Novidades$show=404$type=carousel=hide$count=6

$hide=404$show=mobile$show=post

A extensão venenosa do país, invisível - por Mário Loff

A juventude, que deveria ser a faísca que acende o futuro, é hoje o alvo mais fácil dessas estratégias de políticos de kobersu fasil y manhentus.

 

Conta-se que um velho pastor, ao subir o monte com o seu rebanho, encontrou uma cobra ferida, enroscada entre as pedras, com o corpo sangrando e os olhos turvos de dor. Movido pela compaixão, recolheu-a no seu manto, ignorando os sussurros do instinto que lhe gritavam perigo. Cuidou das feridas do réptil, alimentou-o e devolveu-lhe a vida. Quando a cobra recuperou suas forças, ergueu a cabeça, fitou-o com olhos que pareciam chamas negras, e sibilou um "obrigado" antes de deslizar, silenciosa, para o mato.

Meses se passaram. Uma tarde, ao subir novamente o monte com o seu rebanho, o pastor avistou um cenário que lhe gelou o sangue: o mesmo réptil, agora maior, mais forte e com as escamas brilhando sob o sol, enroscava-se mortalmente nas ovelhas. Uma a uma, sufocava-as até que restassem imóveis. A visão do massacre paralisou-o, mas, quando conseguiu articular as palavras, gritou: "Por que fazes isto? Eu te salvei! Eu devolvi a tua vida!"

A cobra interrompeu a carnificina, ergueu-se diante dele, com a língua bifurcada dançando no ar, e respondeu num tom frio e cavernoso: "Sim, salvaste-me, mas ao fazê-lo esqueceste que a gratidão não altera a essência. Sou o que sou. É a minha natureza destruir."

Assim também somos nós, humanos: criamos aquilo que nos destrói, sob a ilusão de que podemos domesticar o perigo. Nietzsche advertiu que "aquele que luta contra monstros deve cuidar para não se tornar um." Mas em nossa sede por poder, distraídos pela tecnologia e pela vaidade, tornamo-nos cúmplices da serpente que agora devora nossos valores.

Há, hoje, um veneno que serpenteia entre nós, invisível, mas devastador. Este veneno não é um vestígio das sombras da infância, nem uma glória de histórias ascendentes que se perderam no tempo. Não, ele é uma criação contemporânea, um fruto de mãos humanas que, seduzidas pelo poder e pela vaidade, forjaram a arma mais insidiosa de todas: a desinformação mascarada de liberdade. Este veneno não rasteja como as serpentes antiquadas; ele voa, atravessa mares e terras, viaja em frequências invisíveis e pousa no seio das nossas comunidades, enredando-nos em promessas vazias. 

Chamam-lhe liberdade, mas esta palavra outrora nobre transformou-se num disfarce, uma máscara que oculta um abismo onde a verdade é distorcida e os princípios morrem sufocados sob a poeira da ambição e da ganância.

Cabo Verde, esta terra de poalhas candentes, que sempre soube transformar contrariedades em resiliência, agora encontra-se saqueada, não por forças externas como os moços ingles e Frances Dracke e Jaques Cassard, mas pelas aparições que ela mesma gerou. Homens e mulheres que, à semelhança de serpentes, alimentam-se das energias de sua gente, não para lhes devolver vigor, mas para corroer as bases do que ainda resta de autenticidade e união. São palavras que devoram, mentiras que seduzem, discursos que, sob o brilho do grandioso, escondem a escuridão da manipulação.

"O homem é aquilo que ele repete constantemente," disse Aristóteles, e os novos profetas desta era repetem o engano até que ele se transforme em uma nova forma de realidade. Quem os escuta, já não distingue entre o que é verdadeiro e o que é fabricado, entre a sinceridade e a perfídia. Como Montaigne mesuradamente doutrinou, "a palavra é metade de quem fala, metade de quem ouve." Mas o que acontece quando a metade que ouve está amortecida, desprovida de capacidade crítica? Quando os ouvidos já não discernem entre a música da verdade e o ruído da ilusão?

Sob o manto de discursos grandiosos, enterram-nos vivos, não em sepulturas físicas, mas em pântanos de ilusões. Prometem-nos mundos melhores, mas entregam-nos miragens que desaparecem à medida que nos aproximamos. Transformam sonhos em mercadorias, ideias em slogans, enquanto manipulam íntimos e mentes, afastando-nos da realidade. "A verdade é filha do tempo, não da autoridade," lembrou-nos Francis Bacon, mas em tempos como este, o tempo parece ter se perdido, enredado nos labirintos do mundo virtual.

