$hide=post

Novidades$show=404$type=carousel=hide$count=6

$hide=404$show=mobile$show=post

O Fardo de Mirian Badia e as Filhas da Ilha do Fogo - Por Mário Loff

Mirian Badia sempre carregara o peso do seu sobrenome na Ilha do Fogo.

 

O Fardo de Mirian Badia e as Filhas da Ilha do Fogo.

Por: Mário Loff

Mirian Badia sempre carregara o peso do seu sobrenome na Ilha do Fogo. Ao longo de três décadas, o nome “Badia” reverberava pelas ilhas – especialmente no Fogo – suscitando um misto de desdém e fascínio, como se encerrasse em si algo mais profundo do que uma simples linhagem: uma sombra de maldição ancestral. Ela mesma nunca soubera ao certo se o desprezo alheio se devia ao peso do seu nome ou às histórias que o acompanhavam. Quando regressou, há seis meses, vinda de São Martinho, poucos acolheram o seu retorno com genuína curiosidade ou simpatia. As vozes que assonavam nas ruas sussurravam que a sua presença não passava de uma transição passageira: casar, cumprir o rito e partir, finalmente, para Boston – a cidade mítica de promessas, onde muitos confiavam, na distância, as suas esperanças.

A sua chegada gerou um pânico na dona Nhanha das três meninas, resguardada em casa, não se atreveu a sair, repleta de más memórias que a ligação a Mirian lhe trazia. Recordava que, quando a mulher foi presa, fugira de volta para a ilha, saindo de Boston. No caminho, na camaradinha, compusera uma canção para as filhas, que passou a ensoar todas as noites, repleta de temor e terror.

Mas Mirian Badia, não era mulher de partir sem deixar vestígios. Antes de abandonar as ruas poeirentas e as robustas casas de pedra vulcânica, decidiu revisitar o bairro, como quem se prepara para marcar, de forma deliberada, o último capítulo de uma história. Não seria um adeus nostálgico; seria um ato de afirmação e de controle sobre o seu destino. Acompanhada pelos rapazes do gangue da Rua Sete, percorreu os becos estreitos com uma calma penetrante, o olhar afiado a esquadrinhar cada esquina. Sabia que, em cada passo que dava, havia olhares sobre ela, atentos, mas silenciosos. E, após três voltas meticulosas, um simples aceno de cabeça, quase impercetível, selou o seu julgamento.

Do décimo andar, o chefe do bairro ergueu um copo em sua honra, como se reconhecesse, naquele gesto discreto, a sua despedida. A festa irrompeu nas ruas, mas Mirian já se encontrava ausente em espírito. Tinha conseguido o que viera buscar – não celebrações, mas a aprovação silenciosa que lhe permitiria deixar a ilha do Fogo sem amarras. Três dias depois, com o seu salvo-conduto assegurado, regressou à ínsula, não para despedidas emocionadas, mas para a árida tarefa de empacotar os seus pertences, como quem se desfaz de uma pele antiga raspando as suas significâncias e insignificâncias. A ilha, que durante tanto tempo a vira como uma incógnita, transformar-se-ia agora numa mera recordação. O nome "Badia", outrora tão carregado de mistério, começaria a desvanecer-se, ajustando-se à vastidão de Boston, onde o peso das origens se diluiria no anonimato de uma nova vida.

— Finalmente vou para Boston, Boston — repetia ela.

As moças da casa de trás, que desde a chegada e o pronunciamento do nome de Mirian Badia, passaram a ser ainda mais vigiadas pela mãe, ouviram a senhora com atenção. Ao escutarem sobre o local da futura residência, alegraram-se grandemente ao ouvirem a palavra "Boston". Desde os tempos idos, quando o amado de Mariazita foi ameaçado pela mãe e fugiu, ela jamais se envolveu com outro rapaz. Manteve sempre a palavra "Boston" no pensamento e a esperança de um dia ir ao encontro do seu amado.

