O arguido foi condenado a pagar uma indemnização de um milhão de escudos, em 12 prestações mensais.
Boa Vista: Homem que matou e queimou a ex-namorada condenado a 23 anos e 10 meses de prisão
O Tribunal da Comarca da Boa Vista condenou a 23 anos e 10 meses de prisão, o homem que em Outubro de 2020, na localidade do Rabil, matou, queimou e jogou no lixo os restos mortais da ex-namorada, Gabriela Évora. Jorge Adalberto Teixeira foi condenado ainda a pagar aos familiares uma indemnização de um milhão de escudos.
A pena de quase 24 anos, resulta do cúmulo jurídico de duas condenações, homicídio agravado e integridade de cadáver ou cinzas.
O arguido foi condenado a pagar uma indemnização de um milhão de escudos, em 12 prestações mensais.
Os familiares descordam da sentença, opinando que o arguido merecia pena máxima. E garante que vão recorrer da sentença.
"É um crime doloroso. Cometido de forma bárbara. Estávamos à espera de pena máxima. A indemnização e condenação não traz a nossa irmã de volta, mas queríamos pena máxima, para que possamos sentir o efeito da justiça", disse Luís Évora.
O advogado de Jorge Adalberto, também descorda da sentença.
Para Valdir Alves, o arguido deveria ser condenado pelo homicídio negligente e não agravado.
"Com todo o respeito pela opinião contrária, não concordamos com o homicídio qualificado que foi imputado ao arguido e sendo assim vamos recorrer da dita sentença", afirmou.
Sublinha-se que na audiência de discussão e julgamento, o arguido confessou que a morte de Gaby não foi planeado, mas sim acidental.
Djodje revelou que apesar do fim do namoro, ainda os dois mantinham com frequência encontros amorosos.
E no dia 14 de Outubro estava previsto um encontro de despedida, já que Gaby ia regressar à sua terra natal, Santo Antão.
De acordo com o Ministério Público (MP), com base nas provas, ambos trocaram chamadas durante o regresso de Gaby à localidade de Rabil.
Conforme contou Djoje, no Rabil, Gaby desceu numa viatura à porta da sua residência.
Ao entrar no quarto, o arguido sublinhou que Gaby se encontrava embriagada e lhe atirou com a mão na cara.
Na sequência também desferiu um soco na cabeça da vítima, que caiu no chão.
Djodje disse que tentou reanimar a vítima, mas sem sucessos.
Gaby faleceu de imediato, afiançou o arguido, sublinhando que no "acto de desespero" colocou o corpo num bidão, juntamente com mais produtos inflamáveis para alimentar a combustão.
Com auxílio de um carrinho levou o bidão com corpo dentro, para a Ribeira do Rabil e ateou fogo.
Horas depois, recuperou os restos mortais e colocou num saco e jogou no contentor.
O arguido confessou que trabalhou por vários dias, para livrar-se da condenação dos crimes praticados.
O Tribunal considerou que Djoje agiu de forma livre e consciente, sabendo que as suas condutas iriam impossibilitar a localização e identificação do corpo.
O juiz recordou que o arguido sem sentimento de culpa e arrependimento e numa frieza extrema ajudou os familiares à procurar pela Gabriela, mesmo sabendo que a tinha matado e desfeito do corpo.
A mesma fonte relçou o facto do arguido ter sugerido algumas pessoas a dizer à Polícia Nacional que viu Gaby no bairro de Boa Esperança.
Ações que o Tribunal considerou um mero teatro e de todo reprovado.
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