É nesse espaço volátil e sem forma que as palavras perdem o seu peso e os valores, a sua raiz. O que antes era um solo firme onde os povos podiam erguer-se, agora é um pântano traiçoeiro que consome qualquer tentativa de construção sólida. Os que manipulam este terreno sabem exatamente o que fazem. Eles não apenas falam; eles moldam narrativas, criam cenários, transformam mentiras em verdades temporárias e verdades em mentiras definitivas.

A juventude, seduzida pelo brilho falso das redes, desperta tarde demais. Quebrados, despedaçados, muitos encontram apenas o vazio onde antes sonhavam encontrar propósito. Chamam a isso de depressão, mas será mesmo só isso? Ou será o grito sufocado de almas que, ao buscarem sentido em um mundo sem raízes, caíram na armadilha de um vazio mascarado de conexão? Franz Kafka advertiu: "Aquilo que é invisível nos derrota mais facilmente." E o que poderia ser mais invisível — e mais poderoso — do que a teia de influências que as redes lançam sobre mentes jovens e ainda maleáveis?

Esses espaços virtuais, que prometem liberdade, são, na verdade, prisões sem grades, mas repletas de algoritmos que nos conduzem a um ciclo incessante de comparação, ambição e frustração. A conexão, que deveria unir, transforma-se numa ponte para o isolamento, onde cada "gosto" é uma moeda de validação e cada comentário, uma facada silenciosa na autoestima. Os jovens, cercados por promessas de sucesso imediato e felicidade instantânea, encontram-se presos numa corrida sem fim, competindo com fantasmas de perfeição que não existem fora das telas.

Olhemos para outros povos que mergulharam nesse abismo. A história é um espelho que, embora muitas vezes empoeirado pelo esquecimento, reflete advertências claras. Há nações que sucumbiram à ilusão de discursos vazios, ruindo em cinzas enquanto seus líderes manipulavam a verdade. George Santayana já nos avisava: "Aqueles que não lembram o passado estão condenados a repeti-lo." Ainda assim, ignoramos as lições, tropeçamos nos mesmos erros, atraídos pelo canto sedutor da serpente que promete redenção, mas entrega ruína.

Enquanto isso, do outro lado do mar, exilados voluntários gritam da distância. Longe da terra que um dia juraram amar, eles usam as redes como catapultas para espalhar ódio e mentiras. Fotografias manipuladas, discursos cuidadosamente polidos e promessas impossíveis formam o arsenal de quem, sob o disfarce de defensor da liberdade, planta sementes de desordens. São eles que alimentam as chamas de um fogo que consome a essência do nosso povo.

Cícero, em sua sabedoria, já prevenia: "Mais temível do que o inimigo que nos ataca é o falso amigo que nos abraça." E esses supostos aliados, que se autodenominam líderes ou influenciadores, são os falsos amigos da nossa era. Enquanto prometem libertação, desejam apenas subjugar. Não querem um povo livre; querem um rebanho dócil, governado sobre as cinzas do que outrora foi uma nação orgulhosa, não que alguma vez tivemos a chance de viver com orgulho pleno a nação, talvez quando chegou a democracia. 

A juventude, que deveria ser a faísca que acende o futuro, é hoje o alvo mais fácil dessas estratégias de políticos de kobersu fasil y manhentus. Jovens que cresceram ouvindo que podem ser tudo, mas que nunca aprenderam a lutar contra o peso de suas próprias expectativas. "A liberdade é apenas uma oportunidade de ser melhor," disse Albert Camus, mas que oportunidade há quando a liberdade é convertida em um mercado de ilusões?

Esses exilados não buscam construir; eles destroem, a partir da distância confortável de suas telas, o que resta da coesão e da esperança do nosso povo. E enquanto o caos cresce, o silêncio da apatia e da indiferença torna-se cúmplice, como caso dos nossos alguns intelectuais por exemplo que são cúmplices dos escândalos da presidência da republica, e estão sempre lá no salão Beijing destribando boquinhas e a aparecerem na televisão nacional em circunstâncias, outros vagantes e alguns necessários para preencher o momento de certezas semeadas a longo expiração, certo está o Narde Sousa que no jornal a Nação afirmou que estamos assim, neste lamaçal politico devido a falta de ética politica dos partidos e dos políticos. Talvez Kafka tenha razão: não é o que é visível que nos devora, mas aquilo que age silenciosamente, corroendo as bases enquanto acreditamos estar seguros.