— Boston? — perguntaram, novamente, a excitação quase palpável em suas vozes.

— Boston. O nosso sonho é ir para Boston. E há alguém aqui a ir para lá? Que sorte a nossa, poder enviar mantimentos e recados para o marido da Nhanha, que partiu há trinta anos e nunca mais voltou!

— Mana, dirija-se à nossa mãe com respeito e diga assim: "O marido da nossa mãe, que foi para Boston há mais de trinta anos e nos deixou todas em casa, sem dólar e sem terra da América para aguentar as paredes ou matar a saudade, deixou-nos com 2, 5 e 7 anos. Eu, Mariazita, tu, Mariazinha, e ela, Maritinha."

— Mas, mana, não sei porquê, mas até gosto do meu pai, mesmo sem o conhecer. Amo-o de verdade.

— É a vontade de ir para a América.

— Não, não é. O que vocês estão a dizer é ingratidão, meninas! Como podem lembrar-se daquele desgraçado que nos abandonou? Que se foi e nunca mais voltou, deixando-me a criar três filhas sozinha?

— Mas, mãe...

— O que é que me vão dizer? O quê? Perguntou a Nhanha, mas não ouve resposta. 

Fez-se um silêncio pesado entre as meninas, enquanto as palavras da mãe pairavam no ar como uma névoa densa. As meninas levantaram-se e sentaram-se à frente da casa, observando Mirian Badia a arrumar as suas coisas para a viagem de madrugada, uma viagem que se tornava cada vez mais necessária para a sua vida. Trocaram olhares significativos, como se estivessem a decifrar as mesmas perguntas não ditas.

— Olha para a senhora Mirian Badia, — disse Mariazinha, ainda com a mente repleta de ideias. — O que ela está a fazer?

— Ela parece uma mulher decidida, — respondeu Mariazita, os olhos fixos na mulher que arrumava as suas tralhas. — É uma aventura, e o que eu daria para ter essa coragem aos 20 anos!

— Parecem as moças que se aventuram para longe da casa dos pais.

— Pelo menos, elas encontraram uma casa.

— Ou um caminho, — respondeu Maritinha, o tom de esperança misturado com uma dose de amargura.

— Quem me dera ter coragem, — disse Mariazita, com um brilho de determinação nos olhos. — É como se cada uma delas estivesse a lapidar o próprio destino, enquanto nós... nós estamos presas a este passado que não nos pertence. O que nos resta, além de esperar?

Mirian Badia, percebendo o murmúrio das irmãs, lançou um olhar furtivo. O encanto que elas sentiam por ela era palpável, como um cordão invisível que as unia.

— Mana, olha, vê a senhora a observar-te! — exclamou Mariazinha, um misto de excitação e insegurança na voz.

— Ela deve estar a admirar o que pode ser, não o que somos agora, — refletiu Mariazita, a mais velha, com um ar de desafio. — Eu também quero ser mais do que isso, mais do que apenas a filha da mulher que ficou. Quero ser a filha que escolheu, que decidiu não se deixar definir pelo que os outros esperam.

— Então, vamos, vamos ser mais, — Mariazita encorajou, o fogo na sua voz crescendo. — Vamos além, vamos escrever a nossa própria história. Não vamos ser definidas por uma mulher abandonada e por um homem que foi e nunca mais voltou!

— Vamos, então, arriscar! — gritou Mariazinha, um fervor inusitado a animar as palavras. — Se não formos nós a criar os nossos ensejos, quem será? O que vamos fazer, continuar a esperar?

— O mundo lá fora pode nos receber, meninas, mas nós temos que estar prontas para entrar, — disse Maritinha, decidida. — Não podemos apenas sonhar. Precisamos de agir, de nos rebelar contra a apatia que nos amarra a esta ilha e esta casa lúgubre. 

— Olhem para aquelas moças! — apontou Mariazita. — Elas têm coragem, elas se expõem! O que temos a perder além do medo?

