Adê é um músico e compositor caboverdiano...
Adê é um músico e compositor caboverdiano que se apresenta no mercado artístico com uma fusão de sonoridades que circulam entre a África, a América Latina e a Europa Ocidental. Cresceu escutando artistas nacionais como Ildo Lobo, Tcheka, Mayra Andrade e Sara Tavares, mas foram as canções do cantor brasileiro Djavan que despertaram em Adê o interesse em fazer música. Aos 12 anos, aprendeu a tocar violão e um ano mais tarde, junto com um grupo de amigos, criou uma banda chamada “Free Times”, a qual tocava músicas tradicionais de Cabo Verde e músicas contemporâneas em bares, restaurantes e eventos culturais da sua ilha.
Em 2007, mudou-se para a Espanha, onde cursou Farmácia na Universidad de La Laguna (Tenerife). Lá, formou um grupo de RnB/Hip Hop chamado “Black Dayz” que tocava frequentemente nos eventos universitários. Depois da separação da banda, em 2010, afastou-se da música e passou por um profundo período de reflexão. Foi justamente nesse momento que começou a desenvolver o seu lado compositor e a reconhecer o seu estilo na música.
No ano de 2017, Adê decidiu iniciar a sua trajetória profissional na música quando lançou o seu primeiro álbum, intitulado “Branku na Pretu”, produzido por Román Brito e com a participação de grandes músicos canários como Jonay Mesa, Luis Suarez, Pablo Hernandez, Laura Brito, Diego Hernandez e Mangui.
“Branku na Pretu”, que foi nomeado ao “Prêmio Canários de la Música de 2018”, é um projeto bastante intimista, repleto de composições sobre as suas vivências e emoções. Através desse trabalho, foi um dos dez artistas selecionados para o projeto pedagógico-musical Barrios Orquestados 2018 (em Canárias) e participou de vários festivais como o Fimucité Festival 2018, Noite em Branca La Laguna 2018 e o MAPAS 2018 (nas Ilhas Canárias) e o The AME 2017 Festival (em Praia, Cabo Verde).
Adê constrói a sua própria identidade musical fazendo um cruzamento entre a música caboverdiana (expressada na morna, no batuku, na coladeira e no funaná) e outras sonoridades do Atlântico, tendo como uma das principais referências as produções afro-brasileiras e afro-continentais. Em 2019, mudou-se para Barcelona em busca de novos desafios, novas conexões profissionais e para amadurecer o seu novo projeto “Hello Cabo Verde”. Atualmente, tem realizado concertos em vários países europeus.
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