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Esposa obediente. Segunda Parte, por Mario Loff

Deus anda a provocar-me. E as minhas poesias têm-me salvado, o meu coração tem sido o meu repositório de provação de Deus.

Segunda Parte

Esposa obediente

III

A alguma distância o carteiro ia a pé à cidade mais próxima e aos poucos se perdia no nevoeiro da tarde. Por toda a estrada a lama tomou lugar do basalto e as estradas perdiam-se por mais três meses nas camadas de terra trazidas pelas cheias, aos poucos novas gramas iam germinado na berma da estrada, cada vez mais tarde se fazia e aos poucos os trabalhadores regressavam. Naquela sexta-feira de manhã o marido chegou em casa muito chateado com ânsia de desespero, depois de mais uma ida ao “moron” 11 e não conseguir salvar nada. A casa ainda estava um pouco fria e a água corria nos buracos feitos nas pedras sobre pedras aguentadas pela argamassa seca já negras de limo que se revela em tempos de chuva e frio. Tossia de forma crescente. O pessoal dentro de casa que pela insistência da tosse parecia que incitavam o aparecimento da gripe, depois da chuva e a contínua humidade do dia. A esposa silenciosa, às vezes interrompia o silêncio com tosse e uns disparos no lencinho branco já quase a perder a cor devido a tanto uso, ela, como sempre, a preservar o seu eterno hábito de apoiar o marido nas suas decisões, levantou-se do seu assento e retirou uma carta que tinha chegado da cidade e entregou ao marido, no canto da casa, à esquerda.

A Aninha com cabelos em pé a ser esticada com pente pela irmã mais velha, Fatuca, que em espaço de instantes de tempo inspirava para dentro o ranho que lhe saía pelo nariz. Com os seus treze anos não dava tanta atenção àquela situação, mas o Caracunda mostrava a sua insatisfação rasgando-lhe olhares terríveis enquanto ela esticava o cabelo da irmã que está a brincar com o boneco de trapo feito pela esposa.

Caracunda esta cada vez mais impaciente e com a carta em mãos a tentar abrir, entre o incómodo entretenimento do silêncio da casa com aquele projeto de inspiração e preservação do ranho da menina, aumentava a cada vez mais a sua insatisfação de ter de suportar perda de tudo no campo e a obrigação de sustentar a casa, subiam-lhe algumas coisas na mente e um certo olhar cada vez mais feroz que apregoara na menina que aos treze anos pelo menos já devia ter deixado de praticar aquilo, Caracunda, leu a carta e deu um fôlego de acalmia e disse sem olhar para ninguém na sala:

— Nem um pano velho ela sabe usar para limpar esse incómodo no nariz? Resmungou o Caracunda num fôlego calmo e pousando as palavras e, desta vez sem ignorar a sala, olhando para a Fatuca que continua a cuidar do cabelo da sua irmã, a esposa de mansinho respondeu sem perceber bem o que o marido tinha dito.

— Caracunda, tudo o que decidir de melhor, bom para nós, apoiaremos. Ela afirmou tais palavras considerando que não era a terceira vez que a carta vinha da cidade e Caracunda negava constantemente responder à solicitação. De certa forma, Caracunda tinha essa força. Ter a família do seu lado para aceitar as suas decisões em qualquer momento e situação que fosse mesmo abandonando as lides do campo que era o ganha-pão e sustento da família.

— Então está certo, estou a pensar em largar o trabalho do campo e aceitar a oferta que me fizeram de trabalhar no serviço público, na Câmara Municipal da cidade, aqui está a confirmação na carta, já estou cansado de semear e as chuvas não caem em constante consistência durante os meses de azágua, e quando cai bem com brutalidade e do pouco que botamos na terra e que germina se perde com as intensas chuvas de outubro, quando caem, é em excesso e tudo se perde pela ladeira abaixo e fica só a canseira para mais um ano nos prepararmos para a mesmo coisa, se continuarmos nisso será somente a repetição de canseira, não é certo que todos os anos seja sempre a repetição de desgraça, poderá dar muita kumida nos próximos anos, só que estou cansado com esta situação, Deus anda a provocar-me. E as minhas poesias têm-me salvado, o meu coração tem sido o meu repositório de provação de Deus.

— Oh, homem não se quebra tanto nisso, ainda temos alguns bidões de milho, feijões e com muitas graças a Deus adentro que nos têm protegido a casa, o corpo e crescimento das meninas e as nossas filhas continuam a crescer e não podem ver o pai a pescar o desespero desta forma.

