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O desejo de conhecer o império na Holanda, por Mario Loff

Os rapazes, distraídos pela ousadia juvenil e pela ingenuidade que lhes permitia ignorar o perigo

O desejo de conhecer o império na Holanda

A notícia de que eu partiria para a cidade, com o intuito de estudar, desvendou um turbilhão de sentimentos, um misto de entusiasmo e angústia, que me fez olhar com um olhar mais atento e profundo para o vale de Rubon Karasku, o lugar onde minhas raízes se entrelaçavam com a terra seca e árida. Cada curva do vale parecia sussurrar memórias e despedidas, enquanto eu contemplava a figura solitária de minha mãe, sua silhueta esculpida pela dureza dos dias, carregando a palha seca com uma força que desafiava o cansaço e o tempo.

Havia uma culpa que me apertava o peito, uma sombra persistente que me fazia questionar o desejo de deixar para trás o bairro que me viu crescer, a mesma terra que sustentava minha mãe em sua luta diária. As manhãs já não traziam o frescor da colheita, e eu me pegava observando minha mãe, movendo-se pelos cantos da casa, como se tentasse, com gestos pequenos e silenciosos, aceitar o inevitável distanciamento do filho que em breve partiria. Mas ao olhar ao redor, tudo o que eu via refletia a minha própria história— as mobílias desgastadas, os rostos congelados em retratos antigos, testemunhas de uma linhagem que persistia apesar das dificuldades.

No centro da parede, uma foto destacava-se das demais, revelando o semblante de um homem que eu conhecia apenas pelas narrativas de minha mãe —meu pai, cuja ausência era preenchida por histórias e por uma presença invisível, mas constante. Uma semana antes, ele havia enviado, de longe, os francos que assegurariam minha matrícula na escola da cidade, como um último gesto de cuidado, garantindo que meu caminho estivesse livre de privações. E assim, enquanto o futuro se aproximava, eu me encontrava suspenso entre o dever de partir e a dor de deixar para trás tudo o que me era familiar.

Apesar de todos os planos que eu começava a sonhar, o meu tio tinha uma visão bem diferente para o meu futuro. Ele via em mim o herdeiro da tradição, o continuador das tarefas que nos ligavam à terra: lidar com os bois e vacas, desmamar e tirar leite, como ele sempre fez. Para ele, essa era a verdadeira medida da masculinidade na nossa comunidade—ser um homem da terra, moldado pelo trabalho árduo, onde a cidade era apenas um eco distante, um sonho inalcançável para os mais ousados. Estudar, para o meu tio, era um luxo reservado para aqueles pais que, por alguma razão, ambicionavam mais do que a simples sobrevivência. Mas em mim, esse luxo transformava-se em necessidade, uma faísca de esperança que crescia a cada relato de sucesso dos poucos que haviam saído para estudar e conseguido mudar suas vidas.

Ainda assim, enquanto olhava mais uma vez para o vale, era a minha mãe que dominava a paisagem. Lá estava ela, equilibrando um grande balaio na cabeça, caminhando com firmeza para levar comida aos homens que trabalhavam na monda. Homens pagos para essa tarefa, mas que, em sua dureza, ignoravam o sofrimento silencioso das mulheres que seus maridos haviam deixado para trás. Esses homens, como fantasmas, passavam de bairro em bairro, espalhando filhos e responsabilidades, para depois desaparecerem, deixando apenas saudade e promessas vazias. Em meio a essas reflexões, lembrei-me de uma conversa que tive com Zé Roque, um desses homens que parecia carregar a própria história no olhar cansado.

– As senhoras da terra gostam de homens que trabalham azágua, homens que ficaram para cuidar da ilha. Elas preferem ter filhos – disse-me ele, com uma franqueza que pregou dentro de mim.

– Mas são muitos filhos – retruquei, perplexo com a naturalidade com que ele falava sobre esse ciclo de abandono.

– É verdade – confirmou ele, sem hesitação. – Filhos são riquezas das senhoras das ilhas. Filhos dão dinheiro, homens dão abandono e velhice.

– E tu, o que deste para as mulheres?

– Abandono – respondeu ele, com um olhar vazio. – Até agora, à procura da kolola e a trabalhar nela, já tenho seis famílias acumuladas e mais de treze filhos.

Suas palavras, cruas e sem remorso, traziam uma frieza que me inquietava. E quando ele, sem aviso, mencionou a minha mãe, dizendo que gostaria de trabalhar na nossa casa, senti um calafrio percorrer a espinha.

– Dizem que vais embora, é verdade?

Aquelas palavras, vindas de um homem que tinha sido mandado de volta da Holanda depois de tantas diabruras, espetaram um medo profundo em mim. Eu sabia que o meu pai, emigrante há dezassete anos, havia feito o possível para que nunca nos faltasse nada, mas as histórias que ouvi sobre a Holanda tinham um peso terrível, ao mesmo tempo que carregavam uma aura de heroísmo. Os cabo-verdianos, sempre me pareceu, não sarem um povo de impérios, mas, paradoxalmente, haviam construído um império na Europa. Agora, à beira de deixar o nosso vale, a nossa casa e a nossa história, carregava comigo todas essas incertezas e reflexões, sentindo o peso da escolha que se aproximava—uma escolha que poderia definir quem eu realmente seria.

