Quando assim eles se comportam é porque a doença do poder tomou conta dos seus cérebros e nada mais se pode fazer por eles.
A AMBIÇÃO PELO PODER .
O poder cega os politicos, sobretudo nos países mais frágeis e mais pobres, onde, por princípio, há maiores vulnerabilidades e pouca cultura de cidadania . E a imprensa não tem a força que devia ter .
Nestes países, certos politicos aproveitam-se desses condicionantes e fazem da politica o seu capricho pessoal . Contudo, tudo tem o seu natural limite .
Há politicos que dormem e passam a noite a sonhar com o poder, mesmo estando fora dele, pensam um dia regressar e ter mais poderes .
Os politicos que mais sonham com o poder, que não conseguem viver sem poder, são aqueles que estiveram no poder e querem outra vez voltar . Para esses politicos, quase que a vida fora do poder, pouco sentido faz .
Quando essa raça de politicos está no poder, ela esquece-se de tudo .
Esquecem-se dos antigos amigos, amigos da escola, amigos da infância e, certas vezes, antigos amigos de peito . Esquecem-se também dos companheiros da estrada e de companheiros que lhes apoiaram a chegar ao poder . Sobretudo se esses companheiros não concordam com certos comportamentos do agora poderoso . Esquecem-se do povo que o elegeu, deixa de ouvir as suas reclamações, os seus problemas e as suas críticas .
Saídos do poder, eles passam um bom tempo quase na clandestinidade e longe das lides politicas . Mas, isso só dura um período curto . Não conseguem...a ganância do poder é tanta...
Eles não conseguem viver no anonimato e sem visibilidade . A falta de poder faz-lhes uma imensa falta .
O brilho deles é marcar a presença, ser sempre reconhecidos e estarem na ribalta dos radiantes holofotes e com a boca nos microfones . E as suas imagens devem ocupar a primeira página dos jornais e revistas .
Quando assim eles se comportam é porque a doença do poder tomou conta dos seus cérebros e nada mais se pode fazer por eles. Nenhuma terapia lhes concerta essa obsessão do poder .
Não há regra sem excepção, acredito que ainda existem politicos que não se deixam cair nessa terrível depressão politica . E assumem o poder com um espírito de servir as comunidades e têm a consciência que o serviço é transitório . E, por esse motivo, cultivam a humildade .
Salvo as excepções, a maior parte de politicos cultiva a fama pessoal, cultiva a vaidade, cultiva os aplausos e distancia-se das comunidades, dos companheiros e enreda para a estrada de arrogância e do culto do poder .
Diria que saídos do poder por algum tempo, sentem-se imensas saudades dele . E aí o bichinho começa a atormentar-lhes o espírito e a fadiga persegue-lhes a caminhada . Já não há voltas a dar . Eles vão à procura de mais poder .
Cedo começam a preparar a caminhada . Fazem um plano de contactos, de visitas, não faltam a nenhum funeral, chamadas telefônicas não param, aparecem nos concertos musicais onde encontram imenso público, mesmo não gostando do futebol, aparecem nos jogos importantes e cumprimentam todo o mundo . Beijos e abraços fazem parte outra vez do jogo sínico da caça aos votos .
Outro eixo importante é a mudança do discurso . Seleciona tudo o que fez de errado, quando esteve no poder e promete que vai fazer tudo completamente diferente . Sabe da memória curta das pessoas e sabe como dar voltas aos seus erros .
Promete que vai haver maior liberdade de imprensa, que os cidadãos vão ter mais liberdade, que a vida deles vai melhorar, o desemprego vai diminuir, a economia vai crescer, a criminalidade vai ter tolerância zero, a educação vai ser para todos, a saúde vai ser reforçado, a TACV vai ser nacionalizada, o Estado vai recuperar as empresas públicas, vai haver aumento da pensão, a evacuação dos doentes das ilhas vai ser resolvida, mais casas-para-todos, enfim, um mar de rosas para toda a gente .
É o mel nas palavras .
O povo, outra vez, bate palmas, acredita e vota massivamente . O caldo está feito uma outra vez .
O politico volta ao poder, a doença cerca-lhe o cérebro, e esquece-se de tudo o que prometeu.