— Quem me dera poder encontrar coragem como elas! — disse Mariazita, um brilho nos olhos. — Elas estão a criar os próprios caminhos, e nós também podemos! Vamos fazer algo diferente, vamos fazer a nossa vida!

Mirian Badia observava as irmãs, intrigada pela intensidade do diálogo. O que antes parecia um simples arranjo de bagagens agora se transformava numa troca fervorosa de ideias e emoções, um lamento e um grito de esperança ao mesmo tempo.

— Então, o que vai ser, meninas? — perguntou Maritinha, encarando as irmãs com um olhar que mesclava responsabilidade e sonho. — Vamos aceitar o destino que nos foi imposto ou vamos brigar por aquilo que merecemos? 

Ela permaneceu pensativa, mas a ideia de procurar um caminho aos trinta anos já era uma forte impossibilidade que rondava a sua cabeça. Continuava a ouvir as meninas a observar as moças e a comentar. Então, observou as duas à esquerda, que pareciam mais velhas e muito à vontade, mas também conscientes de que na ilha já nada havia para elas.

O mês de julho estava a poucos dias de chegar, e as chuvas de junho tinham vindo sem tanto vigor, mas o suficiente para as moças começarem a pensar em "djunta mo" (juntar-se a alguém) ou satisfazer o gosto da mãe em agradar aos rapazes bêbados da cidade durante o mês de cimenteira e mondas. À noite, deitadas, ainda ouviam as senhoras, sob as ordens de Mirian Badia, a arrumarem as caixas, e mais caixas, bidões de milho, feijão, roupas e outras coisas na camarinha do senhor Bujon.

— Meninas, neste mês de julho ainda estão dispostas a entregar-se aos rapazes do botequim da dona Kalhandra?

— Eu não tenho que achar nada, só tenho que ajudar a mãe. Em casa não temos homens, e os que eram para casar foram todos para a terra do tio Sam — respondeu Maritinha, cheia de sono, falando sem completar todas as palavras.

— E tu, Mariazita?

— Eu? Tu e a mamã sabem bem a minha posição. Só farei isso com quem eu gosto. Da última vez, vocês ameaçaram-no de morte, e ele foi para Boston e nunca mais voltou. Por isso, já sabem, prefiro trabalhar meses a fio do que me entregar aos moqueiros do botequim.

— Mas temos que ajudar a nossa mãe!

— Sabes bem, mana. Eu preferia sair desta casa e ir embora com aquelas moças e nunca mais pôr os pés nesta ilha e neste fim de mundo.

Essa era a ideia que já estava presente na cabeça de Maritinha, que, mesmo sendo a mais velha, desde aquela tarde sentiu a idade a pesar-lhe na consciência. Apesar de ainda ser bem-formosa, as rugas já eram visíveis no seu rosto, e, por causa de tanto falatório, ela achava que nunca iria encontrar um homem que a levasse a sério, muito menos para casar.

— E se fugíssemos com as moças da casa de Mirian Badia?

As duas levantaram-se ao mesmo tempo.

— Mana?

— Estás a dar-nos um caminho?

— Falem baixo, se a mamã ouvir, já sabem o que ela é capaz.

— Sim, sabemos. Vai trancar-nos cá em casa durante anos, com correntes, e ninguém nos verá na rua, nem perguntará por nós.

— Estão a ver? Há mais de vinte anos que ninguém vem cá a casa. Nenhum familiar nos visita. Desde que acabámos o secundário, ficámos aqui. Quando não é trabalho de azágua, é leitura.

— Sempre o mesmo livro...

— A Casa das Budas Ditosas.

Repetiram o título da obra e sorriram, mais pelo conteúdo do livro do que pela situação que se desenhava.

— Se queremos fazer isto, tem que ser agora, mana — afirmou Mariazita.

— Então, arrumem-se — disse Maritinha.

— Arrumem-se, arrumem-se, por favor!

