Gravidez na Adolescência
Márcia Moreira, 14 anos, uma adolescente que tornou-se mãe, recentemente, afirmou hoje que ser mãe cedo não é motivo para desistir dos estudos, assegurando que quer estudar para o futuro do filho de quatro meses.
A aluna de 8º ano da Escola Secundária Alfredo da Cruz Silva fez estas considerações em Santa Cruz, concelho do interior de Santiago, momentos antes de dar o seu depoimento “como adolescente mãe” no fórum gravidez na adolescência sob o lema “Não à gravidez na adolescência, mas sim um projecto de vida”, realizado pela Delegacia de Saúde local, em parceria com aquele estabelecimento de ensino.
“Depois da gravidez tudo mudou na minha vida. Fiquei atrasada em relação aos estudos e sei que ainda vou passar por muitas dificuldades”, disse, lembrado que os pais e familiares disseram-na na altura para abandonar os estudos, mas que quer estudar para dar um futuro melhor ao filho.
Segundo contou à Inforpress, assim como ela, muitas adolescentes, apesar de iniciarem as relações sexuais “muito cedo”, ficam grávidas não por desconhecimento dos métodos de prevenção e das consequências da gravidez na adolescência, mas por “algum descuido”.
Entretanto, admitiu que apesar da vontade de querer estudar, ser mãe e estudante ao mesmo tempo “não é fácil”, ajuntando que quando está na escola fica preocupada com o filho que deixou em casa e quando lá está tem que cuidar do bebé, o que não a deixa focar nos estudos.
“Sei que o meu futuro está em causa”, lamentou, apelando as colegas e não só, para se protegerem, para que não cometam o “mesmo erro” que ela.
Sem falar da profissão que quer seguir quando terminar o 12º ano de escolaridade que é a sua meta, Márcia Moreira aproveitou para agradecer a escola, principalmente os professores pelo apoio recebido aquando da sua gravidez. Relativamente ao pai da criança limitou-se apenas a dizer que “tem apoiado com as despesas”.
Por outro lado, Márcia Moreira reconheceu o trabalho levado a cabo pela Delegacia de Saúde e outras instituições, e, sem responsabilizar os pais e encarregados de educação, pediu-lhes para dialogarem mais com os filhos.
O fórum destinado aos alunos, professores pais e encarregados de educação, professores, profissionais de saúde, abordou a gravidez na adolescência, desde as implicações, a prevenção, o papel da religião e pais na sua prevenção.
De acordo com os dados, Santa Cruz terminou o ano de 2017 com uma taxa de gravidez na adolescência (10 a 17 ano) de 23,7 por cento (%), uma taxa que está acima da média nacional que é de 20%. Já a Escola Secundária Alfredo da Cruz Silva até este momento já registou 14 casos de alunas grávidas.
FM/CP, por:Inforpress, imagem:internet
A aluna de 8º ano da Escola Secundária Alfredo da Cruz Silva fez estas considerações em Santa Cruz, concelho do interior de Santiago, momentos antes de dar o seu depoimento “como adolescente mãe” no fórum gravidez na adolescência sob o lema “Não à gravidez na adolescência, mas sim um projecto de vida”, realizado pela Delegacia de Saúde local, em parceria com aquele estabelecimento de ensino.
“Depois da gravidez tudo mudou na minha vida. Fiquei atrasada em relação aos estudos e sei que ainda vou passar por muitas dificuldades”, disse, lembrado que os pais e familiares disseram-na na altura para abandonar os estudos, mas que quer estudar para dar um futuro melhor ao filho.
Segundo contou à Inforpress, assim como ela, muitas adolescentes, apesar de iniciarem as relações sexuais “muito cedo”, ficam grávidas não por desconhecimento dos métodos de prevenção e das consequências da gravidez na adolescência, mas por “algum descuido”.
Entretanto, admitiu que apesar da vontade de querer estudar, ser mãe e estudante ao mesmo tempo “não é fácil”, ajuntando que quando está na escola fica preocupada com o filho que deixou em casa e quando lá está tem que cuidar do bebé, o que não a deixa focar nos estudos.
“Sei que o meu futuro está em causa”, lamentou, apelando as colegas e não só, para se protegerem, para que não cometam o “mesmo erro” que ela.
Sem falar da profissão que quer seguir quando terminar o 12º ano de escolaridade que é a sua meta, Márcia Moreira aproveitou para agradecer a escola, principalmente os professores pelo apoio recebido aquando da sua gravidez. Relativamente ao pai da criança limitou-se apenas a dizer que “tem apoiado com as despesas”.
Por outro lado, Márcia Moreira reconheceu o trabalho levado a cabo pela Delegacia de Saúde e outras instituições, e, sem responsabilizar os pais e encarregados de educação, pediu-lhes para dialogarem mais com os filhos.
O fórum destinado aos alunos, professores pais e encarregados de educação, professores, profissionais de saúde, abordou a gravidez na adolescência, desde as implicações, a prevenção, o papel da religião e pais na sua prevenção.
De acordo com os dados, Santa Cruz terminou o ano de 2017 com uma taxa de gravidez na adolescência (10 a 17 ano) de 23,7 por cento (%), uma taxa que está acima da média nacional que é de 20%. Já a Escola Secundária Alfredo da Cruz Silva até este momento já registou 14 casos de alunas grávidas.
FM/CP, por:Inforpress, imagem:internet
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