Chegou o final do mês, e como era tradição, a minha mãe preparou-se para lavar todas as roupas recém-chegadas da Holanda, um ritual que ela cumpria com um zelo quase sagrado. Separava as camisas brancas, as calças pretas, as cuecas, braçadeiras e bonés em cuidadosas pilhas, cada peça de roupa recebendo a devida atenção, como se fossem relíquias de um tempo distante. No quintal, as crianças do bairro, com os olhos brilhando de curiosidade, reuniam-se para assistir ao espetáculo das roupas a secar ao vento. Era uma visão rara, essa de roupas novas em casa, e meu pai, mesmo estando tão longe, nunca deixava que nos faltasse o que fosse necessário, enviando o suficiente para manter um certo conforto, insistindo para que eu vivesse como pudesse.

Mas, apesar disso, minha mente vagava longe da alegria que essas roupas poderiam trazer. O que mais me angustiava era a ideia de deixar a minha mãe sozinha, a enfrentar o trabalho duro no vale e a presença inquietante dos homens que haviam chegado para trabalhar na Kolola. Com minha partida iminente, ela ficaria sem a minha ajuda, sozinha para enfrentar as labutas diárias, enquanto os rapazes do bairro, que poderiam ser um apoio, estavam aos poucos partindo—uns para outras ilhas, outros até para fora do país, em busca de um futuro que aqui lhes parecia negado.

Entre as sombras matinais do bairro, Zé Roque, com seu jeito sinistro, era uma presença constante. Ele circulava sem pressa, os olhos atentos a tudo e a todos, como se estivesse à espreita de algo ou alguém. Certo dia, enquanto eu tentava lidar com as minhas preocupações, ele aproximou-se de mim, a sua voz rouca e ameaçadora perfurando o silêncio da manhã:

– Puto, então, vais embora ou não vais embora?

Aquelas palavras, simples na superfície, ecoaram na minha mente com o peso de uma decisão que eu ainda não estava pronto para tomar. Elas não só penetraram os meus ouvidos, mas também cravaram-se fundo no meu coração, já consumido pelo medo e pela incerteza. Fiquei ali, imóvel, preso entre o desejo de proteger a minha mãe e o terror que a presença de Zé Roque despertava em mim. A imagem das atrocidades que ele havia cometido na Holanda—os atos que o levaram a ser deportado de volta para a ilha—afloraram na minha mente, enchendo-me de um pavor silencioso e insuportável.

– Homem que é mandado, homem que é mandado – murmurava os rapazes que gozaram com ele, mas aquelas palavras eram como se fossem ainda uma sentença contra ele, aquelas palavras quando ele ouvi, lhe muda os tons do sentimento humano ele fica carregado de desprezo por qualquer um que ousasse desafiá-lo.

Essas palavras, repetidas como um mantra, se repetia pelo bairro e pareciam selar um destino que eu não queria, mas que me puxava, como a correnteza de um rio impiedoso, em direção a uma escolha que carregava em si o peso de gerações.

Os rapazes, distraídos pela ousadia juvenil e pela ingenuidade que lhes permitia ignorar o perigo, começaram a gozar de Zé Roque, alheios ao risco que corriam. Zé Roque, com o olhar sombrio e ameaçador, terminou o charuto que havia trazido em várias caixas quando fora abandonado na ilha do Sal. O ambiente, antes leve, tornou-se denso e carregado. Os olhos de Zé Roque, cada vez mais estreitos, fixaram-se em cada um dos rapazes, e o ar à nossa volta pareceu gelar.

De repente, uma grande pedra voou pelo ar, acertando a parede da nossa casa com um estrondo que fez todos estremecerem. A pedra rasgou uma das minhas camisas penduradas a secar, e, num instante, a excitação dos rapazes transformou-se em um silêncio de puro terror. Zé Roque, com o olhar sanguinário, aproximou-se lentamente da camisa rasgada, os seus passos ressoando no chão como o prenúncio de algo terrível.

– Ainda vos mato, juro que vos mato – rosnou ele, enquanto se inclinava para apanhar a camisa.

A camisa, agora exibindo um rasgão em forma de coração, foi segurada com firmeza nas suas mãos grandes e calejadas. Ele ergueu a cabeça e, com um olhar que perfurava a alma, fixou os olhos nos meus. Aquele olhar frio e ameaçador carregava uma promessa silenciosa, mas mortal.

– Se fores embora, é isso que vou oferecer à tua mãe, um coração... ou talvez vou retirá-lo – murmurou, cada palavra soando como um aviso, uma sentença que pendia sobre mim como uma espada.