Maika Lobo, no facebook
O poder cega os politicos, sobretudo nos países mais frágeis e mais pobres, onde, por princípio, há maiores vulnerabilidades e pouca cultura de cidadania . E a imprensa não tem a força que devia ter .
Nestes países, certos politicos aproveitam-se desses condicionantes e fazem da politica o seu capricho pessoal . Contudo, tudo tem o seu natural limite .
Há politicos que dormem e passam a noite a sonhar com o poder, mesmo estando fora dele, pensam um dia regressar e ter mais poderes .
Os politicos que mais sonham com o poder, que não conseguem viver sem poder, são aqueles que estiveram no poder e querem outra vez voltar . Para esses politicos, quase que a vida fora do poder, pouco sentido faz .
Quando essa raça de politicos está no poder, ela esquece-se de tudo .
Esquecem-se dos antigos amigos, amigos da escola, amigos da infância e, certas vezes, antigos amigos de peito . Esquecem-se também dos companheiros da estrada e de companheiros que lhes apoiaram a chegar ao poder . Sobretudo se esses companheiros não concordam com certos comportamentos do agora poderoso . Esquecem-se do povo que o elegeu, deixa de ouvir as suas reclamações, os seus problemas e as suas críticas .
Saídos do poder, eles passam um bom tempo quase na clandestinidade e longe das lides politicas . Mas, isso só dura um período curto . Não conseguem...a ganância do poder é tanta...
Eles não conseguem viver no anonimato e sem visibilidade . A falta de poder faz-lhes uma imensa falta .
O brilho deles é marcar a presença, ser sempre reconhecidos e estarem na ribalta dos radiantes holofotes e com a boca nos microfones . E as suas imagens devem ocupar a primeira página dos jornais e revistas .
Quando assim eles se comportam é porque a doença do poder tomou conta dos seus cérebros e nada mais se pode fazer por eles. Nenhuma terapia lhes concerta essa obsessão do poder .
Não há regra sem excepção, acredito que ainda existem politicos que não se deixam cair nessa terrível depressão politica . E assumem o poder com um espírito de servir as comunidades e têm a consciência que o serviço é transitório . E, por esse motivo, cultivam a humildade .
Salvo as excepções, a maior parte de politicos cultiva a fama pessoal, cultiva a vaidade, cultiva os aplausos e distancia-se das comunidades, dos companheiros e enreda para a estrada de arrogância e do culto do poder .
Diria que saídos do poder por algum tempo, sentem-se imensas saudades dele . E aí o bichinho começa a atormentar-lhes o espírito e a fadiga persegue-lhes a caminhada . Já não há voltas a dar . Eles vão à procura de mais poder .
Cedo começam a preparar a caminhada . Fazem um plano de contactos, de visitas, não faltam a nenhum funeral, chamadas telefônicas não param, aparecem nos concertos musicais onde encontram imenso público, mesmo não gostando do futebol, aparecem nos jogos importantes e cumprimentam todo o mundo . Beijos e abraços fazem parte outra vez do jogo sínico da caça aos votos .
Outro eixo importante é a mudança do discurso . Seleciona tudo o que fez de errado, quando esteve no poder e promete que vai fazer tudo completamente diferente . Sabe da memória curta das pessoas e sabe como dar voltas aos seus erros .
Promete que vai haver maior liberdade de imprensa, que os cidadãos vão ter mais liberdade, que a vida deles vai melhorar, o desemprego vai diminuir, a economia vai crescer, a criminalidade vai ter tolerância zero, a educação vai ser para todos, a saúde vai ser reforçado, a TACV vai ser nacionalizada, o Estado vai recuperar as empresas públicas, vai haver aumento da pensão, a evacuação dos doentes das ilhas vai ser resolvida, mais casas-para-todos, enfim, um mar de rosas para toda a gente .
É o mel nas palavras .
O povo, outra vez, bate palmas, acredita e vota massivamente . O caldo está feito uma outra vez .
O politico volta ao poder, a doença cerca-lhe o cérebro, e esquece-se de tudo o que prometeu.
Maika Lobo, no facebook
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