É preciso despertar antes que seja tarde. Olhar para além do brilho falso, ouvir para além do ruído das redes, e reerguer o que foi perdido. Não com discursos vazios, mas com ações concretas, com coragem, e com a determinação de preservar o que é essencial: a verdade, a liberdade genuína e a humanidade de um povo que não pode ser reduzido a dados e algoritmos.

E nós? Apáticos, silenciados, assistimos a tudo como se o veneno fosse vinho e a mentira, moeda do dia. Tornamo-nos espectadores de nossa própria ruína, resignados a um papel de vítimas enquanto os carrascos moldam o futuro à sua imagem. "O maior castigo para quem não se interessa por política é ser governado por quem se interessa," dizia Aristóteles, mas a nossa apatia vai além do desinteresse: é o abdicar de lutar, é o aceitar a escuridão como inevitável. (Depois não venham dizer que foi dado aos montes, os ferros, verguinhas, camião de arreias, britas, cimentos, e diabos que os parta, patifes esses compradores de consciências)

Enquanto nos afundamos nesse pântano de indiferença, os falsos arautos da liberdade erguem seus tronos sobre a nossa cegueira. "Na batalha entre o bem e o mal, o silêncio é sempre cúmplice da escuridão," alertam os sábios, mas a escuridão cresce, voraz, devorando não apenas a verdade, mas o que resta da nossa esperança.

Este texto não é apenas um alerta; é um presságio. Que seja o trovão que antecede uma tempestade implacável, um chamado desesperado antes que a noite se feche para sempre sobre nós. Estamos à beira de um abismo, olhando para um futuro onde a verdade já não é mais do que uma lembrança esquecida e a liberdade, uma palavra destituída de significado.

Se não reagirmos, se não nos levantarmos agora, o que nos aguarda não é apenas o silêncio. É o vazio. Um vazio onde as serpentes prosperam, onde o povo, despedaçado pela desinformação, não será mais do que uma repercussão sem vida, uma sombra do que um dia fomos.

As cerrações não aguardam; elas avançam. Como um incêndio que consome tudo no seu caminho, o veneno já se infiltra em nossas raízes, corrompendo o que nos sustentava. Quando acordarmos, será tarde demais — e o que encontraremos será um deserto de cinzas, onde as vozes daqueles que deveriam ter lutado se perderam no vento.

Que este trovão não seja apenas um som; que seja um abalo que destrua as ilusões, que abra os olhos daqueles que ainda têm tempo para ver. Mas, se nada fizermos, que fique registrado: nós escolhemos o silêncio. E no silêncio, a serpente reina, enquanto o sol se apaga, deixando-nos eternamente presos na noite mais escura da nossa história democrática e politica. 


