Romeu di Lurdes: uma perda irreparável para a cultura cabo-verdiana

Romeu di Lurdes, nome artístico de Carlos Manuel Tavares Lopes,

Romeu di Lurdes: uma perda irreparável para a cultura cabo-verdiana

O artista cabo-verdiano Romeu di Lurdes faleceu hoje, em Lisboa, onde se encontrava para realizar um espetáculo. Segundo as informações divulgadas até o momento, ele sentiu-se mal e foi levado ao hospital, onde infelizmente não resistiu.

Circularem sobre um possível ataque, não há confirmações oficiais sobre a causa exata do seu falecimento. É fundamental aguardar esclarecimentos das autoridades e da família para obter informações precisas sobre este triste episódio.

Romeu di Lurdes, nome artístico de Carlos Manuel Tavares Lopes, nasceu na cidade da Praia, Santiago, e construiu uma carreira marcada pela diversidade de talentos: cantor, compositor, instrumentista, poeta e ativista social. Conhecido por músicas como “Txitxaro Fresku”, “Ranja ku mi”, “Barku di Alentu” e “Fera na Sukupira”, Romeu lançou recentemente o álbum “Korason Abertu”, consolidando-se como uma das vozes mais representativas da música cabo-verdiana contemporânea.

Além da música, Romeu também se envolveu em política e iniciativas sociais, sempre com o objetivo de valorizar a cultura crioula e apoiar a juventude. Sua morte deixa um vazio profundo no cenário cultural do país, representando uma perda irreparável para a comunidade artística e para todos que se inspiraram em sua obra e em sua dedicação à cultura cabo-verdiana.

Aguardam-se, nos próximos dias, mais informações oficiais sobre as circunstâncias do falecimento do artista. Até lá, resta à família, aos amigos e aos fãs o luto e a memória de um talento que marcou gerações.

Romeu di Lurdes: A Voz da Alma Crioula

Romeu di Lurdes, nome artístico de Carlos Manuel Tavares Lopes, nasceu a 3 de setembro de 1989 na cidade da Praia, na ilha de Santiago, Cabo Verde. Desde jovem, Romeu demonstrou uma profunda conexão com a música e a cultura cabo-verdiana. Aos 18 anos, adquiriu sua primeira guitarra e, com o apoio de Dy de Paula, iniciou o processo de aprendizagem musical. Em 2008, gravou suas primeiras canções em um estúdio caseiro, e em 2009 participou de um casting para o canal Tiver, recebendo ampla aclamação do público. Em 2012, participou do concurso musical "Talento Strela", o que lhe conferiu maior visibilidade tanto em Cabo Verde quanto na diáspora. 

Ao longo de sua carreira, Romeu di Lurdes colaborou com diversos artistas e participou de projetos musicais, incluindo o álbum "Kuda Mundu" da banda Gaita Ferro, onde interpretou a canção "Amargura". Além disso, contribuiu com suas composições para álbuns de outros artistas, como Ceuzany e Varela Monteiro Bodinho. 

Em fevereiro de 2024, Romeu di Lurdes lançou seu segundo álbum, intitulado "Korason Abertu", após um intervalo de cinco anos desde seu primeiro trabalho. Este álbum apresenta um repertório romântico, com 12 faixas, incluindo canções como "Amor di un Kantor", "Siparason", "Nos Amizade" e "Rapendidu". O lançamento foi acompanhado por um concerto no Auditório Nacional da Praia, cidade que o viu nascer. 

Além de sua carreira musical, Romeu di Lurdes é conhecido por seu ativismo social e cultural. Ele tem se envolvido em diversas iniciativas voltadas para a promoção da cultura cabo-verdiana e o apoio à juventude. Em 2020, expressou interesse em transitar para a política, destacando a importância de colaborar com artistas e outros atores da sociedade criativa para conservar, validar e promover a cultura e identidade cabo-verdiana. 

Além de sua carreira musical, Romeu di Lurdes também se envolveu em política e iniciativas sociais, sempre com o objetivo de valorizar a cultura crioula e apoiar a juventude. Sua morte deixa um vazio profundo no cenário cultural do país, representando uma perda irreparável para a comunidade artística e para todos que se inspiraram em sua obra e em sua dedicação à cultura cabo-verdiana.