lamentável e muito triste a situação de muitas famílias aqui na Boa Vista
AGJSBV denúncia desespero das famílias devido falta de meios de sobrevivência
O presidente da Associação Grupo Jovens Solidários da Boa Vista (AGJSBV), Lamine Rash denúncia que inúmeras famílias estão a passar fome na Boa Vista, sobretudo no bairro de Boa Esperança.
Segundo o presidente da AGJSBBV, a paralisação do motor da economia local, trouxe graves consequências às famílias, principalmente as que trabalhavam nas unidades hoteleiras.
"Os que ainda recebem um salário, posso dizer que é meramente insuficiente, para pagar o aluguer e sustentar os filhos. Isto é muitos não têm conseguido colocar uma refeição na mesa", disse Lamine Rash.
O líder da AGJSBV afirma que "é lamentável e muito triste", a situação de muitas famílias aqui na Boa Vista. Situação, que segundo disse tende a piorar.
"O cenário é muito triste e sinceramente já não sei o que fazer", revelou.
Numa ronda pelo bairro de Boa Esperança, os nossos entrevistados asseguram que a vida se tornou difícil e levar panela ao lume, tem dependido da boa vontade alheia.
"Situação está difícil. Há 1 ano que estou sem trabalho e tem sido difícil dar de comer aos meus 5 filhos. Ontem fomos socorridos por uma vizinha", contou Dino, morador do bairro.
Maria é mãe de três filhos, com lágrimas nos olhos apela a atenção das autoridades, para minimizar o sofrimento dos mais vulneráveis.
"Sinceramente é lamentável não ter de comer para dar aos filhos. Sou mãe solteira e as vezes limito-me a não comer, para repartir o pouco que tenho aos meus 3 filhos", contou Maria.
Lamine Rash garante que vários "gritos de socorro" tem chegado à AGJSBV, mas a capacidade de resposta é limitada.
"É lamentável e muito triste a situação de muitas famílias aqui na Boa Vista. Muitas famílias estão a passar fome. Falo do bairro, onde conheço melhor a realidade, mas de certeza, em outros povoados vive-se na mesma situação", adiantou.
Para ajudar a reverter a situação, a AGJSBV tem oferecido refeições quentes diários, atingindo uma média de mil crianças por semanas e perto de 30 idosos.
Lamine Rash defende que é necessário a retoma de distribuição de cestas básicas, pelo poder local e central, para minorar o sofrimento das famílias.
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