Bispo de Bragança convoca marcha silenciosa para próximo sábado...
É uma das várias marchas solidárias agendadas em Portugal para homenagear o jovem cabo-verdiano que morreu na véspera do ano novo num hospital do Porto vítima de uma agressão em grupo a que foi alvo 10 dias antes na cidade de Bragança onde chegou para estudar dois meses antes.
Para o bispo de Bragança-Mirand, D. José Cordeiro, essa foi uma das formas encontradas para condenar todo o tipo de violência contra a dignidade e integridade da pessoa humana, mas também para apelar à justiça e expressar solidariedade à comunidade a à família desse jovem que era escuteiro e organista na Paroquia dos Mosteiros, na ilha do Fogo. A marcha sairá as 15.00 horas de sábado 11 de Janeiro do Instituto Politécnico de Bragança e depois de percorrer as artérias da cidade culminara com a celebração da eucaristia, as 17 horas, na catedral da cidade.
POLICIA JUDICIARIA TERÁ IDENTIFICADO MAIORIA DOS SUSPEITOS...
São os cerca de 15 homens que terão participado na discussão com o grupo de Giovani Rodrigues no bar-discoteca Lagoa Azul em Bragança e que nessa mesma noite o terão atacado com paus, cintos e barras de ferro. De acordo com fontes policiais os suspeitos já foram interrogados, enquanto prossegue a a investigação forense e se fazem exames complementares no âmbito da autopsia. Até esta terça-feira 07 de Janeiro ninguém ainda foi preso.
MOTIVOS “FÚTEIS” ?
A morte de Giovani Rodrigues tem sido associada ao ódio racial por uma certa franja da opinião publica, mas, de acordo com o jornal Publico, a policia Judiciaria portuguesa afasta a suspeita de crime racial preferindo, antes, acreditar que se trata de um crime por “motivos fúteis” igniçado por uma banal desavença dentro do referido bar “Lagoa Azul”. Só que, num comunicado publicado nas redes socais sábado passado, a gerencia do bar Lagoa Azul esclareceu que nenhum dos dois indivíduos que se confrontam dentro do estabelecimento no dia 21 de Dezembro era Giovani dos Santos Rodrigues. Era um seu colega que acidentalmente terá tocado numa rapariga na fila para pagar e o namorado não terá gostado . Na rua Giovani interveio para tentar parar a agressão contra o seu colega mas antes de terminar a frase foi atingido por uma paulada na cabeça . O jornal Publico indica que a autopsia foi inconclusiva , “não esclarecendo se a morte foi provocada pela paulada ou pela quéda”.
TERRORISTAS À SOLTA...
De acordo com a legislação portuguesa, a agressão que culminou com a morte de Giovani pode ser considerada TERRORISMO , da mesma forma como foram acusados de terrorismo os invasores à Academia do Sporting no ano passado. O regime sancionário aplica-se a todos os crimes dessa natureza, com o agravante de no caso de Bragança a agressão ter resultado na morte de um jovem indefeso.
De notar que a lei portuguesa ainda admite que haja crime de terrorismo sem organização terrorista, ou seja, seus autores podem ser membros de um grupo informal não vinculado a nenhuma organização terrorista no sentido jurídico-penal como parece ser o caso. fonte:ok
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