Com toda a pressa e cuidado para não acordarem a mãe, pegaram as roupas, o guarda-chuva, o chapéu que usavam nas sementeiras e mondas, três calcinhas, um lápis preto — pouca coisa. Quando perceberam que, com toda a idade que já tinham, ainda não tinham conquistado nada até então, a certeza de que a vida lhes aguardava algo grande lá fora iluminou-lhes o pensamento. Abriram a porta da sala, devagarinho. Saiu primeiro a Mariazita, depois a Maritinha, e ficaram à espera da Mariazinha..., mas nada. Já estavam na rua à espera, mas nada. Até que a mãe lhes mostrou pela janela o rosto da irmã, presa a uma corrente e a sangrar.

— Então, querem fugir? — perguntou a mãe.

Os olhos das duas pareciam transportadas para um passado antigo, em que as águas dançavam pelo corpo da terra e os limos sorriam com a boca da esperança. Elas choravam, mas parecia que sorriam para a liberdade, enquanto o antigo corpo da terra se consumia e o espírito se agarrava às novas realidades e tendências. Os olhos da irmã, na janela, brilhavam com lágrimas, mas ela sorria para elas, como se tivesse mãos e bocas a cantar uma melodia de despedida doce. Esforçou-se e, levantando as mãos, disse:

— Corram, fujam, juntem-se à Mirian Badia em Boston! Não chorem por mim, não fiquem à minha espera. Vão-se embora e não voltem.

O último som vindo da camaradinha deu o sinal de partida, e as irmãs limparam o rosto, silenciaram-se e começaram a correr em direção ao carro que, aos poucos, as afastava das mãos estendidas. Mirian Badia, vendo-as, começou a fazer perguntas:

— Sabem para onde vamos?

— Não.

— Então, porque querem vir connosco?

— Só queremos sair deste lugar e afastar-nos da nossa mãe.

— Mas não se deve abandonar o lugar onde se nasce! E querem abandonar a vossa mãe? Que ingratidão dos filhos de hoje!

— Senhora, por favor, deixe-nos ir convosco, por favor.

— O que estão dispostas a fazer por mim para que possam vir comigo?

A irmã mais velha respondeu, desesperada:

— Tudo, senhora, tudo. Eu já tenho idade suficiente para fazer tudo.

— E a tua irmã mais nova, como se chama?

— O nome dela é Mariazita.

A menina calou-se, mas observou Mirian Badia a olhá-la, examinando-lhe o corpo novamente. Então, Mirian fez uma nova pergunta, desta vez dirigida à Mariazita:

— E tu, menina? O que vais fazer para que eu te tire daqui?

— Eu posso contar-te a mais fantástica história de uma mulher que viveu a vida como quis e deixou um diário para as pessoas se inspirarem e viverem como desejarem.

Mirian Badia sentiu-se atraída pelas palavras da moça, como se ela fosse uma consultora de vidas e tivesse conseguido penetrar na sua cabeça. Pelos olhares das outras moças, podia-se ver que Mirian já gostava dela.

— Pará a camaradinha.

O carro parou, e Mirian estendeu a mão para agarrar Mariazita. Mas, muito atrás, estava a sua irmã, que caiu de cansaço depois de tanto correr.

— Vamos, mana, entra, mana!

— A tua mana não vai, ela não vai. Mas tu vais — afirmou Mirian Badia.

— Eu não vou sem a minha mana, não vou!

Mirian Badia deu ordens às outras moças para prenderem Mariazita e mandou que o carro partisse. Mariazita começou a gritar, pedindo ajuda à mãe, à irmã, a qualquer um que pudesse ouvi-la. Mas ninguém vinha. A alguma distância, a música de infância que sua mãe lhe cantava flutuava no ar, sobre uma rabidante que roubava meninas, uma Badia sem nome. Agora, esse nome estava diante dela.

