Na altura o caso teve grande repercussão mediática e o então comandante da esquadra, Afonso Pereira Tavares, foi suspenso do cargo “ate a conclusão do
Santa Catarina/ Ilha de Santiago
EXPULSO DA POLICIA O AGENTE QUE SUPOSTAMENTE VIOLOU UMA JOVEM DENTRO DA CELA
É Adilson Correia Batista ( na foto) e em prisão preventiva desde 2019.
Adilson foi demitido da corporação policial conforme reza um despacho do Ministério da Administração Interna publicado esta semana. Sem mencionar o nome, o referido despacho alega que o agente de primeira classe da esquadra de Santa Catarina acusado de violação sexual com penetração e abuso de poder foi demitido pela Direção Nacional da Polícia Nacional ao abrigo do regulamento disciplinar da Incorporação com a data de 23 de vevereiro.
Note-se que o caso ainda mão foi julgado e em Março de 2020 um inquérito da Policia Nacional praticamente ilibou de culpa o referido agente, colocando em causa a versão da alegada vitima.
Na altura o caso teve grande repercussão mediática e o então comandante da esquadra, Afonso Pereira Tavares, foi suspenso do cargo “ate a conclusão do processo”.
POLICIA COM MÁ IMAGEM
Esse caso, aliado a vários outros crimes e escândalos que envolveram agentes da Policia Nacional, terá contribuído para abalar a confiança dos cabo-verdianos nessa instituição enquanto entidade responsável pela garantia da segurança. Segundo uma recente sondagem do Afrosondagem / Afrobarómetro cabo-verdianos confiam cada vez menos na policia (de 40 % em 2014 para 51% em 2020).
O CASO ADILSON
O caso remonta a 02 de Outubro de 2019, dia em que uma jovem praiense – residente em Ponta D’Agua- foi detida em Ribeirão Manuel na sequencia de uma briga durante as festas de Nha santa Teresinha. Alguns dias depois essa jovem denunciou na rede social que havia sido violada e brutalizada dentro da esquadra de Assomada pelo agente Adilson que foi detido dias depois. Um outro agente ( Valdir Fernandes) foi também preso e depois libertado sob TIR, acusado de crimes de tortura e de tratamento cruel contra essa jovem.
Exames periciais realizados em Portugal comprovaram que os vestígios analisados eram compatíveis com o ADN do agente Adilson mas, poucos dias depois- em Junho de 2020 – a jovem pediu para que seja retirada a queixa de violação sexual em troca de 800 contos de indemnização. O Tribunal não aceitou o pedido de desistência argumentando que podia por em causa a realização da justiça. Adilson Correia Batista continua na cadeia à espera de julgamento que ainda não tem data marcada. fonte:ok
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