Ministério Público considerou que a ré atuou de forma premeditada
Leitura da sentença é no dia 21 de Outubro
MINISTÉRIO PUBLICO DE PORTUGAL PEDE NO MÍNIMO 12 ANOS DE CADEIA PARA A CABO-VERDIANA QUE ABANDONOU BEBE NO LIXO
É Sara Furtado, na foto, acusada de pratica de homicídio qualificado, na sua forma tentada. Na terceira sessão do julgamento esta quarta-feira o Ministério Público considerou que a ré atuou de forma premeditada, tendo escondido a gravidez da família, do namorado e de outros sem-abrigo que, como ela, viviam em tendas junto a uma discoteca em Santa Apolónia.
Segundo a procuradora do Ministério Publico, Sara Furtado tem uma personalidade “desconforme”, não tendo demonstrado qualquer pena ou arrependimento, embora a confissão dos factos e o fator idade (22 anos) devem ser levados em conta pelo tribunal que pediu esta quarta-feira “uma pena de prisão não inferior a 12 anos”.
A procuradora acrescentou que a morte de criança só não se verificou por “mera casualidade” e porque houve a intervenção de algumas pessoas, afirmando que “os testemunhos foram esclarecedores”.
A defesa, por seu lado, pede “prisão de mínima” para Sara uma vez que “ela confessou os factos, teve consultas de psiquiatria e está a aprender uma profissão”.
Sara Furtado, natural de Cabo Verde, foi presa em Lisboa em Novembro de 2019, depois de ter sido identificada como a mãe que abandonou um bebe num caixote do lixo na Avenida Infante D. Henrique, perto da estação fluvial, em Santa Apolónia, e junto a um estabelecimento de diversão noturna.
O recém-nascido foi encontrado por um sem-abrigo, ainda com vestígios do cordão umbilical, tendo sido transportado ao Hospital Dona Estefânia, em Lisboa.
No mês passado, no inicio do julgamento, Sara confessou que deitou o bebé num ecoponto não para se desfazer dele, mas com a intenção de que fosse encontrado, justificando o ato com a “vergonha” e o “medo” de ter um filho e viver na rua.
O bebe, que completou 11 meses de vida, está ao cuidado de um família de atendimento enquanto Sara Furtado esta presa preventivamente na cadeia de Tires, muitas vezes a maior parte do tempo absorta no seu mundo e “sonhando” voltar para Cabo Verde para recomeçar a sua vida. Fonte:ok
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