De repente, o carro parou. As portas se abriram bruscamente, e em meio ao caos, Mariazita foi agredida com socos e pontapés. Mas ela era forte. Não era qualquer um que conseguia derrubá-la. Apenas dez mulheres e três homens do grupo conseguiram segurá-la, e mesmo assim, ela resistia, os olhos frios, fixos ao longe. O cabelo longo e negro de Mirian, tão escuro quanto a neblina que se desfazia no caminho, balançava enquanto ela olhava para o horizonte. Lá, estava a sua casa, a sua irmã mais velha, e um vazio que preenchia a mente de quem queria fugir, mas não conseguia sequer pensar num plano consistente.

Dentro de Mariazita, algo quebrou. Alguém dentro dela chamava pela mãe, pelo pai, pela irmã. Um grito desesperado que não alcançava mais ninguém. Era como se o mundo tivesse desaparecido, engolido pela escuridão. A única coisa que restava era aquela música, uma melodia que se arrastava como um veneno pela sua mente. A canção que a mãe lhe cantava sobre as moças roubadas por uma Badia. E agora, essa Badia tinha nome. E estava ali, à sua frente, Mirian, a devoradora de ânimos, a personificação de tudo o que sua mãe atemorizava.

Os olhos de Mariazita encontraram os de Mirian. Não havia piedade, não havia remorso. Apenas uma calma cruel. A menina gritou uma última vez, mas a música, essa música terrível, abafava tudo. Estava presa, e a única coisa que restava era o destino que aquela mulher indiferente e implacável lhe reservava.

O carro voltou a acelerar, e enquanto o mundo lá fora se distorcia, Mariazita percebeu que, por mais que tentasse, não conseguiria escapar. Nem das mãos que a seguravam, nem da música, nem do destino que se desenhava à sua frente.


