Que o amor seja vivido e demonstrado essencialmente. Que a vida ganhe o seu real significado e que possamos sair à rua para celebrar o dia 1 de Junho
O 1 de Junho chegou!
Preparados para sair à rua, sob o lema: "eu sou criança, eu sou flor. Dentro de mim eu levo a paz para construir um mundo melhor", lembro- me das melhores fases da minha infância vividas em Tarrafal.
Escorria-nos pelo rosto pequenas gotas de lágrimas, quando aperciabíamos que tínhamos um dia reservado somente para nós.
Ao som de tambores e várias declamações de poemas, todas as crianças saíam do "armário" para o primeiro de Junho festejar.
A professora preparava a festa com mais de dois meses de antecedência. A nossa sala ganhava novos aspectos e nós parecíamos ser pequenos príncipes e princesas diante de tantas surpresas boas e músicas bonitas que exaltavam o nosso ser e nos faziam sentir especiais.
A questão é que os anos vão passando, e com eles vão as surpresas e inclusive, a ideia de sentirmos criança.
E mesmo que tarde, acabaremos por perceber que ja se foi a época de sair à rua como se fossemos os donos da nossa cidade e se possível, deixar o traje "basofo"do dia 1 para os nossos filhos, irmãos, sobrinhos ou amigos.
E mesmo que o traje fique para trás, o essencial desse dia, fica guardado em nós. A emoção sentida, a "sobrevalorização" do que é ser criança, faz-nos sentir mais fortes mesmo sendo adultos. Quem não gosta de se sentir especial ou pelo menos lembrar que houve uma época que se lembraram de ti ou da etapa em que vivias?
Pois é, minha gente. Já não fazemos parte da geração dos pequeninos do dia 1 de Junho mas... conseguiremos festejar com eles!
A estes pequeninos, que ainda não têm noção de quão importante são para nós, desejamos um feliz dia.
E esperamos que haverão mais corajosos, que independentemente do cansaço do dia-a-dia, conseguem investir na educação desses anjinhos e que consigam acima de tudo, ama-los.
Que a cor não seja impedimento nem pretexto para cuidarmos dos nossos meninos. Que a desigualdade social não venha a prevalecer na nossa sociedade e nem tão pouco, ser um impecílio para mimarmos os nossos pequeninos.
Que o amor seja vivido e demonstrado essencialmente. Que a vida ganhe o seu real significado e que possamos sair à rua para celebrar o dia 1 de Junho, como um dia de verdadeiros prodígios da nossa sociedade.
E que este não seja somente o meu desejo. Que possamos partilhar este sentimento todos os dias das nossas vidas.
Dicla Gonçalves
Preparados para sair à rua, sob o lema: "eu sou criança, eu sou flor. Dentro de mim eu levo a paz para construir um mundo melhor", lembro- me das melhores fases da minha infância vividas em Tarrafal.
Escorria-nos pelo rosto pequenas gotas de lágrimas, quando aperciabíamos que tínhamos um dia reservado somente para nós.
Ao som de tambores e várias declamações de poemas, todas as crianças saíam do "armário" para o primeiro de Junho festejar.
A professora preparava a festa com mais de dois meses de antecedência. A nossa sala ganhava novos aspectos e nós parecíamos ser pequenos príncipes e princesas diante de tantas surpresas boas e músicas bonitas que exaltavam o nosso ser e nos faziam sentir especiais.
A questão é que os anos vão passando, e com eles vão as surpresas e inclusive, a ideia de sentirmos criança.
E mesmo que tarde, acabaremos por perceber que ja se foi a época de sair à rua como se fossemos os donos da nossa cidade e se possível, deixar o traje "basofo"do dia 1 para os nossos filhos, irmãos, sobrinhos ou amigos.
E mesmo que o traje fique para trás, o essencial desse dia, fica guardado em nós. A emoção sentida, a "sobrevalorização" do que é ser criança, faz-nos sentir mais fortes mesmo sendo adultos. Quem não gosta de se sentir especial ou pelo menos lembrar que houve uma época que se lembraram de ti ou da etapa em que vivias?
Pois é, minha gente. Já não fazemos parte da geração dos pequeninos do dia 1 de Junho mas... conseguiremos festejar com eles!
A estes pequeninos, que ainda não têm noção de quão importante são para nós, desejamos um feliz dia.
E esperamos que haverão mais corajosos, que independentemente do cansaço do dia-a-dia, conseguem investir na educação desses anjinhos e que consigam acima de tudo, ama-los.
Que a cor não seja impedimento nem pretexto para cuidarmos dos nossos meninos. Que a desigualdade social não venha a prevalecer na nossa sociedade e nem tão pouco, ser um impecílio para mimarmos os nossos pequeninos.
Que o amor seja vivido e demonstrado essencialmente. Que a vida ganhe o seu real significado e que possamos sair à rua para celebrar o dia 1 de Junho, como um dia de verdadeiros prodígios da nossa sociedade.
E que este não seja somente o meu desejo. Que possamos partilhar este sentimento todos os dias das nossas vidas.
Dicla Gonçalves
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