desceram em cascatas.
Vi o teu futuro interrompido diante dos meus olhos. Tínhamos mais um ano para fechar o ciclo. Não vou te ver a receber diploma de finalista. E já nem vais me apresentar trabalhos. Não devia ser assim. Devíamos ir até ao fim. Poucas vezes senti tão sufocado como o momento que assisti o fecho das tuas cortinas .
Queria ter-te aqui connosco. A partir de hoje, vou passar a olhar de forma diferente para os drones. Agora, vou passar a tentar encontrar-te neles. Nas suas asas. Voando. Sempre que os vejo voar. São mais do que portadores de câmaras de filmar.
Para mim, são portadores do futuro de um jovem congelado no tempo da eternidade. A sala 228 ficará mais triste. Entre a primeira e a segunda cadeira da fila direita estavas tu. De agora em diante não estarás. Vou perguntar sempre aos drones por ti. Adeus... Adeus, Wilde. Estou inconformado." Silvino Lopes ÉvoraSilvino Lopes Évora
18 de agosto
"Foi duro acompanhar-te até à tua última morada. Ouvir aqueles balões rebentarem todos ao mesmo tempo como aplausos no final de uma peça em palco quando as cortinas se fecham foi duro. Foi duro.
Duro demais. Duro foi ver os teus 20 anos de idade serem sepultados debaixo da terra. Duro ver o desespero dos teus colegas da Universidade... de pé, caídos, caindo. Três anos, passaste-os, connosco na Universidade... Três anos de intenso amor, respeito, carinho e troca de saberes. Tinhas muito a dar.
Todos sabem. Hoje, na hora final, quando o teu drone... aquele que usavas nas tuas filmagens... começou a sobrevoar o cemitério com a mensagem 'R.I.P. WILDE', todos os pilares do meu ser cederam e as lágrimas desceram em cascatas.
Vi o teu futuro interrompido diante dos meus olhos. Tínhamos mais um ano para fechar o ciclo. Não vou te ver a receber diploma de finalista. E já nem vais me apresentar trabalhos. Não devia ser assim. Devíamos ir até ao fim. Poucas vezes senti tão sufocado como o momento que assisti o fecho das tuas cortinas .
Queria ter-te aqui connosco. A partir de hoje, vou passar a olhar de forma diferente para os drones. Agora, vou passar a tentar encontrar-te neles. Nas suas asas. Voando. Sempre que os vejo voar. São mais do que portadores de câmaras de filmar.
Para mim, são portadores do futuro de um jovem congelado no tempo da eternidade. A sala 228 ficará mais triste. Entre a primeira e a segunda cadeira da fila direita estavas tu. De agora em diante não estarás. Vou perguntar sempre aos drones por ti. Adeus... Adeus, Wilde. Estou inconformado." Silvino Lopes ÉvoraSilvino Lopes Évora
18 de agosto
COMMENTS