PUB

Populares$show=404

Nome

2MUCH,12,6 crianças na Tarrafal,9,Abraão Vicente,37,Adê,4,Aderito Depina,5,Africa,1,album,89,Alex Evora,27,Alicia Pereira,7,Alsis Dende,20,amadeu oliveira,33,Amílcar Cabral,8,amis g,6,Amoransa,16,anedotas,20,Angela,6,Anilton Levy,105,Anny,5,Apollo G,73,apolo sc,8,Arielson,6,Aristide Gaspar,5,Arte,7,artistasCV,18,Ashley,8,August Silva,27,Aventuras di Bubacar,8,Badoxa,14,Basket,25,Batchart,12,batuku,125,Beleza,59,Betinho,28,beto alves,8,Beto Dias,56,Beto Duarte,12,BigZ Patronato,85,Biografia,210,Black G,25,Blacka,27,BossAC,4,Boy Game,31,Breve,15,Bruce Semedo,12,Bruno Rodriguez,6,Buguin Martins,26,c.james,24,cabelo,27,Cadillac Ali,8,Calema,10,Carlos Andrade,11,carros,3,Carter MC,12,casa do lider,64,caso Davidson,6,caso patricia,4,Cesar Sanches,12,Cesaria Evora,14,Cesf,68,ceuzany,16,Charbel,23,Chrislainy Lopes,28,chuva,14,cileiza barros,20,cleiton,3,comedia,288,contos,98,covid-19,332,CRASDT,8,Cremilda Medina,16,Cultiva,15,curiosidade,699,CV,1,CVMA,49,CvTep,28,dança,40,Danilson Pires,9,David Brazao,9,Deejay R_One,12,deibby,7,delta ramantxadas,12,Denis Graças,11,Dentu Moda,17,Desaparecimento,104,Desporto,399,Detroit Kabuverdiano,8,dev,1,Devil K,13,DG One,15,diabona,17,Dibaz MOB,15,Dicas,92,Dicla,43,Dino D'Santiago,23,Divas Paris,6,Dj Kelven,9,Djam Neguin,41,Djedje,9,Djeison Lumi,21,djodje,149,Djy Indiferente,75,DNOS,9,documentário,2,Du Marthaz,25,Duelo de Artista,1,Dynamo,58,Economia,4,Eddu,24,Edwin,5,Elias Kailan,5,Elida Almeida,72,Elji Beatskilla,42,Elly Paris,35,Eloisa,5,Eminem,5,emprego,3,Entrevista,167,Erros nos manuais,7,EtelLopes,28,evelise carvalho,4,Evento,464,Expavi,11,FattúDjakité,13,Ferro Gaita,15,Fidjos Di Belo Freire,14,fidju di nhu Santu Amaru,5,fil g kamporta,40,FlowPezoD,7,Fofoca,371,França,124,Fred G-HarT,8,Fredked SamBriu,11,freirianas guerreiras,15,Fugi Regra,15,Funana,557,Futebol,106,Ga daLomba,23,Gabriela Évora,5,Gamboa,1,garry,93,Gaucho do Bem,52,Ghetto Stars,5,Gil Semedo,32,gilson furtado,17,giovani rodrigues,42,Grace evora,16,Gracelino Barbosa,21,Gylito,5,Heavy H,5,Helio Batalha,84,Hilário Silva,17,Hip Hop,1480,info,2,internacional,222,intimo,14,Isah,14,IUcv,5,IvanAlmeida,2,Ja Diva,23,Jacky,11,Jailson,25,JamesTC,5,Jassy Correia,10,Jay,61,JCF,20,jennifer dias,19,Jéssica Pellegrini,7,Jimmy,7,Jm Caps,5,JoaoBranco,3,Joaquim,1,Jorge Neto,30,Josslyn,63,Judepina,5,JuntosMusica,52,kady,9,Kaka D'Lidia,10,Keyla,26,Kiddye Bonz,24,kizomba,449,KMA,7,Komikus Tarrafal,25,Kruvela Jr,10,lavinia,16,Lavvy,22,lejemea,59,Lenira Querido,7,Leny,3,Léo Pereira,57,letras,32,Leydy,10,Lippe Monteiro,20,Lisandro,20,Lista10,6,Loony Johnson,49,Loose Jr,8,Loreta kba,68,lost,9,Lura,20,Maicam Monteiro,38,Mannó,4,maria silva,3,Mario Loff,128,Mario Lucio,23,Marito,11,Mauro Barros,4,Mayra Andrade,20,Mc Acondize,19,mc distranka,13,Mc Katxupa,19,mc panki,28,mc prego,136,Mc Tranka Fulha,139,mc tupa tupa,8,Mellanie Tavares,5,Menina Allycia,4,Mentis Kriolu,4,Meteo,1,Miguel Andrade,31,Mika Mendes,20,Miny blaa,16,Miss,40,mister cabo verde,5,Mister MC,5,Mito Kaskas,37,MituMonteiro,4,moda,141,MonteTxota,31,Morena Santana,15,Mota Jr,33,Mr. Carly,5,Mudjeris di Bom Sperança,17,Mural Valete,18,musica,4954,Myriiam,12,N.I.Abensuod,4,Nair Semedo,4,Nandorex,7,Naytchy MG,10,ne jah,48,Nelson Freitas,50,Nelson