— Ámen, isso lá é verdade, esposa, Deus nos tem derramado graças e fartança. Mas, o que me está a irritar agora é a capacidade que esta menina tem de me pôr a paciência em brasa, diante do seu nariz, com esse ranho que ela insiste em meter para dentro como se fosse alguma coisa sagrada de Deus e proibido de deitar fora ou ser limpo por um pedaço de trapo velho. Caracunda respondeu a lamentar sobre a situação da filha que levantou a mão para limpar e a mãe fez-lhe sinal de que não, lhe entregando um pedaço de pano para limpar a bendita e ranhosa nariz. Depois pôs a cara no chão a sorrir de fininho sem o pai dar por aquela situação.

— Mas, marido, o que vamos fazer com todo aquele terreno? Se for embora, não teremos muitas coisas para nos apegar. A não ser na sua falta que o campo e os outros vizinhos vão sentir, vocês dois até se assemelham no cheiro devido a tanto tempo junto e já se usaram mutuamente, além disso, as pessoas sempre estarão ansiosas para as épocas de “djunta mó, kolola” você e o nosso lugar parecem irmãos, concluiu a esposa.

— Esposa, o terreno ainda é nosso e vou fazer o possível para passar para o nosso nome, que fique registado, pelo menos vai-nos permitir o pasto para os animais e você e as meninas vão continuar a produzir o mínimo para o consumo caseiro enquanto estou na cidade grande a trabalhar, se Deus assim permitir. Sobre a “kolola e djunta mó” não esqueça que agora sou funcionário público, posso pagar e nem necessitaremos de “djunta mó”.

— Olhando desta forma, penso que serve sim marido, ámen.

— Quando fores à cidade, vais ocupar a casa que pertencia ao seu avô nas imediações de monte graciosa?

— Mais é claro, mulher, aonde poderia ser? É claro que é lá que me vou aconchegar durante o período de trabalho. Nas férias regresso e faço o possível para enviar os presentes para as meninas e as novidades de cidade grande para esses vizinhos ciumentos crescerem os olhos e as ganas de ser como nós, nos finais de cada mês vou enviar dinheiro também, peixe, pães e bolos, coisas que por aqui é raro, vamos tornar pessoas importantes importando coisas de “chikisimentu”.

— Isso seria mesmo bom para ciúmes dos vizinhos, sim, marido.

Sorriu, as meninas e a própria esposa sentiram-se felizes por ouvir aquelas coisas saídas em palavras da boca do marido.

— Então faça as minhas malas que de madrugada vou agarrar na fé e na estrada em direção à cidade grande nas primeiras horas da madrugada.

— Porque não deixa amanhecer e esperar camaradinha do senhor Alves de Ponga, e em vez de ires a pé vais bem cedo na rodoviária e apanhas o lugar à frente, assim podes ir como gente importante e vamos-lhe acenar até o carro perder de vista, observar o carro a perder de vista com os nossos queridos que partem é forte prova de amor, quando fazemos isso ficamos a parecer àquelas famílias de cinema que tínhamos assistido na casa do senhor Firmino, quando acenamos na despedida de alguém, começam duas coisas, a saudade e os sonhos.

— Sim marido, mas, agora não vai precisar comprar bilhete para ver a televisão na casa das pessoas e ainda ficar a pedir às pessoas para virarem a cabeça porque estão a tapar a visão, não vamos ficar a tapar o nariz quando libertam aqueles gazes gastrointestinais ou desviar o nariz do rapaz que tem o interior das sapatilhas incomodativo e com cheiro incómodo tipo chulé no meio de calor e cheiro forte dos homens bêbados que analisam cada momento de jogo, ou telenovela, não vai precisar de juntar setenta escudos para pagar a nossa entrada só para assistirmos a bendita TV. Às vezes permaneço em silêncio, quase não vejo a telenovela que está a passar. Viu como o Demóstenes trata o delegado Borromeu? - Perguntou a esposa sobre a telenovela das nove que passava na TV nacional.

— Já vi que não percebeste bem. Ele diz delegado, mas depois reforça a posição do homem dizendo subdelegado Borromeu; esposa, gosto mais do Major Bendes com aquelas fardas desnutridas de cor e aquele peito em popa e ar de autoridade que tem mais voz do que a própria ação, ele diz — com major Bendes não se brinca. As meninas ficam a sorrir da forma como o pai delas interpreta a personagem do ator Lima Barreto em voz rouca e em tom alto.

