Tarrafal: Professor Detido pela PJ Suspeito de Burla, Auxílio à Emigração Ilegal e Falsificação

O professor já havia sido condenado anteriormente por crimes de falsificação de documentos e aguardava um recurso no Tribunal da Relação de Sotavento.

 Professor Detido pela PJ Suspeito de Burla, Auxílio à Emigração Ilegal e Falsificação

A Polícia Judiciária (PJ) de Cabo Verde deteve em flagrante delito, nesta quarta-feira, 26 de fevereiro, um homem de 49 anos, professor de profissão, suspeito da prática de crimes de burla, auxílio à emigração ilegal e falsificação de documentos. A operação foi conduzida pela Secção Central de Investigação de Corrupção e Criminalidade Econômica e Financeira (SCICCEF), em cumprimento de um Mandado de Busca promovido pelo Ministério Público e autorizado pelo 1.º Juízo Criminal do Tribunal da Comarca do Tarrafal.

De acordo com a PJ, a investigação teve início na cidade da Praia e culminou no município do Tarrafal de Santiago, onde o suspeito foi identificado como o autor de um esquema fraudulento voltado para a obtenção ilícita de vistos de longa duração para Portugal.

Durante a operação, foram apreendidos diversos documentos e recibos relacionados à importação de carimbos e selos de instituições públicas e privadas, um computador portátil da marca HP, uma viatura, entre outros objetos considerados essenciais para a investigação. Entre os itens confiscados, destacam-se oito rubricadores, sendo seis carimbos e dois selos brancos pertencentes a diversas instituições, incluindo a Câmara Municipal do Tarrafal, o Ministério da Justiça, a Direção Geral dos Registos e Notariado, o Ministério da Educação, agências bancárias como a Caixa Económica de Cabo Verde e o Banco Comercial do Atlântico (BCA), entre outras entidades.

O professor já havia sido condenado anteriormente por crimes de falsificação de documentos e aguardava um recurso no Tribunal da Relação de Sotavento. Apresentado às autoridades judiciárias nesta quarta-feira, 28 de fevereiro, para o primeiro interrogatório judicial, o Tribunal da Comarca do Tarrafal determinou a aplicação da medida de coação de prisão preventiva, devendo o arguido aguardar sob esta condição os desdobramentos do processo.

As investigações continuam em curso para apurar a dimensão do esquema e possíveis envolvidos na rede de falsificação e burla.