ficará marcada pelo resto da vida.
Telma Brito desabafa na sua pagina de facebook...
Vou relatar aqui uma situação que me ocorreu ontem dia 14 de setembro de 2021 e que ficará marcada pelo resto da vida.
Ilha de Santiago- Cidade da Praia - Hospital Agostinho Neto
Ao dar entrada no hospital, com a uma criança de 5 anos cheia de dores, por volta das 02h00, fui atendida para fazer a triagem somente às 02h40, sendo que a sala de espera estava vazia e a enfermaria também.
Quando fui atendida pela enfermeira (nada simpática, com a cara emburrada e cheia de sono), não mediu a temperatura da criança e nem lhe atribui uma pulseira, alegando não ter mais. Ela pediu-nos para dirigir ao quintal e aguardar para sermos atendidas.
O quintal estava com mais 6 crianças no colo dos pais, todos exaustos pelo tempo de espera.
O atendimento só aconteceu por volta das 04h30, por um médico de poucas palavras (também de cara emburrada, aparentemente cansado), o qual não usava luvas e estava com uma pequena ferida no dedo. Ele pediu-nos para fazer um teste de urina a criança.
Chegando no outro setor para fazer o exame de urina, entreguei a uma senhora a requisição e ela prontamente entregou-me um frasco para a coleta da urina.
O coletor que é descartável, não estava dentro da embalagem de plástico, estava sujo com partículas de cor castanho e tamanha foi a minha indignação que o devolvi imediatamente, recebendo um segundo com forte cheiro de urina, ou seja, ambos foram “lavados” e reutilizados. Havia uma caixa cheia delas nas mesmas condições.
Acredito que isso seja um Crime gravíssimo, um atentado a saúde pública que põe em risco os resultados dos exames.
Ainda durante a espera do resultado do exame (que foi somente 30 minutos), entrou no salão um grupo de 13 “thugs”, que acompanhavam um dos membros para fazer uma radiografia. Chegaram aos berros e com ameaças que ao saírem dai iriam matar alguém do grupo rival.
Fiquei apreensiva com a situação, a questionar onde estavam os seguranças a essa hora? Onde estava a polícia a essa hora (dormindo será?), nem dentro do hospital estamos seguros.
Ao receber o resultado do exame, voltei a pediatria e sala de atendimento médico estava vazia. Perguntei pelo médico e a resposta que tive foi que ele estava na outra ala com as crianças internadas.
Ficamos à espera, todos os pais exaustos com crianças ao colo, das 5h30 às 7h30 para sermos atendidos, isto porque começamos a reclamar e foram chamar o médico.
É de conhecimento de todos que a criança tem direito a um acompanhante la dentro, mas normalmente ambos os pais estão presentes para dar assistência um ao outro ainda por cima de madrugada.
Veio 3 seguranças de uma empresa que presta serviço ao hospital (2 dos quais mal-educados, não souberam dirigir as pessoas), pedindo para um dos pais saírem do quintal e esperar na rua.
Imaginem a exaustão tanto da criança como dos pais e por reclamar da demora do atendimento, da falta de respeito para com as pessoas ali presentes, um dos seguranças chamou a polícia (que estava com os olhos vermelhos e a cara de alguém que estava a durmir), o qual foi questionado onde todos se encontravam quando teve a invasão dos “thugs” na sala de espera dos exames e choveu desculpas na hora.
Isso foi um relato de uma mãe que zela pela saúde e segurança dos filhos.
Aconteceu comigo, mas poderá acontecer com qualquer um de nós.
Peço a quem de direito que tomem medidas severas, porque a situação esta feia e tende a piorar.
Mais respeito e empatia ao próximo.
Ps: já apresentei uma queixa dirigida a instituição, porque só reclamar aqui no facebook não basta.
Não adianta identificar aqui as instuições e os nomes dos envolvidos.
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