— É verdade, é verdade marido, agora com o serviço público nós não vamos precisar de ir à casa do Senhor Basílio pagar para ver jogo, telejornal e a telenovela, daqui a pouco tempo vai enviar-nos a nossa própria TV e depois o motor para fazê-la funcionar, quem sabe até podemos cobrar às pessoas para assistirem à TV.

— Não tinha reparado que uma coisa traz a outra, bom de qualquer forma o serviço mexe connosco, mesmo sendo serviço público faz isso, nos obrigar a gastar antes mesmo de tê-lo garantido, nos obriga a sonhar com propósito de fazer o estado funcionar e com despropósito de fazer a nossa casa, barriga e as redondezas das nossas vidas parecer um lugar carente de coisas básicas. Mas vamos continuar a ser grandes seres humanos. Para quê fazer o que Senhor Basílio faz? O povo daqui é como nós, primeiro ouvíamos os anciões a contarem estórias dos pretos que fugiram para o interior da ilha, dos pretos que chegaram trazidos pelos homens brancos, dos mestiços como nós que evoluíram no interior dessa ilha, crescemos a ouvir essas histórias, crescemos a olhar um pelo outro com a convicção de que nós os pretos e mestiços precisamos estar mais unidos, essencialmente, pela nossa história e o legado que representa e nos faz saber quem somos nós. No entanto, chegou a TV e começou a magia de olharmos as outras coisas e outros mundos, aí ficamos a assistir e a ouvir outras histórias e outros vícios, então ficamos, em vez de ficarmos calados tornamo-nos nuns grandes homens, que se recriam nos outros homens. Homens mudos e cheios de vícios, continuamos escravos sem corrente e sem grilhões, tornamo-nos uns escravos chiques, neste caso pagamos para sê-lo, é outro grau de escravatura, se o Senhor Basílio achou necessário pagar para assistir TV, deveria ser inventado com alguns vícios bons dos nossos anciãos que educava sem pagar, a TV tem calado alguns ensinamentos dos nossos anciões e temos sido uns deslumbrados, que esquecemos de nos interrogar a nós mesmos sobre coisas que veem e coisas que perdemos sem saber. Daqui a pouco a TV estará tão vulgar que em cada parte da casa estará um tipo de televisão e um tipo de programa e assunto, nós mesmos estaremos a fazer a nossa televisão e seremos só isso. Sucatas que esquecem rapidamente a cara dos outros mesmo assistindo aos nós mesmos em tempo real com TV nos nossos corpos que vagueiam.

— É a circunstância de entregarmos ao estado das coisas marido, quando prega em nós, esquecemos de viver como antes, por exemplo, quem trabalha no estado, faz de nós uns seres humanos úteis das sete até as quatro da tarde. Depois de um café na esquina, pagamos a conta do final do mês, ao pagar a conta tem uma novidade que nos obriga a gastar, a consumir, depois de mais uma novidade vem uma nova moda e vem com tanta rapidez como se calçassem rodas, depois da nova moda aprendemos a esticar as mãos com facilidade de estar sempre a pagar as dívidas e alimentar a forma de sentirmos iguais aos outros, vêm as crianças que crescem, vem o tempo que muda, ao levantarmos de manhã para irmos ao trabalho, ao olharmos no espelho vemos outra pessoa no espelho que esqueceu de nos olhar na cara e passou todo o tempo nos observando, abrimos a janela e a cidade já não é o mesmo, o tempo captura o novo e nos entrega a velhice, tudo dentro dos nossos impostos, feito quando o nosso corpo está em bom estado. Com o tempo o estado se renova e entram outras pessoas novas no nosso lugar e, ao sermos descartados, ficamos em péssimo estado e mal conservados.

Marido olha para a esposa com alguma estranheza e grunhe a cara.

— Mulher, vamos dormir, já vi que essas coisas de novela já lhe entraram pela cabeça. Foram deitar e após apagarem o podogo1 e os grilos terem começado a cantar. No teto da casa podia-se ver com alguns buracos as estrelas a riscarem o céu e o marido a pensar de olhos arregalados, ele a assinar o livro de ponto no seu primeiro dia de trabalho. Virou de mão na cama e disse.

— Esposa, é bem capaz de ter alguma razão sobre o estado.

— Deita marido, deita que temos a camaradinha para apanhar bem cedo.

— Estou deitado, só me falta dormir esposa, ora essa, pensa, pensa.

— Dorme, marido, dorme, finalizou a mulher morta de sono.

Mario Loff

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Dexam Sabi Cabo Verde: Esposa obediente. Segunda Parte, por Mario Loff
Esposa obediente. Segunda Parte, por Mario Loff
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