José Rui vive há um ano e meio no Havai, buscando realizar sua carreira como "water-man"
Os arquipélagos são conhecidos por sua beleza natural e atmosfera paradisíaca, mas, às vezes, a natureza pode virar-se contra esses paraísos, deixando destruição e tragédia em seu rastro. Um exemplo disso é a recente catástrofe que assolou a ilha de Maui, no Havai, onde incêndios devastadores causados pelo furacão Dora levaram à perda de vidas e propriedades. Entre os afetados está José Rui da Cruz, um surfista cabo-verdiano que compartilhou seu relato de choque e perda.
Conhecido como "Zé Rui Surfista de Santa Maria", José Rui vive há um ano e meio no Havai, buscando realizar sua carreira como "water-man" e, eventualmente, tornar-se um capitão de barco. Sua vida tranquila e promissora de repente transformou-se em pesadelo quando o furacão Dora tomou um caminho inesperado, atingindo diretamente a ilha de Maui.
Em uma entrevista emocionante à Agência Inforpress, conduzida por telefone a partir de Mindelo, José Rui relatou os momentos aterrorizantes em que a tragédia se desenrolou. Ele descreveu como a ilha foi atingida por ventos extremamente fortes que derrubaram árvores, postes de energia e causaram incêndios generalizados. Sua própria casa, armazém e outros materiais de kitesurf foram reduzidos a cinzas. Ele compartilhou o sentimento de choque que tomou conta de todos os habitantes, pois ninguém esperava passar por tal devastação.
Apesar da perda devastadora, José Rui demonstrou resiliência e esperança. Ele enfatizou a importância de valorizar cada momento e ser grato pelo presente, já que a vida pode mudar em um instante. Ele expressou sua confiança de que a comunidade do Havai se unirá para ajudar uns aos outros durante a recuperação e reconstrução.
A tragédia em Maui não é apenas uma questão local; tornou-se um evento de repercussão internacional. A imprensa relatou inicialmente 93 mortes, mas José Rui acredita que esse número aumentará significativamente à medida que as buscas continuarem nas áreas afetadas. Os incêndios em Maui são agora considerados a maior catástrofe natural da história do Havai, ultrapassando até mesmo a devastação causada por um tsunami em 1960.
O governador do Havai, Josh Green, destacou a extensão das perdas materiais, que chegam a bilhões de dólares, com milhares de estruturas danificadas ou destruídas. O presidente da Câmara de Lahaina, Richard Bissen, descreveu a cidade, uma das principais zonas turísticas do Havai, como tendo sido "completamente destruída pelas chamas". A magnitude dessa tragédia serve como um lembrete poderoso da imprevisibilidade da natureza e da resiliência das comunidades afetadas.
A história de José Rui da Cruz, o surfista cabo-verdiano que enfrentou a devastação dos incêndios em Maui, é um testemunho comovente da força humana diante da adversidade. Sua esperança e determinação em reconstruir sua vida e sua comunidade em meio à desolação servem como um exemplo inspirador para todos nós. Enquanto o Havai luta para se recuperar dessa tragédia, somos lembrados da importância de valorizar o que temos e apoiar uns aos outros em tempos difíceis.
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