temos competência interna de assumir a nossa responsabilidade pelas nossas dores.
INCOMODOU? DOEU? LEVA PRA CASA QUE É TEU!
Neste mês de Novembro, todas as quintas-feiras, tenho estado numa minissérie live que intitulei “Auto-responsabilidade e Co-Criacao” É só dar um pulinho nas minhas redes sociais e poderão acompanhar os episódios.
O último tema - Desconstrução da Dor – trouxe a proposta de entendermos o que era Dor, em especial a dor emocional, e como é que podemos passar por essa experiencia desagradável com um maior estado de presença. Entender enfim esse processo como veiculo de consciência, que nos impulsiona a sair de um estado de risco e nos demonstra que há algo de errado que deve ser concertado, modificado.
A dor é inevitável, inerente e necessária à nossa condição humana. Mas verdade seja dita, não temos uma educação emocional competente que nos prepara para lidar com ela. Na maioria das vezes, tentamos ou anestesiar-nos, através de mecanismos de fuga, ou simplesmente nos entregar numa elaboração dramática, e nos colocando numa posição de vítimas injustiçadas por causas outras.
Que aspectos de mim a minha dor quer me revelar? Que significado imprimo aos acontecimentos? Porque me dói tanto determinado aspeto, situação, acontecimento? Como é que eu me coloco diante das minhas emoções, escuto-as e entendo-as como parte de mim, parte da minha manifestação natural? Como é que eu posso adquirir um senso de que isso é um aspeto da minha subjetividade, que o que quer que se desestabilizou na minha arquitetura psíquica tem a ver sim comigo e com os meus paradigmas e modos de conceber a vida?
Estas são questões que dificilmente nos ocorre quando estamos passando por um processo emocional tempestivo. Por outro lado, menos ainda, temos competência interna de assumir a nossa responsabilidade pelas nossas dores. De entender que o sentir é nosso, que as frustrações são nossas, que as perdas são nossas, que os significados são do nosso banco mental e que essas desestabilizações são uma parte importante para que atinjamos um maior estado de expansão interior. As nossas dores e a forma como as vivenciamos dizem muito sobre nós, sobre significamos a vida.
Como temos nos comportado diante das nossas dores?
Por isso, o desafio é talvez é exercitar-se, em cada experiencia dolorosa, para estar se permitir escutar, entender, e se realaborar enquanto sujeito.
Djam Neguin
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