Amadeu Oliveira, na foto ao sair do Tribunal
“TODOS OS PEDIDOS DE SOCORRO DEVEM SER LEVADOS EM CONTA”
Isso para evitar surpresas desagradáveis ou ter entre nós um caso João Rendeiro ( Banqueiro português que recentemente terá se suicidado numa cela de prisão na África do Sul).
Num post no Facebook esta terça-feira José Antonio dos Reis, psicologo e técnico de saúde mental, considera que medidas cautelares devem ser tomadas porque “quando alguém verbaliza a ideia de se suicidar com fez Amadeu Oliveira, isso deve ser levado a serio”.
Independentemente do processo judicial em si ou das suas implicações políticas, José Reis, enquanto psicologo e técnico da saúde mental, diz que a verbalização da palavra “suicídio” por um recluso, sob custódia do estado há mais de um ano, deve ser entendida como um pedido de socorro e que medidas preventivas devem ser adotadas imediatamente para neutralizar qualquer tentativa :
“Quando um sujeito verbaliza a hipótese de suicídio é porque já pensou, já lhe passou pela cabeça ou já o encarou como uma possibilidade. Tudo começa assim. Enquanto tiver força e vontade de viver, o sujeito consegue ir superando e vencendo a ideação suicida, mas pode chegar a um ponto em que, sobre a pressão da angústia e até da depressão, pode literalmente desistir de viver. Daí, pode passar de simples verbalização para a tentativa ou o ato. Tendo verbalizado na audiência, por 3 vezes essa expressão, quem de direito deve encarar isso com seriedade, tomando as medidas de segurança e de prevenção - que não as vou mencionar aqui - recomendáveis nessas situações. “
Ainda de acordo com o clínico, “a prisão vulnerabiliza uma pessoa, e um indivíduo em situação de vulnerabilidade é frágil e passível de cometimento de comportamentos imprevisíveis “.
INDISPOSIÇÃO MOMENTÂNEA
O segundo dia de julgamento de Amadeu Oliveira em Mindelo ficou marcado por uma indisposição momentânea ( tensão alta) do deputado e jurista que foi levado ao hospital Baptista de Sousa para observação mas que “já esta bem” de acordo com sua equipa de defesa, um grupo de cinco advogados que, manifestamente, estão também a ter dificuldades em fazer o réu cumprir a estratégia de defesa (no primeiro dia do julgamento quatro deles abandonam a sala de audiências em sinal de desconforto com a postura de Amadeu Oliveira, mas voltaram no dia seguinte).
Amadeu Oliveira, na foto ao sair do Tribunal na segunda-feira visivelmente perturbado pela forte presença policial, Amadeu Oliveira está a ser julgado por ter ajudado um imigrante condenado por homicídio que estaria em prisão domiciliária a sair de Cabo Verde, consubstanciando-se como crime de atentado contra o Estado de Direito e perturbação da ordem jurídica. Responde ainda a dois crimes de ofensa a pessoa coletiva. fonte:ok
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