Ninguém pode medir o meu sofrimento
Zale é um dos inúmeros migrantes senegaleses que terão perdido a vida na piroga que naufragou na costa da ilha do Sal
O ROSTO DA TRAGÉDIA
Zale Wade tinha 28 anos e trabalhava no campo no Senegal como tratorista junto com o pai, mas o seu grande sonho era chegar a Paris onde vive sua mãe Maimouna que está em Franca desde 2015.
No inicio de Novembro Zale e mais centena e meia de senegaleses saíram do Senegal a bordo de uma piroga que dias depois terminou destruída numa praia da ilha do Sal. 66 pessoas foram então resgatadas mas entre elas não estava Zale.
A mãe Maimouna, que de Paris lançou um S.O.S na rede social para saber o paradeiro do filho, a mãe tinha ainda alguma esperança que o filho não tivesse entrado na embarcação mas esta semana recebeu a noticia que o coração de mãe há muito já pressentia: Um dos sobreviventes da tragédia, contactado na ilha do Sal por uma amiga de Maimouna, contou que Zale estava infelizemnte a bordo e que, como todos os outros, terá ele também se lançado ao mar.
Na costa da ilha do Sal ainda foram avistadas uma dezena de corpos mas foi impossível os identificar porque os corpos eventualmente nunca foram retirados do mar por estarem numa zona de difícil acesso.
A mãe já tem mais esperanças de recuperar o cadáver do seu filho mas mesmo aceitando o inevitável pergunta parqué......Porqué que o seu filho não quís ouviu o seu concelho para não se aventurar nessa viagem que ela bem sabe que é um inferno, ela que em 2014 havia chegada a Canarias depois de atravessado o Atlantico também numa piroga.
Mesta quinta-feira eka publicou este pequeno texto no seu Facebook:
“Meu filho, carne da minha carne, deixastes este mundo para nunca mais voltares. Ninguém pode medir o meu sofrimento, um sofrimento que não desejo a ninguém. Só Deus Todo Poderoso sabe o que sinto, só Ele também sabe como pergunto parqué, porqué, porqué ...”
Quanto a Zale ele era um amante do futebol. No seu perfil de Facebook colocava fotos de seus jogadores preferidos (Messi, Zidane, Xavi, Iniesta...) e seu sonho era um dia ver Mbappé a jogar no no Parque dos Príncipes...
Só este ano mais de 500 migrantes já morreram na travessia Senegal/ Canárias. Quantas mães – como Mamoila- choram os filhos bem saberem bem porque morreram. Fonte:ok
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