O Artista Multidisciplinar Djam Neguin Estreia Seu Novo Espetáculo Noya Ou Anatomia Dos Sons Extintos
Para além do espetáculo o bailarino e coreografo irá ministrar um workshop, como base nos estilos afrohouse e afrobeat no dia 16 durante duas horas, onde vai desafiar os participantes a explorar alguns dos processos criativos que estiveram na base de criação do projeto NOYA.
O festival Musa se tornou uma importante referência cultural no verão, já vai na sua décima edição esta edição, que teve o seu início no dia 1 e terá o seu término no dia 30 de setembro, é dedicada a Cabo Verde , e apresentará um extenso programa de atividades adaptadas a todas as idades, com o objetivo de aproximar os visitantes da cultura cabo-verdiana, que se caracteriza por uma mistura de elementos europeus e africanos, partilhando padrões culturais muito semelhantes aos das zonas rurais de Portugal. O festival, pretende recolher e mostrar diferentes manifestações culturais e sociais da cultura cabo-verdiana fazendo assim promoção da mesma.
Para favorecer e imersão dos visitantes do festival na cultura cabo-verdiana os grandes pátios do museu foram tematizados para a ocasião, de maneira que os visitantes possam estar totalmente imersos na cultura de Cabo Verde que vibra ao ritmo da música tradicional e convida o visitante a ficar nesta terra durante algumas horas levando-lhes a morabeza. Tudo para a promoção da cultura cabo-verdiana. Informações mais detalhadas sobre o festival pode ser encontrada através do link: https://www.museosdetenerife.org/blog/festival-musa-cabo-verde/
O novo trabalho do renomado coreógrafo Djam Neguin é um espetáculo que nasceu da vontade do artista de investigar o corpo como maquinaria de possibilidades sonoras, fazendo a desconstrução de batidas e sonoridades espaciais, através da vocalização experimental de textos e movimentos auto-musicais que juntos possibilitam uma poética do movimento experimental.
NOYA é interpretado por dois intérpretes - KLIFF CANIFA e RAY PATRON- que exploram as possibilidades de expressão sonora do corpo humano, sons que normalmente não incorporamos ao nosso repertório linguístico apesar do seu grande poder de comunicação. Os bailarinos exploram um repertório de possibilidades de movimentos corporais inspirados no kuduro e afrobeat, fazendo assim um exercício de recreação e reação sonora onde o som é simultaneamente movimento. O movimento existe com, junto com, antes, durante e ao mesmo tempo que a possibilidade de construção sonora.
Esta nova criação, conta com o contributo literário sofisticado dos mais renomados nomes da literatura cabo-verdiana, que acrescentou mais essência poeta e literária tendo textos originais da elite dos escritores da nossa nação como o emblemático ex presidente da república de Cabo-Verde Jorge Carlos Fonseca, a par do músico e escritor Mário Lúcio, Vera Duarte (uma das grandes figuras femininas da literatura cabo-verdiana) e Caplan Neves, um dos maiores dramaturgos caboverdianos. No parto deste projeto também temos contributos de rappers de referência do arquipélago como o Batchart, Mito Maskas e PNC da dupla Rapaz 100 Juiz
Sinopse do espetáculo
XÉ! No princípio era o som. E no fim e no meio também. Estava muito alto como se quisessem para sangrar os vossos ouvidos! Tudo era um grande Noya. A palavra era o verbo, e o verbo era tão alto. Não demoraram muito a mexer-se, mas os seus rabos estavam muito duros. Eram os próprios deuses e faziam coisas divinas, como combinar alguns passos. Sabiam palavras difíceis, tipo cacofonia. E a ordem era: todos em posição! Se para vós está prestes a começar, para nós é apenas mais uma festa! "Os negros são a chave: abram os portões!"
ESTREIA EM CABO-VERDE
Após a sua estreia mundial NOYA dará o ar da sua graça no Festival Mindelact em Novembro deste ano, tendo também a previsão de uma digressão internacional para 2024.
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