Eu nunca fui o melhor aluno na escola primária, mas sabia que agora era o momento de usar tudo o que havia aprendido para proteger o bairro do perigo que Zé Roque representava. Reuni os melhores rapazes do bairro, aqueles em quem confiava, e juntos decidimos escrever uma carta ao meu pai, na Holanda. Passámos dias a fio, descrevendo detalhadamente as características de Zé Roque: um homem grande, mulato, com um nariz largo e olhos finos, curtos, mas incrivelmente profundos. O negro dos seus olhos destacava-se de forma ameaçadora, especialmente quando nos fitava com aquele olhar aterrorizante. A sua testa ostentava um nervo saliente, que palpitava a cada palavra que proferia, e os músculos do seu pescoço, sempre tensos, provocavam uma impressão desconcertante. Embora tivesse uma ligeira deficiência ao andar, os músculos das suas pernas, firmes e robustos, apertavam as calças, sugerindo que não era um homem fácil de enfrentar.

A nossa carta, ficou repleta de detalhes, era uma tentativa desesperada de alertar o meu pai para o perigo iminente. Mas enquanto aguardávamos uma resposta, uma nuvem de medo pairava sobre o bairro, abríamos os olhos nos parecia o Zé Roque, fechávamos ele estava la no escuro da nossa visão como se o olhar de Zé Roque estivesse sempre presente, vigiando cada movimento, cada respiração.

Numa sexta-feira, com o coração apertado e a esperança renovada, finalmente enviámos a carta. Sabíamos que a espera seria longa, mas acreditávamos que o nosso apelo de socorro chegaria ao meu pai antes que fosse tarde demais.

Chegou, por fim, o dia da minha partida para a Praia, onde iria continuar os estudos no ciclo preparatório. A madrugada ainda envolta em silêncio e névoa, foi quebrada pelo som da camaradinha, cujas luzes dissiparam as sombras, anunciando o início de uma nova jornada. Nos dias que antecederam a partida, a ansiedade e os preparativos consumiram-nos tanto que começámos a esquecer da carta que enviámos e até mesmo de Zé Roque, que misteriosamente desaparecera.

Enquanto me despedia, junto à minha mãe e alguns rapazes que madrugaram para me acompanhar, notámos uma figura emergir das sombras do beco. Era Zé Roque, aproximando-se com uma expressão de fúria no rosto, que fez com que todos prendêssemos a respiração. O medo voltou a apertar-nos o peito, mas, num instante que mais pareceu um delírio, Zé Roque tropeçou e caiu pelo vale abaixo. O momento foi tão inesperado, tão irreal, que ninguém se moveu para verificar se ele estava bem. Em vez disso, a pressa em carregar o carro tomou conta de nós.

A minha mãe, com a firmeza que só as mães possuem em momentos assim, tentou segurar as lágrimas. Aproximou-se de mim, afagou os meus olhos, como se quisesse eternizar o nosso último olhar, e, com uma voz suave, mas carregada de determinação, sussurrou:

– Volta, nha fidju.

Enquanto a viatura se afastava, as luzes do bairro começaram a apagar-se uma a uma, até que tudo o que restava era a escuridão do vale. E, naquela distância crescente, o vale parecia brilhar com um estranho fulgor, como se tivesse engolido a fúria de Zé Roque, deixando apenas um brilho frio, como um dente de prata na boca daquele que nos atormentou.

E assim, partia eu, levando comigo o peso de tantas incertezas, mas também a esperança que a jornada traria respostas. A imagem de Zé Roque desaparecendo no vale assombrava os meus pensamentos, mas, ao mesmo tempo, o brilho distante e frio era um lembrete de que a vida seguia em frente, mesmo diante das adversidades.

Ao chegar à vila, pouco antes de partir para a cidade, entregaram-me uma carta que tinha chegado da Holanda, endereçada a mim. Com um misto de curiosidade e receio, rasguei o envelope e comecei a ler. A carta, sucinta mas carregada de significado, continha apenas três linhas, mas o seu conteúdo pesou-me no coração:

– Querido filho, creio que neste momento já te terão livrado do dito cujo. Espero que estudes. Nunca emigres para trabalhar na terra de branco, senão terás de vir vender ouro ou tecido fino no império.

Aquelas palavras, distantes e enigmáticas, traziam consigo um aviso claro e um desejo profundo. O "dito cujo", mencionado com um tom de alívio, era uma referência à situação que deixava para trás, enquanto o "império" permanecia uma incógnita que aguçava a minha curiosidade. O desejo do meu pai, de que eu nunca emigrasse para trabalhar na terra de branco, criava em mim uma curiosidade e ideia doce no meu coração, misturando-se com as minhas próprias ambições e inseguranças.

Enquanto me preparava para a nova etapa de estudos e vida que me aguardava na cidade, sentia que o destino imediato me chamava para uma jornada de descoberta e aprendizado. Mas o aviso do meu pai, a visão de um "império" misterioso e distante, fazia-me questionar as estradas que ainda percorreria. Por ora, era a cidade que se estendia diante de mim, uma tela em branco para o futuro, esperando para ser preenchida com as minhas esperanças e desafios.

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