"Prometo continuar a lutar e apelar aos homens a não cometerem mais atrocidades contra as mulheres"

fica um sentido abraço de resiliência e de valorização humana

Texto de Romeu di Lurdis publicado no facebook...

Minha_Solidariedade_às_Mulheres_Caboverdianas🌳
No ano passado fiz um vídeo apelando aos homens mais respeito às vidas femininas, e não contava que tão cedo ia postar algo sobre esta pesarosa realidade. Prometo continuar a lutar e apelar encarecidamente aos nossos homens a não cometerem mais atrocidades, a não injetarem mais medo, nem a crónica depressão no espírito das nossas meninas e mulheres. Estamos em tempos de reconstrução social, e nada se refaz fabricando pânico, destruindo esperanças, usurpando a dignidade e suspendendo vidas. Que dor, que vergonha que carrego em mim, infelizmente uma vez mais mulheres Cabo-verdianas é momento de vos prestar a minha profunda, sincera solidariedade e desejar-vos coragem, acima de tudo a paz nos vossos corações o que por motivos fúteis nós os homens temos roubados de forma trágica e irracional. Antes de marido-esposa ou namorados, somos manos e manas, amigos e amigas, estamos aqui pela força e beleza da natureza, não podemos nem devemos eliminarmos uns aos outros, pela sede do capricho do doentio, jamais, por favor pensemos nisso. A obsessão por uma pessoa que não interessa da mesma forma por nós, é algo mais natural do mundo, e as vezes são oportunidades de aprendermos que a vida é também feita de “nãos” e por preferências livres que nascem em cada pessoa. Uma crise num relacionamento, são fazes de reflexão e de viagens por dentro, onde cada um podia pesar e analisar os seus comportamentos, as suas atitudes enquanto parceiro ou parceira, o que fez e o que devia fazer, jamais, razões de brigas e danos morais, que são combustíveis da violência, do ódio e da vingança. Em nome de todos homens Cabo-verdianos, em memória de todas as mulheres Cabo-verdianas, fica um sentido abraço de resiliência e de valorização humana, que esses acidentes não nos façam perder a confiança mútua, mas, que deixem de acontecer e que parem de nos abalar, pois, são sofrimentos, faltas e feridas que nunca mais saram.