COMMENTS

Pub

Populares$show=404

Formulário de Contacto

Nome

Email *

Mensagem *

Nome

2MUCH,12,6 crianças na Tarrafal,9,Abraão Vicente,37,Adê,4,Aderito Depina,5,Africa,1,album,88,Alex Evora,27,Alicia Pereira,7,Alsis Dende,20,amadeu oliveira,33,Amílcar Cabral,8,Amoransa,16,anedotas,20,Angela,6,Anilton Levy,104,Anny,5,Apollo G,73,apolo sc,8,Arielson,6,Aristide Gaspar,5,Arte,7,artistasCV,18,Ashley,8,August Silva,26,Aventuras di Bubacar,8,Badoxa,14,Basket,25,Batchart,12,batuku,120,Beleza,59,Betinho,28,beto alves,8,Beto Dias,56,Beto Duarte,12,BigZ Patronato,85,Biografia,209,Black G,25,Blacka,27,BossAC,4,Boy Game,29,Breve,15,Bruce Semedo,12,Bruno Rodriguez,6,Buguin Martins,26,c.james,24,cabelo,27,Cadillac Ali,8,Calema,10,Carlos Andrade,10,carros,3,Carter MC,10,casa do lider,64,caso Davidson,6,Cesar Sanches,12,Cesaria Evora,14,Cesf,67,ceuzany,16,Charbel,23,Chrislainy Lopes,28,chuva,14,cileiza barros,15,cleiton,3,comedia,287,contos,98,covid-19,332,CRASDT,8,Cremilda Medina,16,Cultiva,15,curiosidade,683,CV,1,CVMA,49,CvTep,28,dança,40,Danilson Pires,9,David Brazao,9,Deejay R_One,12,deibby,7,delta ramantxadas,12,Denis Graças,11,Dentu Moda,17,Desaparecimento,104,Desporto,398,Detroit Kabuverdiano,8,dev,1,Devil K,13,DG One,15,diabona,17,Dibaz MOB,15,Dicas,92,Dicla,43,Dino D'Santiago,23,Divas Paris,6,Dj Kelven,9,Djam Neguin,40,Djedje,9,Djeison Lumi,21,djodje,149,Djy Indiferente,75,DNOS,9,documentário,2,Du Marthaz,25,Duelo de Artista,1,Dynamo,56,Economia,4,Eddu,24,Edwin,5,Elias Kailan,5,Elida Almeida,72,Elji Beatskilla,41,Elly Paris,35,Eloisa,5,Eminem,5,emprego,3,Entrevista,167,Erros nos manuais,7,EtelLopes,28,evelise carvalho,4,Evento,461,Expavi,11,FattúDjakité,13,Ferro Gaita,15,Fidjos Di Belo Freire,14,fidju di nhu Santu Amaru,5,fil g kamporta,40,FlowPezoD,7,Fofoca,364,França,124,Fred G-HarT,8,Fredked SamBriu,11,freirianas guerreiras,15,Fugi Regra,15,Funana,553,Futebol,106,Ga daLomba,23,Gabriela Évora,5,Gamboa,1,garry,83,Gaucho do Bem,52,Ghetto Stars,5,Gil Semedo,32,gilson furtado,14,giovani rodrigues,42,Grace evora,15,Gracelino Barbosa,21,Gylito,5,Heavy H,5,Helio Batalha,76,Hilário Silva,17,Hip Hop,1479,info,3,internacional,220,intimo,14,Isah,14,IUcv,5,IvanAlmeida,2,Ja Diva,23,Jacky,9,Jailson,25,JamesTC,5,Jassy Correia,10,Jay,60,JCF,20,jennifer dias,19,Jéssica Pellegrini,7,Jimmy,7,Jm Caps,5,JoaoBranco,3,Joaquim,1,Jorge Neto,30,Josslyn,62,Judepina,5,JuntosMusica,52,kady,9,Kaka D'Lidia,10,Keyla,26,Kiddye Bonz,24,kizomba,449,KMA,7,Komikus Tarrafal,25,Kruvela Jr,10,lavinia,16,Lavvy,22,lejemea,59,Lenira Querido,7,Leny,3,Léo Pereira,57,letras,32,Leydy,10,Lippe Monteiro,20,Lisandro,20,Lista10,6,Loony Johnson,48,Loose Jr,7,Loreta kba,68,Lura,20,Maicam Monteiro,38,Mannó,4,maria silva,3,Mario Loff,120,Mario Lucio,22,Marito,11,Mauro Barros,4,Mayra Andrade,20,Mc Acondize,19,mc distranka,12,Mc Katxupa,19,mc panki,28,mc prego,133,Mc Tranka Fulha,137,Mellanie Tavares,5,Menina Allycia,4,Mentis Kriolu,4,Meteo,1,Miguel Andrade,32,Mika Mendes,20,Miny blaa,16,Miss,40,mister cabo verde,5,Mister MC,5,Mito Kaskas,37,MituMonteiro,4,moda,141,MonteTxota,31,Morena Santana,14,Mota Jr,33,Mr. Carly,5,Mudjeris di Bom Sperança,17,Mural Valete,18,musica,4906,Myriiam,12,N.I.Abensuod,4,Nair Semedo,4,Nandorex,7,Naytchy MG,10,ne jah,47,Nelson Freitas,50,Nelson