Um dia serás nosso libertador…
Meu nome é Mayara Sofia Santos sou de praia, nesses dia alguém partilhou comigo esse texto que está a causar bastante polémica na internet, de um autor bastante conhecido actualmente onde ele traz um título diferente e polémico para os escritores caboverdianos dessa nova geração. Por isso decide partilhar convosco.
Como muitos eu também sou uma dessas jovens que vive numa condição precária nas margens dessa sociedade. Por isso assino em baixo de todo que o autor diz. estamos fartos de promessas, queremos revolução. Precisamos de mais jovens como este que faz revolução utilizando apenas uma caneta e um papel... Vamos espalhar a mensagem
Texto:
UM DIA MATAREI O PRESIDENTE
Quando o mundo ainda era nosso
Andávamos nus e livres
Unidos e deferentes
Sem medo
Sem o peso da agonia dessas correntes
Irmão!
Hoje o mundo é deles
O nosso crânio esta coberto com o véu da cegueira
Passos tímidos e incertos vagueiam inseguros no caminho da perdição
Consegues ouvir esse grito que emana das minhas entranhas?
é a fome
Que grita e grita!
Em nome desses
Depravados que roubaram a nossa paz
Que grita e grita!
Em nome desses
tiranos que esmagaram os nossos sonhos
Irmão!
Hoje os meus olhos negros choram
Lacrimejando os males da ambição
Mãe!
Juro, entre soluços e sorrisos:
Quando eu crescer, matarei esse choro
Com a mesma arma matarei o Presidente!
Hei de meter uma bala entre aqueles miolos gananciosos
Se não morrer.
Com a mesma corda com que ele nos amordaçou
O Enforcarei!
Assim,
O povo que sou eu
Entrará nos anais da nossa história
E com sangue e a coragem, deixaremos o registo da nossa glória.
E os nossos conterrâneos
Alegres e nus, gritarão!
Vitória!
‘‘Hoje o mundo é nosso
A pátria matou seu primogénito!
A pátria conquistou a sua liberdade’’
Mãe!
Grito, novamente com todas as minhas forças:
Estou sedento de vingança, de justiça e de paz!
Quando eu crescer, matarei esse choro
Com a mesma arma matarei o Presidente!
Não filho!
Um dia serás presidente
Sim, se assim for o meu destino
Hei de matar o povo pela boca
E alimentarei de suas mãos.
Não filho!
Um dia serás nosso libertador…
Sim, serei o libertador
Matarei os inimigos da pátria
Ó Mãe!
Trarei de volta o pão que nos foi tirado
E o sossego que nos foi levado.
Quando o mundo ainda era nosso
Andávamos nus e livres
Unidos e deferentes
Sem medo do nosso destino
Sem correntes.
Sacra dos Crónisiastas. 2
autores : Reys Moreira & Márcia Dias Costa .
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