Uma das suas grandes preocupações é o aumento do número de mortos por homicídio na ilha de Santiago.
Com metas já definidas, Bernardino Gonçalves descreve os cinco métodos que pretende utilizar para alcançar os seus objectivos e assim materializar o seu projecto. A aposta na educação preventiva para cultura da paz, sã convivência e tolerância, no aconselhamento dos adultos para orientá-los a fazer escolhas saudáveis e ainda com os jovens na cadeia e os que já passaram por episódios de violência, a criação de grupos de auto-ajuda para famílias, campanhas generalizadas voltadas para sociedade para consciencialização pela cultura da sacralidade da vida humana são os métodos que pretende usar.
Em entrevista ao asemanaonline, falou da sua participação no programa do Presidente dos EUA, Barack Obama, um evento que lhe permitiu encontrar e partilhar experiência com outros jovens de mais de trinta países africanos, descobrindo assim “a África nos Estados Unidos”. Dino, como também é conhecido, sempre se destacou pela sua forma de ser e pelo seu engajamento na comunidade a que pertence, acreditando no envolvimento comunitário como forma de reduzir ou parar a criminalidade juvenil em Cabo Verde.
Uma das suas grandes preocupações é o aumento do número de mortos por homicídio na ilha de Santiago. “O Governo e a polícia já mostraram que não conseguem pôr fim aos assassinatos. Quem pode é a própria comunidade. A minha meta é reduzir ou parar a criminalidade entre os jovens em Cabo Vede. E penso que isto pode ser conseguido através do engajamento comunitário”.
Por isso, preparou um projecto com este objectivo, apostando no engajamento comunitário. Questionado sobre a sua actuação para conseguir materializar o seu projecto, Dino diz que pretender criar uma escola da paz. A educação preventiva para a cultura da paz, sã convivência e tolerância, envolvendo crianças dos 4 aos 12 anos.
Segundo Dino, o contacto com os melhores profissionais nas mais diversas áreas e com um novo ambiente, permitiu-lhe regressar ao país munido de uma força de vontade enorme, com ferramentas e uma bagagem de conhecimentos capazes de servir e ao mesmo tempo inspirar a sua comunidade e em particular os jovens a procurarem outros caminhos na vida que não seja a criminalidade.
Com foco no envolvimento dos jovens, Dino defende que para servir a comunidade é fundamental a relação com os outros. “Por isso há que haver espírito de relacionamento”, realça. O mesmo acredita que os conhecimentos e habilidades adquiridos durante a sua estada nos Estados Unidos serviu-lhe de inspiração para continuar e melhorar aquilo que já havia iniciado -o associativismo comunitário.
CL, fonte:asemana
COMMENTS