Junior,3,Neuza,31,Neyna,58,Nikess,5,Nissah Barbosa,14,Nittó Destiny,12,Nitto Love,7,Nuno do Guettoh,10,opinião,2474,OsmarBrito,1,Papa Rocha,4,PCC,15,pentiados,6,Platão Borges,18,pnd,3,Poema,244,policia,63,Politica,425,Populares da Semana,2,Princezito,39,Projota,18,Promo,78,Puto G,10,Quemé,11,racismo,8,Radio,1,Rahiz,50,Rapaz 100 Juiz,46,Ravidson,4,Ray G Corvo,10,Receitas,12,Ricky Boy,31,RimAsom,9,rip bela,4,Ritchaz,9,Romeu Di Lurdis,45,Rony Cirilo,8,Ruben Lobo,2,Ruben Teixeira,28,ruddy boy,9,Rui,35,Ruth Furtado,4,salamita,10,Samora,3,Sandrine,4,sandro monteiro,14,Santa de volta,11,Sara Andrade,9,Sara Tavares,10,saude,61,SCV,18,sebah,84,Selson Batalha,6,Sem Pressa,36,Sem Truques,7,ShadeB,21,SiBi,19,sociedade,3236,solidariedade,134,Som di Terra,3,sondagem,2,soraia ramos,84,Sos Mucci,51,StevenR,5,Su Boss,9,Surf,9,Sussu MT,7,Suzanna Lubrano,24,TACV,53,Tarrafal,256,Taylor Moikano,5,Teatro,15,Tec,11,Tecnologia,17,Thairo Kosta,28,The Profit,40,Tikai,46,Tinho Star,10,TitoParis,2,Tixa,22,To Semedo,22,Tony di Frank,19,Tony Fika,65,Tony Mamaidoka,13,toru,29,Totoloto,6,Trakinuz,32,turismo,6,Ultimas gotas,9,Vado Más Ki Ás,39,VanessaFurtado,8,vania,5,VannyReis,1,VBG,29,video,8404,Viral VDM,79,Wade Silvino,6,Will.G,5,WillG Loko,13,Willy Semedo,62,Wilson e Zidane,1,Wise Henrick,43,xaioi,4,Yara dos Santos,21,Young Problema,11,Za Preta,7,Ze Badiu,17,Zé Carlos,5,ze espanhol,86,Ze pikenu,10,Zé Spritu Guerrero,2,Zubikilla,3,
ltr
item
Dexam Sabi Cabo Verde: A extensão venenosa do país, invisível - por Mário Loff
A extensão venenosa do país, invisível - por Mário Loff
A juventude, que deveria ser a faísca que acende o futuro, é hoje o alvo mais fácil dessas estratégias de políticos de kobersu fasil y manhentus.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheGWeL6pJ1kgMidLx86ntrGwnmECtbQXdrmWl4PycK01mm-9pX3gNMKZ4-3pkfRt8uN0gJR72tu4stjjeMfPhZsrOH0NaQYaDOODpqHPSyqh2YUujmBRqxBYaqPvxllrEpE3IlFZWPHZju/w400-h226/mario+loff+by+levvy.webp
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheGWeL6pJ1kgMidLx86ntrGwnmECtbQXdrmWl4PycK01mm-9pX3gNMKZ4-3pkfRt8uN0gJR72tu4stjjeMfPhZsrOH0NaQYaDOODpqHPSyqh2YUujmBRqxBYaqPvxllrEpE3IlFZWPHZju/s72-w400-c-h226/mario+loff+by+levvy.webp
Dexam Sabi Cabo Verde
https://www.dexamsabi.com/2024/12/a-extensao-venenosa-do-pais-invisivel.html
https://www.dexamsabi.com/
https://www.dexamsabi.com/
https://www.dexamsabi.com/2024/12/a-extensao-venenosa-do-pais-invisivel.html
true
777634241572887542
UTF-8
Loaded All Posts Not found any posts VEJA TODOS Ler Mais Reply Cancel reply Delete By Home PAGES POSTS View All RECOMMENDED FOR YOU LAB ARCHIVE SEARCH ALL POSTS Not found any post match with your request Back Home Sunday Monday Tuesday Wednesday Thursday Friday Saturday Sun Mon Tue Wed Thu Fri Sat January February March April May June July August September October November December Jan Feb Mar Apr May Jun Jul Aug Sep Oct Nov Dec just now 1 minute ago $$1$$ minutes ago 1 hour ago $$1$$ hours ago Yesterday $$1$$ days ago $$1$$ weeks ago more than 5 weeks ago Followers Follow THIS PREMIUM CONTENT IS LOCKED STEP 1: Share to a social network STEP 2: Click the link on your social network Copy All Code Select All Code All codes were copied to your clipboard Can not copy the codes / texts, please press [CTRL]+[C] (or CMD+C with Mac) to copy Table of Content