Junior,3,Neuza,31,Neyna,60,Nikess,5,Nissah Barbosa,14,Nittó Destiny,12,Nitto Love,7,Nuno do Guettoh,11,opinião,2494,OsmarBrito,1,Papa Rocha,4,PCC,15,pentiados,6,Platão Borges,20,pnd,3,Poema,244,policia,64,Politica,428,Populares da Semana,2,Princezito,39,Projota,18,Promo,78,Puto G,10,Quemé,11,racismo,8,Radio,1,Rahiz,50,Rapaz 100 Juiz,46,Ravidson,4,Ray G Corvo,10,Receitas,12,Ricky Boy,31,RimAsom,9,rip bela,4,Ritchaz,9,Romeu Di Lurdis,45,Rony Cirilo,8,Ruben Lobo,2,Ruben Teixeira,29,ruddy boy,9,Rui,35,Ruth Furtado,4,salamita,10,Samora,3,Sandrine,4,sandro monteiro,14,Santa de volta,11,Sara Andrade,9,Sara Tavares,10,saude,61,SCV,18,sebah,102,Selson Batalha,6,Sem Pressa,36,Sem Truques,7,ShadeB,21,SiBi,19,sociedade,3305,solidariedade,134,Som di Terra,3,sondagem,2,soraia ramos,84,soraya,4,Sos Mucci,52,StevenR,5,Su Boss,9,Surf,9,Sussu MT,7,Suzanna Lubrano,25,TACV,53,Tarrafal,258,Taylor Moikano,5,Teatro,15,Tec,11,Tecnologia,17,Thairo Kosta,28,The Profit,40,Tikai,46,Tinho Star,10,tininho cruz,9,TitoParis,2,Tixa,22,To Semedo,22,Tony di Frank,19,Tony Fika,65,Tony Mamaidoka,13,toru,29,Totoloto,6,Trakinuz,32,turismo,6,Ultimas gotas,9,Vado Más Ki Ás,39,VanessaFurtado,8,vania,5,VannyReis,1,VBG,28,video,8478,Viral VDM,79,Wade Silvino,6,Will.G,5,WillG Loko,13,Willy Semedo,62,Wilson e Zidane,1,Wise Henrick,43,xaioi,4,Yara dos Santos,21,Young Problema,11,Za Preta,7,Ze Badiu,17,Zé Carlos,5,ze espanhol,89,Ze pikenu,10,Zé Spritu Guerrero,2,Zubikilla,3,
ltr
item
Dexam Sabi Cabo Verde: O Fardo de Mirian Badia e as Filhas da Ilha do Fogo - Por Mário Loff
O Fardo de Mirian Badia e as Filhas da Ilha do Fogo - Por Mário Loff
Mirian Badia sempre carregara o peso do seu sobrenome na Ilha do Fogo.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheGWeL6pJ1kgMidLx86ntrGwnmECtbQXdrmWl4PycK01mm-9pX3gNMKZ4-3pkfRt8uN0gJR72tu4stjjeMfPhZsrOH0NaQYaDOODpqHPSyqh2YUujmBRqxBYaqPvxllrEpE3IlFZWPHZju/w400-h226/mario+loff+by+levvy.webp
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheGWeL6pJ1kgMidLx86ntrGwnmECtbQXdrmWl4PycK01mm-9pX3gNMKZ4-3pkfRt8uN0gJR72tu4stjjeMfPhZsrOH0NaQYaDOODpqHPSyqh2YUujmBRqxBYaqPvxllrEpE3IlFZWPHZju/s72-w400-c-h226/mario+loff+by+levvy.webp
Dexam Sabi Cabo Verde
https://www.dexamsabi.com/2024/10/o-fardo-de-mirian-badia-e-as-filhas-da.html
https://www.dexamsabi.com/
https://www.dexamsabi.com/
https://www.dexamsabi.com/2024/10/o-fardo-de-mirian-badia-e-as-filhas-da.html
true
777634241572887542
UTF-8
Loaded All Posts Not found any posts VEJA TODOS Ler Mais Reply Cancel reply Delete By Home PAGES POSTS View All RECOMMENDED FOR YOU LAB ARCHIVE SEARCH ALL POSTS Not found any post match with your request Back Home Sunday Monday Tuesday Wednesday Thursday Friday Saturday Sun Mon Tue Wed Thu Fri Sat January February March April May June July August September October November December Jan Feb Mar Apr May Jun Jul Aug Sep Oct Nov Dec just now 1 minute ago $$1$$ minutes ago 1 hour ago $$1$$ hours ago Yesterday $$1$$ days ago $$1$$ weeks ago more than 5 weeks ago Followers Follow THIS PREMIUM CONTENT IS LOCKED STEP 1: Share to a social network STEP 2: Click the link on your social network Copy All Code Select All Code All codes were copied to your clipboard Can not copy the codes / texts, please press [CTRL]+[C] (or CMD+C with Mac) to copy Table of Content